Entre chegadas e partidas : a rodoviária como lugar para o ensino de geografia

• Autor(a) principal: Guaresi, Yazana
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/114828
• topic: Ensino de geografia; Lugar

Este trabalho advém de uma necessidade enquanto aluna-professora de criar práticas para o ensino de Geografia que foquem e deem importância ao lugar, propiciando ao educando a possibilidade de experienciar pontos não convencionais da cidade que ele habita - aos quais, por vezes, o aluno pode até já ter conhecido - mas sem torná-los lugares afetivos para esse. Cabe aqui ressaltar, que o objetivo de trazer a relevância do lugar para esta disciplina na sala de aula, incide em acreditar que a escola não é a única fonte do conhecimento geográfico; e muito menos o professor e o livro didático o são; levando para a sala de aula assim, a multiplicidade de geografias que cada um carrega em si e que constituem parte essencial para que a Geografia como matéria, se torne mais próxima do aluno. Este trabalho traz em seu objetivo também, o uso e a experiência de pontos da cidade - explicitados aqui pela rodoviária - que não se fazem tão rotineiros, tão afetivos ou até que não se façam tão importantes na perspectiva de muitos alunos, mas que estando postos na cidade, são impregnados de sujeitos, de personagens que (re)fazem aquele cenário rotineiramente e que possuem estórias que situam-se em espaços e paisagens que são transportadas na memória, mesmo que a distância geográfica quantitativa em quilômetros se faça pertinente. Por isso, a rodoviária é palco para essa busca e conhecimento de experienciar novos lugares e personagens que a sala de aula torna invisível por não estarem abarcados pelo ensino de Geografia que se faz dentro da escola. A finalidade deste trabalho é fazer com que aquele ambiente que passamos cotidianamente, no qual muitas vezes não percebemos as significações carregadas por ele, se torne um lugar com códigos novos, com uma representação nova e com signos diferenciados; e que estes se apresentem - dentro e fora da sala de aula - como as geografias que cada um carrega.