Avaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/54871 |
Resumo: | Dentre os agentes antitumorais, as antraciclinas Doxorrubicina (DOX) e Daunorrubicina (DNR) estão entre as drogas mais utilizadas. Seu mecanismo de ação classicamente reconhecido é a inibição da enzima topoisomerase II. No entanto estes agentes são responsáveis ainda pela geração de radicais livres, formação de pontes inter e intracadeia e de adutos no DNA. Pouco se sabe sobre como essas lesões são reparadas, mas existem indícios do envolvimento do reparo por excisão de nucleotídeos (NER) na remoção dessas lesões. O NER é uma das vias mais versáteis de reparo envolvido principalmente em lesões que levam a desestabilidade na dupla hélice do DNA. Neste trabalho linhagens celulares de fibroblastos humanos proficientes (MRC5) e deficientes no NER (CSB, XPA e XPD) foram submetidas ao tratamento com DOX e DNR e avaliadas para viabilidade celular, morfologia nuclear, apoptose e senescência. Os resultados aqui obtidos demonstram que as linhagens deficientes no NER são mais sensíveis aos agentes do que a respectiva linhagem proficiente, e que morrem principalmente por apoptose. Quando avaliada a senescência celular, percebeu-se que as linhagens MRC5 e XPA entram em senescência com os tratamentos utilizados enquanto que nas linhagens CSB e XPD não se observa a mesma resposta. Provavelmente o resultado encontrado decorre do fato de CSB e XPD exercerem papel na transcrição e morrerem por apoptose antes de entrar em senescência, ou ainda pela importância delas na indução de senescência. Além disso, observou-se independência do mecanismo de inibição da topoisomerase II na citotoxicidade causada por DOX e DNR. Somando-se os dados encontrados, podemos sugerir que o NER tem envolvimento no reparo das lesões causadas por DOX e DNR, e que essa via possivelmente está associada à resistência encontrada na terapia clínica do câncer com essas drogas. |
id |
UFRGS-2_a21d7f95cf727cf312cd304579122f57 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/54871 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Souza, Larissa Milano deLenz, GuidoSaffi, Jenifer2012-09-01T01:37:18Z2011http://hdl.handle.net/10183/54871000856341Dentre os agentes antitumorais, as antraciclinas Doxorrubicina (DOX) e Daunorrubicina (DNR) estão entre as drogas mais utilizadas. Seu mecanismo de ação classicamente reconhecido é a inibição da enzima topoisomerase II. No entanto estes agentes são responsáveis ainda pela geração de radicais livres, formação de pontes inter e intracadeia e de adutos no DNA. Pouco se sabe sobre como essas lesões são reparadas, mas existem indícios do envolvimento do reparo por excisão de nucleotídeos (NER) na remoção dessas lesões. O NER é uma das vias mais versáteis de reparo envolvido principalmente em lesões que levam a desestabilidade na dupla hélice do DNA. Neste trabalho linhagens celulares de fibroblastos humanos proficientes (MRC5) e deficientes no NER (CSB, XPA e XPD) foram submetidas ao tratamento com DOX e DNR e avaliadas para viabilidade celular, morfologia nuclear, apoptose e senescência. Os resultados aqui obtidos demonstram que as linhagens deficientes no NER são mais sensíveis aos agentes do que a respectiva linhagem proficiente, e que morrem principalmente por apoptose. Quando avaliada a senescência celular, percebeu-se que as linhagens MRC5 e XPA entram em senescência com os tratamentos utilizados enquanto que nas linhagens CSB e XPD não se observa a mesma resposta. Provavelmente o resultado encontrado decorre do fato de CSB e XPD exercerem papel na transcrição e morrerem por apoptose antes de entrar em senescência, ou ainda pela importância delas na indução de senescência. Além disso, observou-se independência do mecanismo de inibição da topoisomerase II na citotoxicidade causada por DOX e DNR. Somando-se os dados encontrados, podemos sugerir que o NER tem envolvimento no reparo das lesões causadas por DOX e DNR, e que essa via possivelmente está associada à resistência encontrada na terapia clínica do câncer com essas drogas.application/pdfporAntraciclinasApoptoseEnvelhecimento celularFibroblastosAvaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePorto Alegre, BR-RS2011Biomedicinagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000856341.pdf000856341.pdfTexto completoapplication/pdf1340224http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54871/1/000856341.pdf164c8a8f00f53ccf67eced054b8828d2MD51TEXT000856341.pdf.txt000856341.pdf.txtExtracted Texttext/plain67368http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54871/2/000856341.pdf.txt87f1d42420e8eba50b3204a1dea8311dMD52THUMBNAIL000856341.pdf.jpg000856341.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1178http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54871/3/000856341.pdf.jpg7b7bd42ace68e8f6322a3ccecfce2929MD5310183/548712023-07-22 03:40:57.143381oai:www.lume.ufrgs.br:10183/54871Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-07-22T06:40:57Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeos |
title |
Avaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeos |
spellingShingle |
Avaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeos Souza, Larissa Milano de Antraciclinas Apoptose Envelhecimento celular Fibroblastos |
title_short |
Avaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeos |
title_full |
Avaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeos |
title_fullStr |
Avaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeos |
title_full_unstemmed |
Avaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeos |
title_sort |
Avaliação da indução de senescência e apoptose pelo tratamento com antraciclinas em fibroblastos humanos deficientes no reparo por excisão de nucleotídeos |
author |
Souza, Larissa Milano de |
author_facet |
Souza, Larissa Milano de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Souza, Larissa Milano de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Lenz, Guido |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Saffi, Jenifer |
contributor_str_mv |
Lenz, Guido Saffi, Jenifer |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Antraciclinas Apoptose Envelhecimento celular Fibroblastos |
topic |
Antraciclinas Apoptose Envelhecimento celular Fibroblastos |
description |
Dentre os agentes antitumorais, as antraciclinas Doxorrubicina (DOX) e Daunorrubicina (DNR) estão entre as drogas mais utilizadas. Seu mecanismo de ação classicamente reconhecido é a inibição da enzima topoisomerase II. No entanto estes agentes são responsáveis ainda pela geração de radicais livres, formação de pontes inter e intracadeia e de adutos no DNA. Pouco se sabe sobre como essas lesões são reparadas, mas existem indícios do envolvimento do reparo por excisão de nucleotídeos (NER) na remoção dessas lesões. O NER é uma das vias mais versáteis de reparo envolvido principalmente em lesões que levam a desestabilidade na dupla hélice do DNA. Neste trabalho linhagens celulares de fibroblastos humanos proficientes (MRC5) e deficientes no NER (CSB, XPA e XPD) foram submetidas ao tratamento com DOX e DNR e avaliadas para viabilidade celular, morfologia nuclear, apoptose e senescência. Os resultados aqui obtidos demonstram que as linhagens deficientes no NER são mais sensíveis aos agentes do que a respectiva linhagem proficiente, e que morrem principalmente por apoptose. Quando avaliada a senescência celular, percebeu-se que as linhagens MRC5 e XPA entram em senescência com os tratamentos utilizados enquanto que nas linhagens CSB e XPD não se observa a mesma resposta. Provavelmente o resultado encontrado decorre do fato de CSB e XPD exercerem papel na transcrição e morrerem por apoptose antes de entrar em senescência, ou ainda pela importância delas na indução de senescência. Além disso, observou-se independência do mecanismo de inibição da topoisomerase II na citotoxicidade causada por DOX e DNR. Somando-se os dados encontrados, podemos sugerir que o NER tem envolvimento no reparo das lesões causadas por DOX e DNR, e que essa via possivelmente está associada à resistência encontrada na terapia clínica do câncer com essas drogas. |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2012-09-01T01:37:18Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/54871 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000856341 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/54871 |
identifier_str_mv |
000856341 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54871/1/000856341.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54871/2/000856341.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/54871/3/000856341.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
164c8a8f00f53ccf67eced054b8828d2 87f1d42420e8eba50b3204a1dea8311d 7b7bd42ace68e8f6322a3ccecfce2929 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224431846031360 |