Palinomorfos do mioceno no poço CBM001-ST-RS, Bacia de Pelotas e seu significado paleoambiental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais, Thaysa Loreni Colman de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/172256
Resumo: A palinologia consiste em uma ferramenta frequentemente utilizada para interpretações paleoambientais e bioestratigráficas. Microfósseis orgânicos pré-quaternários, provenientes de perfurações na Planície Costeira do Estado do Rio Grande do Sul, ainda são relativamente escassos. Neste sentido, este trabalho visa contribuir com informações inéditas do poço CBM001-SR-RS, localizado na região carbonífera de Santa Terezinha, entre os municípios de Osório e Tramandaí, RS. Foram selecionados para a preparação palinológica 19 níveis do intervalo 365,75 m a 350,65 m. Com base em associações palinológicas reconhecidas o intervalo é atribuído ao Mioceno. O procedimento laboratorial de preparação de amostras compreende na eliminação da fração inorgânica e a concentração da matéria orgânica partículada, através de maceração com ácidos (HF e HCl) e peneiramento subsequente. O reconhecimento dos palinomorfos foi realizado a partir da observação de espécimes em microscopia ótica binocular, a fim de reconhecer os espécimes e classificar em grupos para cada nível O estudo quantitativo se deu a partir da contagem de 300 espécimes de palinomorfos por nível estratigráfico. Com base nos dados quantitativos foi feito cálculos para porcentagem das formas marinhas versus formas continentais e aplicado o Índice de Marinidade Palinológico (IMP). A associação palinologica consiste em dinoflagelados, acritarcos, palinoforaminíferos, grãos de pólen, esporos, algas, fungos e escolecodontes. Tal associação se mostrou fértil e com espécimes bem preservados durante todo o intervalo. Formas marinhas como dinoflagelados e palinoforaminíferos aparecem em maior frequência em toda a sucessão. O IMP varia de positivamente, com picos positivos em níveis extremamente ricos em formas marinhas. O nível basal, de arenito muito fino, apresenta IMP com valore baixo em função dos raros espécimes encontrados. A integração dos dados de palinologia com a geologia regional da Bacia de Pelotas levou à interpretação paleoambiental para a sucessão aqui apresentada, como sendo parte de um sistema marinho plataformal.
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O procedimento laboratorial de preparação de amostras compreende na eliminação da fração inorgânica e a concentração da matéria orgânica partículada, através de maceração com ácidos (HF e HCl) e peneiramento subsequente. O reconhecimento dos palinomorfos foi realizado a partir da observação de espécimes em microscopia ótica binocular, a fim de reconhecer os espécimes e classificar em grupos para cada nível O estudo quantitativo se deu a partir da contagem de 300 espécimes de palinomorfos por nível estratigráfico. Com base nos dados quantitativos foi feito cálculos para porcentagem das formas marinhas versus formas continentais e aplicado o Índice de Marinidade Palinológico (IMP). A associação palinologica consiste em dinoflagelados, acritarcos, palinoforaminíferos, grãos de pólen, esporos, algas, fungos e escolecodontes. Tal associação se mostrou fértil e com espécimes bem preservados durante todo o intervalo. Formas marinhas como dinoflagelados e palinoforaminíferos aparecem em maior frequência em toda a sucessão. O IMP varia de positivamente, com picos positivos em níveis extremamente ricos em formas marinhas. O nível basal, de arenito muito fino, apresenta IMP com valore baixo em função dos raros espécimes encontrados. A integração dos dados de palinologia com a geologia regional da Bacia de Pelotas levou à interpretação paleoambiental para a sucessão aqui apresentada, como sendo parte de um sistema marinho plataformal.Palynology is a tool used to make paleoenvironmental and biostratigraphic interpretations. Pre-Quaternary organic-walled microfossils taken from boreholes on the Coastal Plain of the State of Rio Grande do Sul (RS) are still hardly found. This work aims to present recent discoveries on the well CBM001-SR- RS, located in the Santa Terezinha Coalfield, between Osório and Tramandaí counties, in RS. A total of 19 samples were extracted for analysis from a section within an interval from 365,75 to 350,65 m deep. Based on palynological association, this interval was dated as Miocene. The laboratory procedure used to prepare the samples comprises elimination of the inorganic fraction and concentration of particulated organic matter, employing maceration by acids (HF and HCl) followed by sieving. The palynomorphs are recognized by using an optical binocular microscope and separating the specimens in groups, for each sample. The quantitative study was based on the counting of 300 specimens of palynomorphs per stratigraphic level. The application of the Palynological Marine Index. This palinological association considers species like dinoflagellate cysts, acritarchs, palynoforaminifers, grains of pollens, spores, algae, fungi and scolecodonts. That association is rich in marine species. The IMP varies positively, in special in levels rich in marine forms. The basal level, very fine sandstone, show IMP lower becose is rare species there. The integration of data work compares palynology results with the geology of the Pelotas Basin, suggesting a paleoenvironment for the interval here showed as part of a shallow marine depositional system.application/pdfporPalinologiaPelotas, Bacia sedimentar de (RS)DinoflageladosBioestratigrafiaMiocenoPaleoambientePalynologyDinoflagellate cystsPaleoenvironmentalMiocenePelotas BasinPalinomorfos do mioceno no poço CBM001-ST-RS, Bacia de Pelotas e seu significado paleoambientalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2017Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001059064.pdf001059064.pdfTexto completoapplication/pdf5130562http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172256/1/001059064.pdf3d8f3bbab00632bb9b2d6e259f3ab937MD51TEXT001059064.pdf.txt001059064.pdf.txtExtracted Texttext/plain81578http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172256/2/001059064.pdf.txt3285e19c9b045d9a4264da81729e6391MD52THUMBNAIL001059064.pdf.jpg001059064.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1075http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172256/3/001059064.pdf.jpgc4c475de2f281fbd2cdee5c56e4bd958MD5310183/1722562021-05-07 05:06:33.292592oai:www.lume.ufrgs.br:10183/172256Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-07T08:06:33Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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