Urolitíase causada por oxalato de cálcio em felinos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/95061 |
Resumo: | A urolitíase pode ser definida como a formação de precipitados em forma de urólitos em qualquer local das vias urinárias. A formação de cristais e cálculos tem como causa a diminuição na frequência urinária associada à supersaturação de cristaloides e mudança de pH da urina, podendo estar ligado a fatores dietéticos. A nutrição pode estar relacionada à formação, prevenção e tratamento das urolitíases. A urolitíase é uma das principais causas de doenças do trato urinário dos felinos. Uma variedade de cristaloides pode ser identificada nos urólitos, porém os mais comuns são os de estruvita e os de oxalato de cálcio. Antes de 1986, a urolitíase por oxalato de cálcio foi considerada rara em gatos. Depois daquela época, a incidência aumentou de 2% em 1984 para quase 50% em 1999. Este aumento foi associado, embora não claramente definido, com um maior consumo dietas acidificantes. As proporções voltaram a mudar em 2003 e em 2006, quando os urólitos de estruvita representaram 50% e os de oxalato de cálcio 39% dos cálculos. Embora os sinais clínicos variem conforme a localização dos cálculos, hematúria, disúria, polaquiúria e obstrução ureteral ou uretral são típicos da doença. É entre os sete e os nove anos de idade que os gatos apresentam maior risco de desenvolver cálculos de oxalato de cálcio. Gatos mais jovens apresentam mais casos de cálculos por estruvita. Os fatores predisponentes para a ocorrência de cada tipo de cálculo são diferentes, fazendo com que o tratamento e a prevenção sejam específicos para cada caso. O diagnóstico baseia-se principalmente na anamnese, exame físico, radiografias e ultrassonografias, urinálise e cultura urinária. A determinação da composição dos urólitos é essencial para que se possa estabelecer qual conduta deve ser seguida. Pode-se optar por tratamento clínico ou cirúrgico, mas em gatos, somente os urólitos de estruvita são passíveis de dissolução por meio de manejo dietético, restando aos demais cálculos remoções não cirúrgicas e cirúrgicas. A prevenção da recorrência é essencial, visto que as taxas de recidiva são elevadas. O presente trabalho tem por objetivo apresentar, mediante revisão bibliográfica, fatores predisponentes, dados epidemiológicos e fisiopatogenia do cálculo de oxalato de cálcio, além de sinais clínicos do animal acometido, meios de diagnóstico e tratamento da urolitíase por oxalato de cálcio em felinos. |
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Rosa, Patrícia Pisoni daCosta, Fernanda Vieira Amorim daMottin, Tatiane da Silva2014-05-09T02:04:17Z2013http://hdl.handle.net/10183/95061000917281A urolitíase pode ser definida como a formação de precipitados em forma de urólitos em qualquer local das vias urinárias. A formação de cristais e cálculos tem como causa a diminuição na frequência urinária associada à supersaturação de cristaloides e mudança de pH da urina, podendo estar ligado a fatores dietéticos. A nutrição pode estar relacionada à formação, prevenção e tratamento das urolitíases. A urolitíase é uma das principais causas de doenças do trato urinário dos felinos. Uma variedade de cristaloides pode ser identificada nos urólitos, porém os mais comuns são os de estruvita e os de oxalato de cálcio. Antes de 1986, a urolitíase por oxalato de cálcio foi considerada rara em gatos. Depois daquela época, a incidência aumentou de 2% em 1984 para quase 50% em 1999. Este aumento foi associado, embora não claramente definido, com um maior consumo dietas acidificantes. As proporções voltaram a mudar em 2003 e em 2006, quando os urólitos de estruvita representaram 50% e os de oxalato de cálcio 39% dos cálculos. Embora os sinais clínicos variem conforme a localização dos cálculos, hematúria, disúria, polaquiúria e obstrução ureteral ou uretral são típicos da doença. É entre os sete e os nove anos de idade que os gatos apresentam maior risco de desenvolver cálculos de oxalato de cálcio. Gatos mais jovens apresentam mais casos de cálculos por estruvita. Os fatores predisponentes para a ocorrência de cada tipo de cálculo são diferentes, fazendo com que o tratamento e a prevenção sejam específicos para cada caso. O diagnóstico baseia-se principalmente na anamnese, exame físico, radiografias e ultrassonografias, urinálise e cultura urinária. A determinação da composição dos urólitos é essencial para que se possa estabelecer qual conduta deve ser seguida. Pode-se optar por tratamento clínico ou cirúrgico, mas em gatos, somente os urólitos de estruvita são passíveis de dissolução por meio de manejo dietético, restando aos demais cálculos remoções não cirúrgicas e cirúrgicas. A prevenção da recorrência é essencial, visto que as taxas de recidiva são elevadas. O presente trabalho tem por objetivo apresentar, mediante revisão bibliográfica, fatores predisponentes, dados epidemiológicos e fisiopatogenia do cálculo de oxalato de cálcio, além de sinais clínicos do animal acometido, meios de diagnóstico e tratamento da urolitíase por oxalato de cálcio em felinos.Urolithiasis can be defined as the formation of precipitates in the form of uroliths anywhere in the urinary tract. The formation of crystals and stones is caused by a decrease in the urinary frequency associated with the supersaturation of crystalloids and changes in urine pH and which could be connected to dietary factors. Nutrition may be related to formation, prevention and treatment of urolithiasis. Urolithiasis is a major cause of diseases of the feline urinary tract. A variety of crystalloids can be identified in the uroliths, but the most common are the struvite and the calcium oxalate ones. Before 1986, the calcium oxalate urolithiasis was considered rare in cats. After that time, the incidence increased from 2 % in 1984 to almost 50 % in 1999. This increase was associated, although not clearly defined, with a higher consumption of acidifying diets. The proportions changed again in 2003 and in 2006, when the struvite uroliths accounted for 50% and the calcium oxalate 39% of the stones. Although clinical signs vary according to the location of the stones, hematuria, dysuria, pollakiuria and ureteral or urethral obstruction are typical of this disease. It is between seven and nine years old that cats have a higher risk of developing calcium oxalate stones. Younger cats have more cases of stones of struvite. The predisposing factors for the occurrence of each type of calculation are different, making the treatment and prevention specific to each case. The diagnosis is based primarily on anamnesis, physical examination, radiographs and ultrasounds, urinalysis and urine culture. Determining the composition of uroliths is essential so we can establish what conduct should be followed. You can opt for medical or surgical treatment, but in cats, only the struvite uroliths are subject to dissolution through dietary management, remaining for the other stones nonsurgical and surgical removals. Prevention of recurrence is essential because relapse rates are high. This study aims to present, through literature review, risk factors, epidemiology, and pathophysiology of uroliths of calcium oxalate, besides clinical signs of the affected animal, means of diagnosis and treatment of calcium oxalate urolithiasis by feline.application/pdfporUrinálise clínicaUrólitos de oxalato de cálcioUrólitos : GatosCálculos urináriosClinica veterinaria : FelinosFeline urolithiasisUrinary stonesStruvite urolithsCalcium oxalate urolithsUrolitíase causada por oxalato de cálcio em felinosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do sulFaculdade de VeterináriaPorto Alegre, BR-RS2013/2Medicina Veterináriagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000917281.pdf000917281.pdfTexto completoapplication/pdf1849412http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/95061/1/000917281.pdfcd00d3c90b4165ff29b798aba412860aMD51TEXT000917281.pdf.txt000917281.pdf.txtExtracted Texttext/plain89963http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/95061/2/000917281.pdf.txt56b6c07d521f790c0a31f3fe2597cc27MD52THUMBNAIL000917281.pdf.jpg000917281.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1096http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/95061/3/000917281.pdf.jpgdf996b6bfa1ec47817986876e4612c55MD5310183/950612018-10-08 08:10:12.907oai:www.lume.ufrgs.br:10183/95061Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-08T11:10:12Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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