Caracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/95465 |
Resumo: | Rochas ultramáficas são valiosas fontes de informação sobre a origem e evolução do manto e crosta terrestre desde a sua formação até a incorporação na crosta continental. Também podem conter importantes depósitos econômicos de minerais de minério como cromo, níquel e platina. Para avaliar aspectos que possam auxiliar na exploração destes elementos, é necessário identificar o ambiente geológico e o tipo de maciço formado. No Bloco São Gabriel, situado na porção noroeste do Escudo Sul Rio-grandense, afloram vários cinturões metamórficos com rochas máfico-ultramáficas neoproterozóicas de origem diversificada e controversa. Dentre os cinturões metamórficos destacam-se a Sequência Cerro Mantiqueiras, a Suíte Metamórfica Porongos, o Complexo Metamórfico Passo Feio e o Complexo Cambaizinho que inclui diversos corpos de serpentinitos, entre os quais o maciço Serrinha e Passo do Ivo. Os corpos ultramáficos mais preservados são os do Complexo Pedras Pretas composto de peridotitos e ultramáficas associadas. Devido ao metamorfismo que afetou em graus variáveis estas sequências durante o Ciclo Brasiliano, é difícil a identificação do ambiente geotectônico de formação e do tipo de maciço rochoso original, utilizando-se apenas os métodos convencionais de estudo dos minerais silicáticos. Para tentar resgatar estas informações, pesquisam-se neste trabalho os minerais do grupo dos espinélios (resistentes à alteração secundária) combinado com estudos de geoquímica de elementos maiores em rocha total. A presença de Cr-espinélio nos serpentinitos da Antiforme Capané, estudados previamente por outros autores, indica uma assinatura primária mantélica relacionada a maciços ultramáficos do tipo Alpino. A zonação composicional dos espinélios das ultramáficas da Antiforme Capané mostra núcleos com assinatura mantélica (Cr-espinélio) e bordas de origem metamórfica (cromitas e magnetitas). No Cerro Mantiqueiras e Cambaizinho os espinélios constituem-se predominantemente de magnetitas e cromitas metamórficas. As análises químicas de rocha total indicam afinidade geoquímica komatiítica para todos os maciços estudados. |
id |
UFRGS-2_a414b928612bba7d97ad8defd352d6e8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/95465 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Roman, Deise Maria PéresRemus, Marcus Vinicius DornelesDani, Norberto2014-05-20T02:05:11Z2013http://hdl.handle.net/10183/95465000918271Rochas ultramáficas são valiosas fontes de informação sobre a origem e evolução do manto e crosta terrestre desde a sua formação até a incorporação na crosta continental. Também podem conter importantes depósitos econômicos de minerais de minério como cromo, níquel e platina. Para avaliar aspectos que possam auxiliar na exploração destes elementos, é necessário identificar o ambiente geológico e o tipo de maciço formado. No Bloco São Gabriel, situado na porção noroeste do Escudo Sul Rio-grandense, afloram vários cinturões metamórficos com rochas máfico-ultramáficas neoproterozóicas de origem diversificada e controversa. Dentre os cinturões metamórficos destacam-se a Sequência Cerro Mantiqueiras, a Suíte Metamórfica Porongos, o Complexo Metamórfico Passo Feio e o Complexo Cambaizinho que inclui diversos corpos de serpentinitos, entre os quais o maciço Serrinha e Passo do Ivo. Os corpos ultramáficos mais preservados são os do Complexo Pedras Pretas composto de peridotitos e ultramáficas associadas. Devido ao metamorfismo que afetou em graus variáveis estas sequências durante o Ciclo Brasiliano, é difícil a identificação do ambiente geotectônico de formação e do tipo de maciço rochoso original, utilizando-se apenas os métodos convencionais de estudo dos minerais silicáticos. Para tentar resgatar estas informações, pesquisam-se neste trabalho os minerais do grupo dos espinélios (resistentes à alteração secundária) combinado com estudos de geoquímica de elementos maiores em rocha total. A presença de Cr-espinélio nos serpentinitos da Antiforme Capané, estudados previamente por outros autores, indica uma assinatura primária mantélica relacionada a maciços ultramáficos do tipo Alpino. A zonação composicional dos espinélios das ultramáficas da Antiforme Capané mostra núcleos com assinatura mantélica (Cr-espinélio) e bordas de origem metamórfica (cromitas e magnetitas). No Cerro Mantiqueiras e Cambaizinho os espinélios constituem-se predominantemente de magnetitas e cromitas metamórficas. As análises químicas de rocha total indicam afinidade geoquímica komatiítica para todos os maciços estudados.Ultramafic rocks are valuable sources of information about the origin and evolution of the mantle and the crust since the formation until the incorporation on the continental crust. These rocks types can also contain very important economic deposits of ore minerals such as chrome, nickel and platinum. To assess aspects that can assist in the exploration of these elements, it is necessary to identify the geological environment and the type of rock association. On São Gabriel Block, situated at the northwest portion of the Sul Rio-Grandense Shield, outcrop several metamorphic belts containing neoproterozoic mafic-ultramafic rocks with a diverse and controversial origin. Among the metamorphic belts stand out the Cerro Mantiqueiras Sequence, the Porongos Metamorphic Suite, the Passo Feio Metamorphic Complex and the Cambaizinho Complex which contains several bodies of serpentinites including Serrinha and Passo do Ivo. The most preserved it’s the Pedras Pretas Complex, compound by peridotites and associated ultramafic. Due to metamorphism and deformation that has been affected these sequences by several times during the Brasiliano Cycle, the identification of the geotectonic environment and the original type of rock becomes difficult, when using only conventional methods of investigation on silicate minerals. In order to rescue these pieces of information, research on this paper focus the spinel group minerals (resistant to secondary alteration) combined with geochemistry studies of major elements on whole rock. The presence of Cr-spinel on the Capané Antiform serpentinites, previously studied by other authors, indicates a primary mantle signature related to Alpine type ultramafic massifs. The compositional zoning of spinels from ultramafic of the Capané Antiform shows cores with mantle signature (Cr-spinel) and edges of metamorphic origin (chromite and magnetite). In Cerro Mantiqueiras and Cambaizinho the spinels are constituted predominantly of metamorphic magnetite and chromite. The chemical analyzes of whole rock geochemistry indicate komatiite affinity for all sequences studied.application/pdfporPetrografiaRochas UltramáficasSpinel. SerpentinitesSerpentinitesSão Gabriel blockUltramafic rocksCaracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2013Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000918271.pdf000918271.pdfTexto completoapplication/pdf2822644http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/95465/1/000918271.pdf1299ede6f5aed7ab30f8b7180a681f36MD51TEXT000918271.pdf.txt000918271.pdf.txtExtracted Texttext/plain124400http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/95465/2/000918271.pdf.txt610db98dd1357d10de1049387099c2e9MD52THUMBNAIL000918271.pdf.jpg000918271.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg992http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/95465/3/000918271.pdf.jpg512b7f4dfedf7ab7720e1e22765b2797MD5310183/954652021-05-07 04:43:55.764111oai:www.lume.ufrgs.br:10183/95465Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-07T07:43:55Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Caracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RS |
title |
Caracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RS |
spellingShingle |
Caracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RS Roman, Deise Maria Péres Petrografia Rochas Ultramáficas Spinel. Serpentinites Serpentinites São Gabriel block Ultramafic rocks |
title_short |
Caracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RS |
title_full |
Caracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RS |
title_fullStr |
Caracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RS |
title_full_unstemmed |
Caracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RS |
title_sort |
Caracterização e significado dos minerais opacos nas sequências máfico-ultramáficas do Bloco São Gabriel, RS |
author |
Roman, Deise Maria Péres |
author_facet |
Roman, Deise Maria Péres |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Roman, Deise Maria Péres |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Remus, Marcus Vinicius Dorneles |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Dani, Norberto |
contributor_str_mv |
Remus, Marcus Vinicius Dorneles Dani, Norberto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Petrografia Rochas Ultramáficas |
topic |
Petrografia Rochas Ultramáficas Spinel. Serpentinites Serpentinites São Gabriel block Ultramafic rocks |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Spinel. Serpentinites Serpentinites São Gabriel block Ultramafic rocks |
description |
Rochas ultramáficas são valiosas fontes de informação sobre a origem e evolução do manto e crosta terrestre desde a sua formação até a incorporação na crosta continental. Também podem conter importantes depósitos econômicos de minerais de minério como cromo, níquel e platina. Para avaliar aspectos que possam auxiliar na exploração destes elementos, é necessário identificar o ambiente geológico e o tipo de maciço formado. No Bloco São Gabriel, situado na porção noroeste do Escudo Sul Rio-grandense, afloram vários cinturões metamórficos com rochas máfico-ultramáficas neoproterozóicas de origem diversificada e controversa. Dentre os cinturões metamórficos destacam-se a Sequência Cerro Mantiqueiras, a Suíte Metamórfica Porongos, o Complexo Metamórfico Passo Feio e o Complexo Cambaizinho que inclui diversos corpos de serpentinitos, entre os quais o maciço Serrinha e Passo do Ivo. Os corpos ultramáficos mais preservados são os do Complexo Pedras Pretas composto de peridotitos e ultramáficas associadas. Devido ao metamorfismo que afetou em graus variáveis estas sequências durante o Ciclo Brasiliano, é difícil a identificação do ambiente geotectônico de formação e do tipo de maciço rochoso original, utilizando-se apenas os métodos convencionais de estudo dos minerais silicáticos. Para tentar resgatar estas informações, pesquisam-se neste trabalho os minerais do grupo dos espinélios (resistentes à alteração secundária) combinado com estudos de geoquímica de elementos maiores em rocha total. A presença de Cr-espinélio nos serpentinitos da Antiforme Capané, estudados previamente por outros autores, indica uma assinatura primária mantélica relacionada a maciços ultramáficos do tipo Alpino. A zonação composicional dos espinélios das ultramáficas da Antiforme Capané mostra núcleos com assinatura mantélica (Cr-espinélio) e bordas de origem metamórfica (cromitas e magnetitas). No Cerro Mantiqueiras e Cambaizinho os espinélios constituem-se predominantemente de magnetitas e cromitas metamórficas. As análises químicas de rocha total indicam afinidade geoquímica komatiítica para todos os maciços estudados. |
publishDate |
2013 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-05-20T02:05:11Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/95465 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000918271 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/95465 |
identifier_str_mv |
000918271 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/95465/1/000918271.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/95465/2/000918271.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/95465/3/000918271.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
1299ede6f5aed7ab30f8b7180a681f36 610db98dd1357d10de1049387099c2e9 512b7f4dfedf7ab7720e1e22765b2797 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1815447125722398720 |