Perfil de gatos com linfoma mediastinal no sul do Brasil e sua associação com o vírus da leucemia felina (FeLV)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/271392 |
Resumo: | O linfoma é a neoplasia hematopoiética mais frequente em gatos e tem sido altamente associado à infecção pelo Vírus da Leucemia Felina (FeLV) no Brasil. Entre as diferentes formas de linfoma, o mediastinal e o multicêntrico estão mais associados à infecção viral. O presente estudo tem como objetivo fazer um levantamento retrospectivo do perfil de gatos diagnosticados com linfoma atendidos em hospital-escola veterinário e clínica de oncologia veterinária do sul do Brasil entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016. O estudo buscou verificar a associação entre a ocorrência do linfoma mediastinal com a positividade no teste imunoenzimático do FeLV e outras características dos hemogramas dos pacientes. Através de levantamento das fichas clínicas dos pacientes, foram incluídos no estudo retrospectivo 102 gatos com linfoma. A maioria não apresentava raça definida (95 – 93,13%), e a distribuição quanto ao sexo manteve-se homogênea entre machos (51- 50%) e fêmeas (51- 50%) na totalidade dos casos. A média geral de idade foi de 5,39 anos, variando de 6 meses a 17 anos. Cinquenta e dois (50,98%) gatos apresentaram linfoma mediastinal, 21 (20,58%) multicêntrico, 16 (15,68%) extranodal e 13 (12,76) alimentar. O grupo de linfoma mediastinal foi composto na maioria por fêmeas com a idade média mais baixa dos grupos, com 2,93 anos (p<0,001). Após regressão logística, os pacientes FeLV positivos apresentam, em média, 17,95 vezes a chance de ter linfoma mediastinal do que os animais FelV negativo (p=0,04). A idade também foi significativa no modelo, sendo inversamente associada ao linfoma mediastinal, pois o aumento de um ano de idade diminuiu, em média, 28% a chance de ocorrer esse tipo de linfoma em relação às outras classificações (p=0,012). A proporção de diagnósticos obtidos por citologia (86 exames) foi maior que por histopatologia (14 exames), na maioria no grupo de linfoma mediastinal (p<0,001). A partir dos dados obtidos no estudo, o linfoma mediastinal foi associado fortemente à infecção por FeLV na população de gatos do estudo. O perfil dos gatos estudados com linfoma mediastinal foi de idade até dois anos, do sexo feminino, com diagnóstico realizado por citologia do líquido pleural colhido através de toracocentese. O grau de associação entre linfoma em felinos e a sua infecção pelo FeLV no Brasil ainda é maior que em outros países que obtiveram sucesso no controle dessa doença viral. Os dados sobre essa associação são essenciais para a compreensão da epidemiologia dessa neoplasia e para motivar programas de educação da população sobre a profilaxia da FeLV. |
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Vidor, Silvana BelliniCosta, Fernanda Vieira Amorim daDuda, Naila Cristina Blatt2024-02-02T05:06:54Z2019http://hdl.handle.net/10183/271392001107390O linfoma é a neoplasia hematopoiética mais frequente em gatos e tem sido altamente associado à infecção pelo Vírus da Leucemia Felina (FeLV) no Brasil. Entre as diferentes formas de linfoma, o mediastinal e o multicêntrico estão mais associados à infecção viral. O presente estudo tem como objetivo fazer um levantamento retrospectivo do perfil de gatos diagnosticados com linfoma atendidos em hospital-escola veterinário e clínica de oncologia veterinária do sul do Brasil entre janeiro de 2013 e dezembro de 2016. O estudo buscou verificar a associação entre a ocorrência do linfoma mediastinal com a positividade no teste imunoenzimático do FeLV e outras características dos hemogramas dos pacientes. Através de levantamento das fichas clínicas dos pacientes, foram incluídos no estudo retrospectivo 102 gatos com linfoma. A maioria não apresentava raça definida (95 – 93,13%), e a distribuição quanto ao sexo manteve-se homogênea entre machos (51- 50%) e fêmeas (51- 50%) na totalidade dos casos. A média geral de idade foi de 5,39 anos, variando de 6 meses a 17 anos. Cinquenta e dois (50,98%) gatos apresentaram linfoma mediastinal, 21 (20,58%) multicêntrico, 16 (15,68%) extranodal e 13 (12,76) alimentar. O grupo de linfoma mediastinal foi composto na maioria por fêmeas com a idade média mais baixa dos grupos, com 2,93 anos (p<0,001). Após regressão logística, os pacientes FeLV positivos apresentam, em média, 17,95 vezes a chance de ter linfoma mediastinal do que os animais FelV negativo (p=0,04). A idade também foi significativa no modelo, sendo inversamente associada ao linfoma mediastinal, pois o aumento de um ano de idade diminuiu, em média, 28% a chance de ocorrer esse tipo de linfoma em relação às outras classificações (p=0,012). A proporção de diagnósticos obtidos por citologia (86 exames) foi maior que por histopatologia (14 exames), na maioria no grupo de linfoma mediastinal (p<0,001). A partir dos dados obtidos no estudo, o linfoma mediastinal foi associado fortemente à infecção por FeLV na população de gatos do estudo. O perfil dos gatos estudados com linfoma mediastinal foi de idade até dois anos, do sexo feminino, com diagnóstico realizado por citologia do líquido pleural colhido através de toracocentese. O grau de associação entre linfoma em felinos e a sua infecção pelo FeLV no Brasil ainda é maior que em outros países que obtiveram sucesso no controle dessa doença viral. Os dados sobre essa associação são essenciais para a compreensão da epidemiologia dessa neoplasia e para motivar programas de educação da população sobre a profilaxia da FeLV.Lymphoma is the most common hematopoietic neoplasm in cats and has been highly associated with Feline Leukemia Virus (FeLV) infection in Brazil. Among the different forms of lymphoma, mediastinal and multicentric are more associated with this viral infection. The aim of this study was to conduct a retrospective survey about the profile of cats diagnosed with lymphoma admitted at a veterinary school hospital and veterinary oncology clinic in southern Brazil between January 2013 and December 2016. The study sought to relate the occurrence of mediastinal lymphoma with FeLV infection and other characteristics of patients' laboratory tests. The retrospective study analyzed data from 102 cats with lymphoma attended. Most of the cats were mixed breed (95 - 93.13%), and gender distribution remained homogeneous between males (51-50%) and females (51-50%) in all cases. The mean age was 5.4 year, ranging from 6 months to 17 years old. Fifty-two (50.98%) cats presented mediastinal lymphoma, 21 (20.58%) multicentric, 16 (15.68%) extranodal and 13 (12.76) alimentary. The mediastinal lymphoma group was mostly composed of females with the lowest mean age of the groups, 2.9 years old (p <0.001), and with FeLV immunopositivity (p <0.001). After logistic regression, FeLV-positive patients had 17.95 times the chance of having mediastinal lymphoma than FelV-negative animals (p=0,04). Age was also significant in the model, being inversely associated with mediastinal lymphoma, since the increase of one year of age decreased on average by 28% the chance of this type of lymphoma compared to other classifications (p=0,012). The proportion of diagnoses obtained by cytology (86 exams) was higher than by histopathology (14 exams), mostly in the mediastinal lymphoma group (p <0.001). Mediastinal lymphoma was strongly associated with FeLV test positivity in this cat population. The profile of cats studied with mediastinal lymphoma was up to two years old, female, diagnosed by pleural effusion cytology performed from samples obtained by thoracocentesis. The degree of association between feline lymphoma and FeLV infection in Brazil is even greater than in other countries that have successfully controlled this viral disease. Data about this association are essential for understanding this neoplasm epidemiology and for motivating population education programs on FeLV prophylaxis.application/pdfporNeoplasias do mediastinoVírus da leucemia felinaPrevalênciaFelinosBrasil, Região SulFelinesVeterinary oncologyMediastinal lymphomaPerfil de gatos com linfoma mediastinal no sul do Brasil e sua associação com o vírus da leucemia felina (FeLV)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2019especializaçãoCurso de Especialização em Clínica Médica de Felinos Domésticosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001107390.pdf.txt001107390.pdf.txtExtracted Texttext/plain50106http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271392/2/001107390.pdf.txtbc4002ee33e24bb977f673e14add689eMD52ORIGINAL001107390.pdfTexto completoapplication/pdf170592http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271392/1/001107390.pdf327690b1756448160cbf2c5f6b5d318fMD5110183/2713922024-02-03 06:07:34.730425oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271392Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2024-02-03T08:07:34Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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