Histórias-memórias : restos do cuidado em saúde mental coletiva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/230616 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho é apresentar o trânsito formativo da Residência em Área Profissional da Saúde da UFRGS , Especialização em Saúde Mental Coletiva, entre os anos de 2018 e 2020. Para tanto, ensaio. Desvio de um método hegemônico ao estruturar, na forma escrita, a transmissão da experiência. Invenção de um desvio como possibilidade metodológica ao construir conhecimento acadêmico. Poetizar como forma de produzir saber. Nem sempre são as histórias dos sujeitos que ocupam as narrativas aqui registradas, pois é feita de forma que inclui reflexões teóricas e técnicas, de conjuntura social e política, e, essas, articuladas à prática profissional. Talvez para dar conta e oferecer um vislumbre da complexidade dos cenários, a escrita se revela em forma desconstruída, com relação a um texto mais tradicional. Pode conter ideias, ficções e invenções, e, ainda assim, há um enredo – vivido e estudado, também conceitualmente – que perpassa e atravessa, que acerta o alvo: sujeitos adolescendo, em sofrimento psíquico, atendidos nas redes de saúde, assistência, proteção e justiça. Sobretudo, aqueles em situação de conflito com a lei. Os fios que compõem esta trama serão cenas dos processos pessoais, profissionais e formativos vivenciados – inclusive, de outrora –, a chegada aos novos espaços-instituições-lugares para o trabalho, a construção das narrativas do percurso , os registros de diários de bordo , os desenhos , os rabiscos, as lembranças e as inquietações, principalmente, atravessadas pelas lentes teóricas descoloniais . Serão narradas quatro histórias-memórias, advindas de cada cenário de prática em que pude realizar o cuidado em Saúde Mental Coletiva. O texto foi organizado de forma a contar do lugar de fala enquanto profissional-pesquisador, fala das reflexões sobre os espaços e sujeitos atendidos nas redes de proteção e as intersecções que abarcam o trabalho em Saúde Mental, e, também, no aporte das perguntas que não se esgotam. Propõe-se, então, o registro do dia de trabalho, das reuniões de/em rede e dos atravessamentos institucionais. Fala do racismo estrutural e das branquitudes. Fala também da hierarquização de saberes Psi . Conta do cotidiano das equipes, das articulações, das idas e vindas aos territórios, do aproximar-se dos sujeitos. As histórias serão narradas numa tentativa de entender os fluxos e processos, além de re conhecer os sujeitos que recebem cuidado, sendo as (im)possibilidades dessa experiência que irão embasar a escrita, para além de idealizações, de arestas que sobram e de desejos que ainda permanecem latentes. Assim, no texto serão apresentados os desvios que se fizeram possíveis na busca pela garantia de saúde (mental) integral aos adolescentes e jovens, atendidos em dois anos na prática de formação em trabalho. |
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