HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/159401 |
Resumo: | Introdução: Tradicionalmente, a glicemia de jejum (GJ) e o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), têm sido recomendados para o diagnóstico do diabetes melito (DM). Recentemente, a hemoglobina glicada/HbA1c (A1C) foi recomendada como nova ferramenta diagnóstica e seu uso isolado está sendo preconizado. Objetivo: Analisar a concordância diagnóstica entre GJ, TOTG e A1C no diagnóstico de DM. Métodos: Indivíduos atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre para a realização de TOTG foram incluídos no estudo. A1C, GJ, glicemia 2h após a ingestão de 75 g de glicose, perfil lipídico e história clínica foram analisados. Testes T-Student, qui-quadrado, Mann-Whitney U e coeficiente kappa foram utilizados conforme o caso. Resultados: No total, 498 indivíduos participaram do estudo. Pelos critérios baseados na glicemia, 115 indivíduos foram diagnosticados com DM (26 pela GJ, 53 pelo TOTG e 36 por ambos os testes). Pelos valores de A1C, apenas 56 indivíduos apresentaram valor de A1C 6,5% e foram diagnosticados com DM (27 pela A1C isolada e 29 pela A1C e também pela GJ e/ou TOTG). A concordância diagnóstica entre os critérios baseados na glicemia e A1C é fraca (kappa = 0,217; P<0,001). Pacientes diagnosticados pelo critério A1C 6,5% isolado possuem perfil cardiovascular desfavorável quando comparados com os indíviduos que são classificados pelos critérios baseados na glicemia. Conclusão: Os diferentes testes diagnósticos identificam diferentes indivíduos com risco de diabetes. A utilização de algoritmos empregando os testes GJ, TOTG e/ou A1C parece ser mais adequada para garantir a correta classificação dos indivíduos com DM. |
id |
UFRGS-2_a68e73b3fd32c6fb2421cd39738b7137 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/159401 |
network_acronym_str |
UFRGS-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
repository_id_str |
|
spelling |
Cavagnolli, GabrielaGross, Jorge LuizCamargo, Joiza Lins2017-06-08T02:32:14Z20100101-5575http://hdl.handle.net/10183/159401001016510Introdução: Tradicionalmente, a glicemia de jejum (GJ) e o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), têm sido recomendados para o diagnóstico do diabetes melito (DM). Recentemente, a hemoglobina glicada/HbA1c (A1C) foi recomendada como nova ferramenta diagnóstica e seu uso isolado está sendo preconizado. Objetivo: Analisar a concordância diagnóstica entre GJ, TOTG e A1C no diagnóstico de DM. Métodos: Indivíduos atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre para a realização de TOTG foram incluídos no estudo. A1C, GJ, glicemia 2h após a ingestão de 75 g de glicose, perfil lipídico e história clínica foram analisados. Testes T-Student, qui-quadrado, Mann-Whitney U e coeficiente kappa foram utilizados conforme o caso. Resultados: No total, 498 indivíduos participaram do estudo. Pelos critérios baseados na glicemia, 115 indivíduos foram diagnosticados com DM (26 pela GJ, 53 pelo TOTG e 36 por ambos os testes). Pelos valores de A1C, apenas 56 indivíduos apresentaram valor de A1C 6,5% e foram diagnosticados com DM (27 pela A1C isolada e 29 pela A1C e também pela GJ e/ou TOTG). A concordância diagnóstica entre os critérios baseados na glicemia e A1C é fraca (kappa = 0,217; P<0,001). Pacientes diagnosticados pelo critério A1C 6,5% isolado possuem perfil cardiovascular desfavorável quando comparados com os indíviduos que são classificados pelos critérios baseados na glicemia. Conclusão: Os diferentes testes diagnósticos identificam diferentes indivíduos com risco de diabetes. A utilização de algoritmos empregando os testes GJ, TOTG e/ou A1C parece ser mais adequada para garantir a correta classificação dos indivíduos com DM.Background: Traditionally, fasting glycemia (FG) and oral glucose tolerance test (OGTT) were recommended for diabetes (DM) diagnosis. Recently, glycated hemoglobin/HbA1c (A1C) was recommended as a new diagnostic tool ant its isolated use is preferred. Aim: To analyze the agreement between GJ, TOTG and A1C in diagnosing DM. Methods: Individuals referred to Hospital de Clínicas de Porto Alegre for OGTT were included in this study. A1C, FG, OGTT, lipid profile and clinical history were analyzed. T-Student, Qui-square, Mann-Whitney U tests and kappa coefficient were used accordingly. Results: A total of 498 individuals participated in the study. By glycemia-based criteria, 115 individuals were classified with DM (26 by GJ, 53 by TOTG and 36 by both tests). By A1C criterion, only 56 individuals had A1C 6.5% and were classified with DM (27 by A1C only and 29 by A1C and FG and/or OGTT). The diagnostic agreement between glycemia-based criteria and A1C is poor (kappa = 0,217; P<0,001). Patients classified as diabetic only by A1C test had a cardiovascular unfavorable profile compared to patients classified by glycemia-based criteria. Conclusion: Different diagnostic tests identified different individuals at risk of DM. The use of algorithms with FG, OGTT and/or A1C tests seems to be more adequate to assure the correct classification of diabetic individuals.application/pdfporRevista HCPA. Porto Alegre. Vol. 30, n. 4, (2010), p. 315-320Diabetes mellitusGlicemiaDiagnósticoDiagnostic testsGlycated hemoglobinHbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar?HbA1C, fasting glycemia and oral glucose tolerance test in the diagnosis of diabetes : which test?info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001016510.pdf001016510.pdfTexto completoapplication/pdf199893http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/1/001016510.pdf7007db6e568c241003d1d11a2a12b819MD51TEXT001016510.pdf.txt001016510.pdf.txtExtracted Texttext/plain24077http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/2/001016510.pdf.txt0b499c0e5700935f62f7c352bb6b71f6MD52THUMBNAIL001016510.pdf.jpg001016510.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2085http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/3/001016510.pdf.jpg803891b0df46cb656e6395489e647dc5MD5310183/1594012018-10-22 08:22:27.481oai:www.lume.ufrgs.br:10183/159401Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-22T11:22:27Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar? |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
HbA1C, fasting glycemia and oral glucose tolerance test in the diagnosis of diabetes : which test? |
title |
HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar? |
spellingShingle |
HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar? Cavagnolli, Gabriela Diabetes mellitus Glicemia Diagnóstico Diagnostic tests Glycated hemoglobin |
title_short |
HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar? |
title_full |
HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar? |
title_fullStr |
HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar? |
title_full_unstemmed |
HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar? |
title_sort |
HbA1C, glicemia de jejum e teste oral de tolerância à glicose no diagnóstico de diabetes : Que teste usar? |
author |
Cavagnolli, Gabriela |
author_facet |
Cavagnolli, Gabriela Gross, Jorge Luiz Camargo, Joiza Lins |
author_role |
author |
author2 |
Gross, Jorge Luiz Camargo, Joiza Lins |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cavagnolli, Gabriela Gross, Jorge Luiz Camargo, Joiza Lins |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Diabetes mellitus Glicemia Diagnóstico |
topic |
Diabetes mellitus Glicemia Diagnóstico Diagnostic tests Glycated hemoglobin |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Diagnostic tests Glycated hemoglobin |
description |
Introdução: Tradicionalmente, a glicemia de jejum (GJ) e o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), têm sido recomendados para o diagnóstico do diabetes melito (DM). Recentemente, a hemoglobina glicada/HbA1c (A1C) foi recomendada como nova ferramenta diagnóstica e seu uso isolado está sendo preconizado. Objetivo: Analisar a concordância diagnóstica entre GJ, TOTG e A1C no diagnóstico de DM. Métodos: Indivíduos atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre para a realização de TOTG foram incluídos no estudo. A1C, GJ, glicemia 2h após a ingestão de 75 g de glicose, perfil lipídico e história clínica foram analisados. Testes T-Student, qui-quadrado, Mann-Whitney U e coeficiente kappa foram utilizados conforme o caso. Resultados: No total, 498 indivíduos participaram do estudo. Pelos critérios baseados na glicemia, 115 indivíduos foram diagnosticados com DM (26 pela GJ, 53 pelo TOTG e 36 por ambos os testes). Pelos valores de A1C, apenas 56 indivíduos apresentaram valor de A1C 6,5% e foram diagnosticados com DM (27 pela A1C isolada e 29 pela A1C e também pela GJ e/ou TOTG). A concordância diagnóstica entre os critérios baseados na glicemia e A1C é fraca (kappa = 0,217; P<0,001). Pacientes diagnosticados pelo critério A1C 6,5% isolado possuem perfil cardiovascular desfavorável quando comparados com os indíviduos que são classificados pelos critérios baseados na glicemia. Conclusão: Os diferentes testes diagnósticos identificam diferentes indivíduos com risco de diabetes. A utilização de algoritmos empregando os testes GJ, TOTG e/ou A1C parece ser mais adequada para garantir a correta classificação dos indivíduos com DM. |
publishDate |
2010 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-06-08T02:32:14Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/159401 |
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv |
0101-5575 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001016510 |
identifier_str_mv |
0101-5575 001016510 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/159401 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv |
Revista HCPA. Porto Alegre. Vol. 30, n. 4, (2010), p. 315-320 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRGS |
collection |
Repositório Institucional da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/1/001016510.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/2/001016510.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/159401/3/001016510.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7007db6e568c241003d1d11a2a12b819 0b499c0e5700935f62f7c352bb6b71f6 803891b0df46cb656e6395489e647dc5 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801224918079111168 |