O que é "verdadeiro, mas não esclarecedor" segundo a Ética Eudêmia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zillig, Raphael
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/163209
Resumo: Em Ética Eudêmia I 6, Aristóteles caracteriza o avanço da investigação ética como uma substituição progressiva do que é a) dito com verdade, mas não de modo esclarecedor pelo que é b) verdadeiro e esclarecedor. Usualmente, a passagem de a) para b) é interpretada como superação de uma primeira apreensão obscura e confusa do objeto de estudo por uma exposição mais acurada e confiável do mesmo. Neste trabalho, sustento que a compreensão do papel metodológico de a) depende de sua dissociação das noções de obscuridade e confusão. Trata-se antes de uma primeira apreensão indistinta (mas não confusa) do objeto de investigação. É em virtude de sua indistinção e não de obscuridade que se deve seu caráter insuficientemente esclarecedor.
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