Análise de bem-estar animal para frango de corte durante o transporte e período de espera pré abate em ambiente climatizado

• Autor(a) principal: Morgan, Rafaela Bom
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/129617
• topic: Avicultura; Bem-estar animal; Pré-abate; Manejo animal; Transporte : Animais; Produtos de origem animal; Animal welfare; Poultry production; Transport; Preslaughter operations

O bem-estar dos animais de produção é assunto que motiva interesses e integra discussões na atualidade. As definições de bem-estar animal têm sido amplamente debatidas junto à comunidade científica internacional durante as últimas décadas. A linha conceitual mais aceita trata o bem-estar animal dentro de um enfoque multidimensional, abrangendo emoções, funcionamento biológico e comportamento natural. As aves são expostas a um número de fatores estressantes durante a etapa de transporte da granja ao matadourofrigorífico. Propõe-se que os desafios térmicos (cargas térmicas elevadas e estresse pelo frio) constituem a principal ameaça para o bem-estar e sobrevivência das aves. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo i) avaliar a condição térmica proporcionada as aves no interior das gaiolas em duas posições diferentes do caminhão (atrás da cabine e última fileira) nas etapas transporte e espera pré-abate (com e sem ambiente climatizado); (ii) avaliar as perdas na chegada na linha de abate; (iii) analisar as temperaturas críticas para as aves no interior do caminhão em cada uma das etapas mencionadas, observando também a eficiência dos ventiladores e nebulizadores do galpão de espera. O estudo foi realizado em frigorífico no Estado de Santa Catarina, durante o mês de Maio. Foram avaliados sete lotes de frango de corte totalizando 28 gaiolas. O ponto crítico durante as etapas de transporte e espera pré-abate trata-se da gaiola posicionada na fileira do meio atrás da cabine. Isso tudo devido as barreiras físicas encontradas na mesma. A temperatura máxima obtida nessa posição é de 39,91 ºC, estando totalmente acima da temperatura zona termoneutra. Dos lotes avaliados foi obtido um percentual de mortalidade de até 0,12%, provavelmente, entre outros fatores, pelas altas temperaturas verificadas neste estudo. Apesar das elevadas temperaturas, em dias quentes, o sistema de ventilação e nebulização do galpão de espera ajudou a amenizar a condição de estresse térmico das aves quando comparada com as temperaturas das gaiolas que não receberam climatização. Entretanto, o galpão de espera é carente de um sistema que atinja em maiores proporções as gaiolas do meio do caminhão, formando um ambiente que propicia o estresse das aves em dias quentes. Desta forma, novos estudos são necessários para reavaliar o sistema de manejo, tanto na etapa de transporte como no sistemas de ventilação do galpão de espera, a fim de elevar o bem-estar animal das aves.