HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavagnolli, Gabriela
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Gross, Jorge Luiz, Camargo, Joiza Lins
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/159401
Resumo: Introdução: Tradicionalmente, a glicemia de jejum (GJ) e o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), têm sido recomendados para o diagnóstico do diabetes melito (DM). Recentemente, a hemoglobina glicada/HbA1c (A1C) foi recomendada como nova ferramenta diagnóstica e seu uso isolado está sendo preconizado. Objetivo: Analisar a concordância diagnóstica entre GJ, TOTG e A1C no diagnóstico de DM. Métodos: Indivíduos atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre para a realização de TOTG foram incluídos no estudo. A1C, GJ, glicemia 2h após a ingestão de 75 g de glicose, perfil lipídico e história clínica foram analisados. Testes T-Student, qui-quadrado, Mann-Whitney U e coeficiente kappa foram utilizados conforme o caso. Resultados: No total, 498 indivíduos participaram do estudo. Pelos critérios baseados na glicemia, 115 indivíduos foram diagnosticados com DM (26 pela GJ, 53 pelo TOTG e 36 por ambos os testes). Pelos valores de A1C, apenas 56 indivíduos apresentaram valor de A1C 6,5% e foram diagnosticados com DM (27 pela A1C isolada e 29 pela A1C e também pela GJ e/ou TOTG). A concordância diagnóstica entre os critérios baseados na glicemia e A1C é fraca (kappa = 0,217; P<0,001). Pacientes diagnosticados pelo critério A1C 6,5% isolado possuem perfil cardiovascular desfavorável quando comparados com os indíviduos que são classificados pelos critérios baseados na glicemia. Conclusão: Os diferentes testes diagnósticos identificam diferentes indivíduos com risco de diabetes. A utilização de algoritmos empregando os testes GJ, TOTG e/ou A1C parece ser mais adequada para garantir a correta classificação dos indivíduos com DM.
id UFRGS-2_a68e73b3fd32c6fb2421cd39738b7137
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/159401
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Cavagnolli, GabrielaGross, Jorge LuizCamargo, Joiza Lins2017-06-08T02:32:14Z20100101-5575http://hdl.handle.net/10183/159401001016510Introdução: Tradicionalmente, a glicemia de jejum (GJ) e o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), têm sido recomendados para o diagnóstico do diabetes melito (DM). Recentemente, a hemoglobina glicada/HbA1c (A1C) foi recomendada como nova ferramenta diagnóstica e seu uso isolado está sendo preconizado. Objetivo: Analisar a concordância diagnóstica entre GJ, TOTG e A1C no diagnóstico de DM. Métodos: Indivíduos atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre para a realização de TOTG foram incluídos no estudo. A1C, GJ, glicemia 2h após a ingestão de 75 g de glicose, perfil lipídico e história clínica foram analisados. Testes T-Student, qui-quadrado, Mann-Whitney U e coeficiente kappa foram utilizados conforme o caso. Resultados: No total, 498 indivíduos participaram do estudo. Pelos critérios baseados na glicemia, 115 indivíduos foram diagnosticados com DM (26 pela GJ, 53 pelo TOTG e 36 por ambos os testes). Pelos valores de A1C, apenas 56 indivíduos apresentaram valor de A1C 6,5% e foram diagnosticados com DM (27 pela A1C isolada e 29 pela A1C e também pela GJ e/ou TOTG). A concordância diagnóstica entre os critérios baseados na glicemia e A1C é fraca (kappa = 0,217; P<0,001). Pacientes diagnosticados pelo critério A1C 6,5% isolado possuem perfil cardiovascular desfavorável quando comparados com os indíviduos que são classificados pelos critérios baseados na glicemia. Conclusão: Os diferentes testes diagnósticos identificam diferentes indivíduos com risco de diabetes. A utilização de algoritmos empregando os testes GJ, TOTG e/ou A1C parece ser mais adequada para garantir a correta classificação dos indivíduos com DM.Background: Traditionally, fasting glycemia (FG) and oral glucose tolerance test (OGTT) were recommended for diabetes (DM) diagnosis. Recently, glycated hemoglobin/HbA1c (A1C) was recommended as a new diagnostic tool ant its isolated use is preferred. Aim: To analyze the agreement between GJ, TOTG and A1C in diagnosing DM. Methods: Individuals referred to Hospital de Clínicas de Porto Alegre for OGTT were included in this study. A1C, FG, OGTT, lipid profile and clinical history were analyzed. T-Student, Qui-square, Mann-Whitney U tests and kappa coefficient were used accordingly. Results: A total of 498 individuals participated in the study. By glycemia-based criteria, 115 individuals were classified with DM (26 by GJ, 53 by TOTG and 36 by both tests). By A1C criterion, only 56 individuals had A1C 6.5% and were classified with DM (27 by A1C only and 29 by A1C and FG and/or OGTT). The diagnostic agreement between glycemia-based criteria and A1C is poor (kappa = 0,217; P<0,001). Patients classified as diabetic only by A1C test had a cardiovascular unfavorable profile compared to patients classified by glycemia-based criteria. Conclusion: Different diagnostic tests identified different individuals at risk of DM. The use of algorithms with FG, OGTT and/or A1C tests seems to be more adequate to assure the correct classification of diabetic individuals.application/pdfporRevista HCPA. Porto Alegre. Vol. 30, n. 4, (2010), p. 315-320Diabetes mellitusGlicemiaDiagnósticoDiagnostic testsGlycated hemoglobinHbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?HbA1C, fasting glycemia and oral glucose tolerance test in the diagnosis of diabetes : which test?info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001016510.pdf001016510.pdfTexto completoapplication/pdf199893http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/1/001016510.pdf7007db6e568c241003d1d11a2a12b819MD51TEXT001016510.pdf.txt001016510.pdf.txtExtracted Texttext/plain24077http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/2/001016510.pdf.txt0b499c0e5700935f62f7c352bb6b71f6MD52THUMBNAIL001016510.pdf.jpg001016510.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2085http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/3/001016510.pdf.jpg803891b0df46cb656e6395489e647dc5MD5310183/1594012018-10-22 08:22:27.481oai:www.lume.ufrgs.br:10183/159401Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-22T11:22:27Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?
dc.title.alternative.en.fl_str_mv HbA1C, fasting glycemia and oral glucose tolerance test in the diagnosis of diabetes : which test?
title HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?
spellingShingle HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?
Cavagnolli, Gabriela
Diabetes mellitus
Glicemia
Diagnóstico
Diagnostic tests
Glycated hemoglobin
title_short HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?
title_full HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?
title_fullStr HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?
title_full_unstemmed HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?
title_sort HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?
author Cavagnolli, Gabriela
author_facet Cavagnolli, Gabriela
Gross, Jorge Luiz
Camargo, Joiza Lins
author_role author
author2 Gross, Jorge Luiz
Camargo, Joiza Lins
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cavagnolli, Gabriela
Gross, Jorge Luiz
Camargo, Joiza Lins
dc.subject.por.fl_str_mv Diabetes mellitus
Glicemia
Diagnóstico
topic Diabetes mellitus
Glicemia
Diagnóstico
Diagnostic tests
Glycated hemoglobin
dc.subject.eng.fl_str_mv Diagnostic tests
Glycated hemoglobin
description Introdução: Tradicionalmente, a glicemia de jejum (GJ) e o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), têm sido recomendados para o diagnóstico do diabetes melito (DM). Recentemente, a hemoglobina glicada/HbA1c (A1C) foi recomendada como nova ferramenta diagnóstica e seu uso isolado está sendo preconizado. Objetivo: Analisar a concordância diagnóstica entre GJ, TOTG e A1C no diagnóstico de DM. Métodos: Indivíduos atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre para a realização de TOTG foram incluídos no estudo. A1C, GJ, glicemia 2h após a ingestão de 75 g de glicose, perfil lipídico e história clínica foram analisados. Testes T-Student, qui-quadrado, Mann-Whitney U e coeficiente kappa foram utilizados conforme o caso. Resultados: No total, 498 indivíduos participaram do estudo. Pelos critérios baseados na glicemia, 115 indivíduos foram diagnosticados com DM (26 pela GJ, 53 pelo TOTG e 36 por ambos os testes). Pelos valores de A1C, apenas 56 indivíduos apresentaram valor de A1C 6,5% e foram diagnosticados com DM (27 pela A1C isolada e 29 pela A1C e também pela GJ e/ou TOTG). A concordância diagnóstica entre os critérios baseados na glicemia e A1C é fraca (kappa = 0,217; P<0,001). Pacientes diagnosticados pelo critério A1C 6,5% isolado possuem perfil cardiovascular desfavorável quando comparados com os indíviduos que são classificados pelos critérios baseados na glicemia. Conclusão: Os diferentes testes diagnósticos identificam diferentes indivíduos com risco de diabetes. A utilização de algoritmos empregando os testes GJ, TOTG e/ou A1C parece ser mais adequada para garantir a correta classificação dos indivíduos com DM.
publishDate 2010
dc.date.issued.fl_str_mv 2010
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-06-08T02:32:14Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/159401
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0101-5575
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001016510
identifier_str_mv 0101-5575
001016510
url http://hdl.handle.net/10183/159401
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista HCPA. Porto Alegre. Vol. 30, n. 4, (2010), p. 315-320
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/1/001016510.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/2/001016510.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/3/001016510.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 7007db6e568c241003d1d11a2a12b819
0b499c0e5700935f62f7c352bb6b71f6
803891b0df46cb656e6395489e647dc5
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224918079111168