Identidades sem faces : o Adolescente e a Escola entre grades
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/206744 |
Resumo: | Esta pesquisa está representada por um projeto de trabalho com o título de IDENTIDADES SEM FACES, o Adolescente e a Escola entre grades, desenvolvida durante o ano de 2019, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Senador Pasqualini com turmas multisseriadas, nas quais sou titular como professor de Arte. Os alunos que compõem essas turmas são adolescentes em conflito com a lei, com privação de liberdade que cumprem medida de internação na Fundação de Atendimento Socioeducativo em Porto Alegre Rio Grande do Sul. Interagindo com os adolescentes percebo a necessidade de contribuir para melhorar sua autoestima expressando-se através de sua imagem que em contrapartida está protegida de exposição e divulgação pública. A sua identidade foi abduzida temporariamente, sua face está sem um rosto, suas marcas e tatuagens possuem significados particulares. O papel assumido na ressocialização como professor, nesse viés, é oportunizar através de proposições de auto representação nas práticas artísticas do autorretrato. Trabalhar com a identidade e imagem é construir a melhora da autoestima. Além da escola, está nas leis da educação prisional a garantia de desenvolvimento e integridade para estes jovens. Foram alguns dos questionamentos que busquei nesta pesquisa com a complicada caminhada dos adolescentes, por motivos ou situações particulares foram apreendidos e excluídos da família, da escola e afastado do convívio social. O fundamento da pesquisa vem diretamente da ausência da expressão do jovem adolescente privado de liberdade, naturalmente imaturo e brutalizado no meio que vive. No meu olhar um ‘cárcere mirim’. Compartilhando conceitos da expressão grega autopoiesis, significa próprio ou criação, na literatura pensadores e cientistas defendem que, é a capacidade que os seres vivos possuem de produzirem a si próprios. No final do processo desta pesquisa o jovem apreendido já enxergou, experimentou, contextualizou a sua imagem, possibilitando um novo pertencimento na sociedade. Nas proposições em sala de aula é que os alunos estabelecem novas leituras da sua imagem, retratadas no desenho, na fotografia, na escultura e outros desdobramentos da linguagem da Arte. O que revelou a expressão dos sentimentos dos jovens, ainda que brutalizados pela sua situação de vulnerabilidade social, é na escola que este aluno encontra um lugar de direito e exercício de liberdade, ‘de prazer’ e de igualdade de condições. |
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Ribeiro, Luis Carlos da RosaBittencourt, Adolfo Luis Schedler2020-03-13T04:16:05Z2019http://hdl.handle.net/10183/206744001111725Esta pesquisa está representada por um projeto de trabalho com o título de IDENTIDADES SEM FACES, o Adolescente e a Escola entre grades, desenvolvida durante o ano de 2019, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O projeto foi desenvolvido na Escola Estadual Senador Pasqualini com turmas multisseriadas, nas quais sou titular como professor de Arte. Os alunos que compõem essas turmas são adolescentes em conflito com a lei, com privação de liberdade que cumprem medida de internação na Fundação de Atendimento Socioeducativo em Porto Alegre Rio Grande do Sul. Interagindo com os adolescentes percebo a necessidade de contribuir para melhorar sua autoestima expressando-se através de sua imagem que em contrapartida está protegida de exposição e divulgação pública. A sua identidade foi abduzida temporariamente, sua face está sem um rosto, suas marcas e tatuagens possuem significados particulares. O papel assumido na ressocialização como professor, nesse viés, é oportunizar através de proposições de auto representação nas práticas artísticas do autorretrato. Trabalhar com a identidade e imagem é construir a melhora da autoestima. Além da escola, está nas leis da educação prisional a garantia de desenvolvimento e integridade para estes jovens. Foram alguns dos questionamentos que busquei nesta pesquisa com a complicada caminhada dos adolescentes, por motivos ou situações particulares foram apreendidos e excluídos da família, da escola e afastado do convívio social. O fundamento da pesquisa vem diretamente da ausência da expressão do jovem adolescente privado de liberdade, naturalmente imaturo e brutalizado no meio que vive. No meu olhar um ‘cárcere mirim’. Compartilhando conceitos da expressão grega autopoiesis, significa próprio ou criação, na literatura pensadores e cientistas defendem que, é a capacidade que os seres vivos possuem de produzirem a si próprios. No final do processo desta pesquisa o jovem apreendido já enxergou, experimentou, contextualizou a sua imagem, possibilitando um novo pertencimento na sociedade. Nas proposições em sala de aula é que os alunos estabelecem novas leituras da sua imagem, retratadas no desenho, na fotografia, na escultura e outros desdobramentos da linguagem da Arte. O que revelou a expressão dos sentimentos dos jovens, ainda que brutalizados pela sua situação de vulnerabilidade social, é na escola que este aluno encontra um lugar de direito e exercício de liberdade, ‘de prazer’ e de igualdade de condições.Esta investigación está representada por un proyecto de trabajo con el título de IDENTIDADES SIN CARAS, el adolescente y la escuela entre rejillas, desarrollado durante el año 2019, en la Universidad Federal de Rio Grande do Sul. El proyecto se desarrolló en la Escuela Estatal Senador Pasqualini. con clases multigrado, en las que ejerzo como profesor de arte. Los estudiantes que componen estas clases son adolescentes en conflicto con la ley, privados de libertad, que están ingresados en la Fundación de Atención Socioeducativa en Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Al interactuar con los adolescentes, me doy cuenta de la necesidad de contribuir a mejorar su autoestima expresando Su imagen a su vez está protegida de la exposición y divulgación pública. Su identidad ha sido secuestrada temporalmente, su rostro no tiene rostro, sus marcas y tatuajes tienen un significado particular. El papel asumido en la resocialización como maestro, en este sesgo, es proporcionar oportunidades a través de proposiciones de autorrepresentación en las prácticas artísticas del autorretrato. Trabajar con identidad e imagen es mejorar la autoestima. Además de la escuela, las leyes de educación en prisión garantizan el desarrollo y la integridad de estos jóvenes. Algunas de las preguntas que busqué en esta investigación con la complicada caminata de los adolescentes, por razones o situaciones particulares, fueron confiscadas y excluidas de la familia, la escuela y lejos de la vida social. La base de la investigación proviene directamente de la falta de expresión del joven adolescente privado de libertad, naturalmente inmaduro y brutalizado en su entorno. En mis ojos, una "prisión infantil". Compartiendo conceptos de la expresión griega autopoiesis, que significa auto o creación, en la literatura los pensadores y científicos argumentan que es la capacidad de los seres vivos para producirse a sí mismos. Al final del proceso de esta investigación, los jóvenes capturados ya vieron, intentaron, contextualizaron su imagen, permitiendo una nueva pertenencia a la sociedad. En las propuestas en el aula, los estudiantes establecen nuevas lecturas de su imagen, retratadas en dibujo, fotografía, escultura y otros desarrollos en el lenguaje del arte. Lo que ha revelado la expresión de los sentimientos de los jóvenes, aunque brutalizados por su situación de vulnerabilidad social, es en la escuela que este estudiante encuentra un lugar de derecho y ejercicio de libertad, "placer" e igualdad de condiciones.application/pdfporIdentidadeFaceImagem (Arte)AutopoieseAdolescente infratorAutoestimaAutorretratoIdentidadRostroImagenAutopoiesisAdolescente en conflicto con la leyAutoestimaAutorretratoIdentidades sem faces : o Adolescente e a Escola entre gradesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de ArtesPorto Alegre, BR-RS2019Artes Visuais: Licenciaturagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001111725.pdf.txt001111725.pdf.txtExtracted Texttext/plain110549http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206744/2/001111725.pdf.txt2f9642a71611d85d220e850388c46393MD52ORIGINAL001111725.pdfTexto completoapplication/pdf8575408http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206744/1/001111725.pdf3c8ae12d79e13bfa9ef08e39931fa37cMD5110183/2067442022-05-24 04:43:23.877811oai:www.lume.ufrgs.br:10183/206744Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-05-24T07:43:23Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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