Reintegração de resíduo de polipropileno gerado pela indústria automotiva para composto termoplástico em para-choques

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gafforelli, Cecília Pelisoli
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/211352
Resumo: A indústria automobilística tem sido constantemente desafiada a melhorar sua eficiência produtiva. Atitudes como a redução do desperdício e adoção de políticas sustentáveis de crescimento passaram a despertar interesse dos gestores. Seguindo então o princípio da economia circular é atualmente de interesse da indústria, a incorporação de resíduos gerados à matéria prima da fabricação de novos componentes dos veículos, agregando assim valor ambiental e monetário. Nesse sentido, o presente estudo tem por objetivo avaliar a viabilidade da reintegração do resíduo de polipropileno (PP) gerado na indústria automotiva ao ciclo produtivo como componente da matéria-prima utilizada na injeção de para-choques (polipropileno com monômero de etileno-propileno-dieno (PP/EPDM)). Foi realizada a injeção de corpos de prova de compósitos de PP/EPDM/carga com quatro diferentes teores de material reciclado (0, 10, 20 e 30%) em suas composições, para análises de propriedades físicas, térmicas e mecânicas. Os corpos de prova foram submetidos aos ensaios de caracterização física, mecânica, termomecânica e térmica. Os resultados mais significativos demonstraram que as propriedades obtiveram desempenhos mais satisfatórios com a adição do PP reciclado em todos os teores. O material se tornou mais tenaz, com maior capacidade de absorção de energia ao impacto e, portanto, menos rígido. Através do ensaio de temperatura de deflexão térmica (HDT) foi possível verificar que 30% de teor de PP reciclado tornou o material mais suscetível à temperatura, quando submetido a esforço mecânico restringindo à sua aplicação como para-choque. Sob análise de desempenho versus sustentabilidade, limitar a incorporação de teores entre 10% e 20% de material reciclado parece ser o mais indicado. Assim sendo, é possível reintegrar resíduo de polipropileno ao ciclo produtivo de veículos, através de seu uso na matéria prima utilizada no processo de injeção de para-choques.
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