Conservação de volume em modelos simplificados de propagação de vazão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pontes, Paulo Rógenes Monteiro
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Collischonn, Walter
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/229908
Resumo: O método de Muskingum-Cunge é amplamente utilizado para cálculos de propagação de vazão em rios, especialmente como um módulo de modelos hidrológicos mais complexos. Na sua forma não linear este método permite representar a propagação de cheias em rios com planícies de inundação e permite estimar com mais eficácia as vazões extremas. Entretanto, problemas na conservação de volume podem ocorrer em função da aplicação de esquemas não lineares. Modificações recentes foram propostas ao método de Muskingum-Cunge não linear pa ra compensar ou evitar estes erros de volume. Uma dessas modificações, proposta por Todini (2007), denominada aqui de método Muskingum-Cunge-Todini (MCT). O presente trabalho avalia o método MCT em termos comparativos com outros métodos de propagação de vazão em um canal hipotético, além de verificar sua aplicação em um trecho do Rio São Francisco, Brasil. Para a avaliação dos resultados foram utilizadas dois indicadores de desempenho: o coeficiente de Nash-Sutcliffe e o erro de volume. A aplicação comparativa no canal hipotético o confirmou que o modelo de Muskingum-Cunge não linear convencional não conserva o volume adequadamente, sendo este problema mais pronunciado em rios de baixa declividade (erro maior que 4% para uma declividade de 0,0001 m/m). Além disso, foi observado que o modelo MCT praticamente elimina os erros de conservação de volume (erro de 0,01% para uma declividade de 0,0001 m/m). A aplicação do método MCT em um trecho do Rio São Francisco também apresentou resultados satisfatórios. O coeficiente de Nash-Sutcliffe alcançou um valor máximo de 0,98 enquanto o erro de volume médio foi de apenas 0,8%.
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