Saúde bucal do idoso no contexto do Sistema Único de Saúde : uma análise da produção científica de 2004 a 2018
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/202779 |
Resumo: | Introdução: A população brasileira vem aumentando sua longevidade. Esse fato provoca a discussão e a necessidade de políticas públicas que proporcionem o cuidado integral à saúde do idoso. Com a Política Nacional de Saúde Bucal – PNSB – de 2004, que ampliou o número de equipes de saúde bucal na Estratégia Saúde da Família (ESF) e estabeleceu os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), qualificou-se a integralidade no cuidado à saúde bucal do idoso. Objetivo: Analisar a produção científica sobre o tema saúde bucal do idoso no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Metodologia: Revisão de literatura realizada na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram utilizados como descritores os termos: ‘Saúde Bucal’, ‘Idoso’ e ‘Sistema Único de Saúde’, acrescidos do operador boleano “AND” para a realização da busca na base de dados. Como critérios de inclusão foram buscados artigos em português envolvendo o tema saúde bucal do idoso no contexto do SUS no período de 2004 a 2018. Resultados: Foram analisadas 33 publicações, totalizando 104 autores, com média de 3 autores por publicação. Todos os primeiros autores dos artigos eram brasileiros e 63,7% estavam vinculados a diferentes instituições de ensino do país. A Universidade de São Paulo (USP) foi a instituição com maior número de publicações vinculadas sobre a temática (18,2%). A revista Ciência & Saúde Coletiva foi o periódico de preferência para as publicações (21,2%), seguida pela Revista de Saúde Pública (9,1%), Revista de Saúde Coletiva e Cadernos de Saúde Pública (9,1%). Das 33 publicações, 13 (39,4%) tratava-se de artigos de revisão de literatura e 10 (30,3%) utilizaram a abordagem metodológica qualitativa. A técnica de coleta dados mais utilizada foi a consulta em base de dados bibliográficos (39,4%), seguida da associação entre entrevista e exame bucal (18,2%), entrevista (12,1%) e análise documental (12,1%). As temáticas dos artigos analisados referiram-se a indicadores epidemiológicos de saúde bucal em idosos, especialmente estudos sobre CPO-D, cárie e edentulismo (45,5%), enquanto 12,1% eram sobre acesso ao serviço de saúde bucal e 12,1% sobre autopercepção da saúde bucal. A fonte de financiamento desses estudos não foi identificada nos artigos. Estes mostraram alta prevalência de edentulismo da população idosa do Brasil, sendo o componente extraído o mais evidente. O principal motivo pela procura dos idosos nos serviços públicos estava relacionado a problemas bucais ligados à dor, indicando a exodontia como o procedimento mais realizado em idosos no SUS. Quando o acesso à saúde bucal ocorre, a maioria dos idosos relatou estar satisfeito com a qualidade dos serviços oferecidos. O acesso foi fortemente influenciado pela condição social e a região em que o idoso residia. Houve aumento do acesso e da assistência à saúde bucal no âmbito do SUS com a implantação da Política Nacional de Saúde Bucal, a qual ampliou o número de Equipes de Saúde Bucal nas Equipes de Saúde da Família e incluiu a atenção especializada, com a criação de Centros de Especialidades Odontológicas e Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias. O cuidado integral ao idoso passa pelo conceito do trabalho colaborativo interprofissional em equipe. Conclusão: O Brasil mostra avanços no acesso e cuidado à saúde bucal do idoso no Brasil. Há, entretanto, necessidade de consolidar a integralidade na atenção à saúde bucal do idoso, visto que essa medida é importante para diminuir as desigualdades sociais. |
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