Curva de crescimento usando o modelo de coeficientes aleatórios : uma aplicação na progressão da doença de Machado-Joseph

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hauser, Lisiane
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/16039
Resumo: A obtenção dos dados por meio de medidas repetidas em diversas ocasiões no tempo em um mesmo sujeito torna possível o ajuste de curvas de crescimento. Essas curvas descrevem padrões de evolução e identificam preditores de evolução, possibilitando verificar o comportamento do sujeito ao longo do tempo. Este trabalho teve o objetivo de ajustar curvas de crescimento para descrever a progressão da Doença de Machado-Joseph (DMJ), quantificada pelo escore NESSCA (Neurological Examination Score for Spinocerebellar Ataxia), utilizando o modelo de coeficientes aleatórios. Pesquisas sobre a DMJ são muito relevantes para enriquecer o conhecimento sobre a história natural desta doença, que possui uma prevalência importante no sul do Brasil. Os dados foram obtidos de uma coorte de pacientes da DMJ acompanhada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) durante um período de 10 anos. Nas avaliações clínicas realizadas com esses pacientes, o comprometimento clínico do paciente foi mensurado várias vezes através do escore NESSCA. Para a análise dos dados, utilizou-se o escore NESSCA como desfecho, e considerou-se que a progressão da doença poderia ser influenciada pelas variáveis explicativas idade inicial e comprimento da mutação. Foram ajustados modelos tendo como variáveis explicativas, ora comprimento da mutação, ora idade inicial e, por fim, ambas as variáveis (comprimento da mutação e idade inicial) dicotomizadas. O procedimento Proc MIXED do software SAS foi utilizado para realizar o ajuste dos modelos. Os resultados mostraram que a progressão da doença ocorre mais lentamente com o aumento na idade de início, sugerindo que uma maior idade inicial seja fator de proteção para a progressão da DMJ. Já o comprimento da mutação foi apontado como fator de risco, uma vez que, com o aumento do comprimento da mutação de forma mais rápida é a progressão da doença. Ressalta-se que as atribuições de proteção e risco observadas estão relacionadas exclusivamente com a velocidade de progressão da doença, não sendo observados efeitos significativos dessas variáveis para o escore no início da doença.
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