Estudo retrospectivo dos atendimentos a animais silvestres de vida livre (2016-2018) no Núcleo de Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/236907 |
Resumo: | O Brasil é considerado o país com a maior biodiversidade do mundo mas apesar disso com o crescimento da população e a exigência de expansão socioeconômica, a cada dia a fauna silvestre perde espaço e aumentam os conflitos entre humanos e animais. Dessa maneira foi realizado um estudo retrospectivo dos atendimentos realizados a animais silvestres de vida livre pelo Núcleo de Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres (PRESERVAS) do Hospital de Clínicas Veterinária (HCV) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) entre os anos de 2016 e 2018. Foram analisados os dados referentes ao número de atendimentos, as principais classes, espécies, fase de desenvolvimento, origem, destinação, conflitos, etiologias de atendimento e o tempo de permanência. Durante os três anos foram realizados 955 atendimentos, sendo a classe das aves a mais prevalente (56,44%) seguida pela dos mamíferos (34,97%). As ordens com maior ocorrência foram a Didelphimorphia (19,27%) e os Passeriformes (16,13%), e a espécie mais frequente foi o Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) (19,27%). Os meses de setembro a janeiro foram os com maior número de atendimentos no setor. Foi detectada a ocorrência de seis espécies consideradas invasoras. Foram recebidos animais de 46 diferentes municípios, sendo que 44,4%, dos atendimentos foram da cidade de Porto Alegre e 18,4% de Viamão. A entrega por populares foi a principal forma de chegada dos animais atendidos no núcleo (58,01%). Adultos (37,17%) e animais de sexo indefinido (60%) foram os mais frequentes. Os históricos mais encontrados foram os “órfãos” (45,77%) e “encontrado em área urbana, via pública ou propriedade rural” (22,58%). As etiologias de atendimento de “criação artificial” (30,05%) e do sistema musculoesqueléticos (23,35%) foram as mais registradas. O óbito foi o principal desfecho (48,65%). O tempo médio de permanência em internação foi de 24,64 dias, mas houve grande variação entre atendimentos. Baseado nos achados é possível concluir que o PRESERVAS atende animais silvestres principalmente da região metropolitana de Porto Alegre e originários de conflitos antrópicos. Dessa forma, há necessidade de políticas públicas visando a mitigação de tais problemas, visto que a educação ambiental é um importante aliado para a conscientização da população. |
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Ferrari, Flávia ElisaAlievi, Marcelo Meller2022-04-08T04:57:26Z2019http://hdl.handle.net/10183/236907001102469O Brasil é considerado o país com a maior biodiversidade do mundo mas apesar disso com o crescimento da população e a exigência de expansão socioeconômica, a cada dia a fauna silvestre perde espaço e aumentam os conflitos entre humanos e animais. Dessa maneira foi realizado um estudo retrospectivo dos atendimentos realizados a animais silvestres de vida livre pelo Núcleo de Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres (PRESERVAS) do Hospital de Clínicas Veterinária (HCV) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) entre os anos de 2016 e 2018. Foram analisados os dados referentes ao número de atendimentos, as principais classes, espécies, fase de desenvolvimento, origem, destinação, conflitos, etiologias de atendimento e o tempo de permanência. Durante os três anos foram realizados 955 atendimentos, sendo a classe das aves a mais prevalente (56,44%) seguida pela dos mamíferos (34,97%). As ordens com maior ocorrência foram a Didelphimorphia (19,27%) e os Passeriformes (16,13%), e a espécie mais frequente foi o Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris) (19,27%). Os meses de setembro a janeiro foram os com maior número de atendimentos no setor. Foi detectada a ocorrência de seis espécies consideradas invasoras. Foram recebidos animais de 46 diferentes municípios, sendo que 44,4%, dos atendimentos foram da cidade de Porto Alegre e 18,4% de Viamão. A entrega por populares foi a principal forma de chegada dos animais atendidos no núcleo (58,01%). Adultos (37,17%) e animais de sexo indefinido (60%) foram os mais frequentes. Os históricos mais encontrados foram os “órfãos” (45,77%) e “encontrado em área urbana, via pública ou propriedade rural” (22,58%). As etiologias de atendimento de “criação artificial” (30,05%) e do sistema musculoesqueléticos (23,35%) foram as mais registradas. O óbito foi o principal desfecho (48,65%). O tempo médio de permanência em internação foi de 24,64 dias, mas houve grande variação entre atendimentos. Baseado nos achados é possível concluir que o PRESERVAS atende animais silvestres principalmente da região metropolitana de Porto Alegre e originários de conflitos antrópicos. Dessa forma, há necessidade de políticas públicas visando a mitigação de tais problemas, visto que a educação ambiental é um importante aliado para a conscientização da população.Brazil is considered to be the country with the world's largest biodiversity, however with population growth and the socioeconomic expansion every day the wild fauna loses space and the conflicts between humans and animals increase. Thus, a retrospective study was made of the cases of free-living animals received by the Núcleo de Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres (PRESERVAS) of the Hospital de Clínicas Veterinária (HCV) of the Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) between the years 2016 and 2018. The data analyzed was referent of the number of animals received, such as the main classes, species, development phase, origin, destination, conflicts, etiology of attendance and the length of stay. During the three years, 955 cases were received, the bird class being the most prevalent (56.44%) followed by the mammalian group (34.97%). The orders with the highest frequency were Didelphimorphia (19.27%) and Passeriformes (16.13%), and the species with the higher frequency was that of Opossum-White-Eared (Didelphis albiventris) (19.27%). The months of September to january were the ones with the highest number of attendances in the sector. The occurrence of six invasive species was detected. Animals from 46 different cities were received, of which 44.4% were from the city of Porto Alegre and 18.4% from Viamão. Delivery by people was the main form of entry of the animals treated in the nucleus (58.01%). Adults (37.17%) and animals of undefined sex (60%) were more frequent. The two most frequente backgrounds described were “orphans” (45.77%) and “found in urban, public or rural property” (22.58%). As etiology of attendance "artificial creation" (30.05%) and musculoskeletal system (23.35%) were the most recorded. Death remained as the main (48.65%) outcome. The mean length of hospital stay was 24.64 days, but there was a large variation between cases. Based on the findings, it is possible to conclude that the PRESERVAS serves wild animals mainly from the metropolitan region of Porto Alegre and originated from anthropic conflicts. Thus, there is a need for public policies aimed at mitigating such problems, since environmental education is an important ally for raising public awareness.application/pdfporAnimais silvestresAtendimento hospitalarHospital de Clinicas Veterinarias. UFRGSConflictsAnthropicsDiseasesFaunaEstudo retrospectivo dos atendimentos a animais silvestres de vida livre (2016-2018) no Núcleo de Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres da Universidade Federal do Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2019/1Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001102469.pdf.txt001102469.pdf.txtExtracted Texttext/plain91926http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236907/2/001102469.pdf.txt93b7f6d66c6a4acebe5cd9055b639499MD52ORIGINAL001102469.pdfTexto completoapplication/pdf1140367http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236907/1/001102469.pdfeeb312938a6702f061a26d2c4905c231MD5110183/2369072022-04-20 04:55:44.638212oai:www.lume.ufrgs.br:10183/236907Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-04-20T07:55:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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