A influência do cuidador no aleitamento materno aos seis meses e na introdução alimentar : estudo IVAPSA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tebaldi, Mayara de Almeida
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/214677
Resumo: Introdução: A Organização Mundial da Saúde preconiza que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis meses de idade e estendido até os dois anos ou mais. Sabe-se que a oferta precoce de outros líquidos e alimentos podem reduzir a ingestão de leite materno. Além disso, essa prática pode trazer prejuízo na saúde da criança, principalmente quando a oferta é realizada antes do completo desenvolvimento fisiológico do recém-nascido. Atualmente, com a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho, o cuidador não materno passou a desenvolver papel fundamental na introdução alimentar das crianças e, assim, mais estudos com essa temática são importantes de serem investigados. Objetivo: Avaliar se o cuidador influencia no tempo de aleitamento materno e na introdução da alimentação complementar em crianças com seis meses de vida. Métodos: Estudo observacional longitudinal, realizado em Porto Alegre – RS, com puérperas e seus recém-nascidos. As abordagens com as puérperas ocorreram entre 24 e 48 horas pós-parto. Definiram-se duas categorias para cuidador: 1ª) mãe e 2º) outros, na qual contemplava avós, pais, tios(as), primas e professoras da escola infantil. O padrão alimentar das crianças foi avaliado através de questionário de introdução de alimentos aplicado na entrevista de 180 dias pós-parto. Utilizou-se o teste Qui Quadrado para relacionar o cuidador com a introdução de alimentar e o teste de Shapiro-Wilk para comparar a distribuição entre os dois grupos (mãe e outros). O nível de significância adotado foi de 5% e o programa estatístico utilizado foi o Statistical Package for the Social Sciences versão 18.0. Para análise descritiva dos sólidos foi utilizado o pacote de beeswarn criado por Aron Eklund, através da representação gráfica dotplot e boxplot. Para a verificar a relação dos sólidos com a variável quem cuida foi realizado o teste Qui Quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. Em relação aos aspectos éticos, a pesquisa foi registrada e aprovada pelos comitês de ética dos hospitais envolvidos (Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Grupo Hospitalar Conceição), sob os pareceres números 11-0097 e 11-027, respectivamente. Resultados: Foram analisadas 233 puérperas. Desta amostra, 185 (79,4%) eram responsáveis pelo cuidado do filho e 48 (20,6%) constituíram-se como outros cuidadores. Houve associação estatisticamente significativa entre a prática do aleitamento materno no sexto mês de vida e o tipo de cuidador, pois se observou essa prática em 136 (73,5%) crianças no cuidador mãe, comparado a 25 (52,1%) para outros cuidadores (p=0,007). Não houve diferença estatística entre o tipo de cuidador e os grupos intra uterinos da amostra (p>0,05). O uso de mamadeira foi significativamente mais prevalente no grupo de cuidadores não 4 maternos (p=0,016) Para a ingestão de outros líquidos foi encontrada associação significativa para chá (p=0,015), leite artificial (p=0,002) e água (p=0,028), com maior proporção dessas práticas em crianças sob o cuidado de outros. Para a ingestão de suco também houve tendência estatística (p=0,053) para sua oferta no grupo de cuidadores não maternos. Entretanto, não foi encontrada associação significativa para ingestão de refrigerante e o cuidador (p>0,05). Em relação à introdução dos alimentos sólidos não houve diferença significativa para a maioria dos alimentos, exceto para a gelatina (p=0,047). Conclusões: O tipo de cuidador demonstrou estar associado ao aleitamento materno no sexto mês de vida do lactente assim também como para a introdução precoce de líquidos não nutritivos. Para análise da introdução dos sólidos só foi encontrado associação significativa para introdução de gelatina. No entanto, mais estudos são necessários incluindo os cuidadores não maternos, visto que há um grande viés de memória por parte das mães entrevistadas e perda de dados por falta de informações.
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