Abordagens de conservação em duas espécies costeiras no Rio Grande do Sul : Ctenomys minutus Nehring 1887 e Ctenomys flamarioni Travi, 1981 (Rodentia: Ctenomyidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/72383 |
Resumo: | Os roedores do gênero Ctenomys, chamados vulgarmente de tuco-tucos, são herbívoros adaptados ao habitat subterrâneo e possuem mais de 50 espécies descritas no mundo inteiro. Sua distribuição geográfica se estende do extremo sul da região Neotropical ao sul do Peru, incluindo a toda a região da Patagônia, com uma variação latitudinal ampla . No Brasil, foram descritas oito espécies, das quais quatro ocorrem no sul do estado de santa Catarina e Rio Grande do Sul: Ctenomys torquatus, C.lami, C.minutus e C. flamarioni. Dos 12 roedores na lista do Ibama de espécies ameaçadas globalmente, somente um não é endêmico do Brasil. Os principais problemas para a conservação das espécies ocorrentes no sul do Brasil estão relacionados à instabilidade dos ambientes naturais onde ocorrem, à atividade antrópica crescente e ao pouco conhecimento que se tem sobre suas características biológicas, ecológicas e genéticas. Ctenomys flamarioni e C.minutus habitam a planície costeira, sendo vários os fatores que colocam em risco estas espécies no Rio Grande do Sul. A ação humana denigre o habitat destas espécies através da urbanização, da construção de quebramares, escavações da areia da praia, presença de animais domésticos, mineração de carvão, desenvolvimento de agricultura de arroz e soja e descaracterização do ambiente natural pela plantação de espécies exóticas como Pinus e Eucalyptus. Esta interferência, junto a instabilidade natural da planície costeira, tem conduzido a perda e fragmentação do habitat destes roedores, provocando processos de redução demográfica e gargalos de garrafa populacionais em algumas de suas populações. A conservação se faz essencial devido ao fato de que pequenos mamíferos representam o maior conjunto de espécies ocupando os mais variados ambientes, e sua perturbação afeta dinâmicas de comunidades inteiras. Consequentemente, efeitos em pequenos mamíferos podem ter efeitos em cascata através dos ambientes onde vivem. No caso dos roedores subterrâneos, como os ctenomídeos, suas características biológicas e ecológicas são pobremente conhecidas devido a que a maioria de suas atividades ocorre dentro de galerias subterrâneas. Portanto, seus comportamentos sociais devem ser estudados usando métodos diferentes daqueles usados para observar animais que vivem na superfície. Assim, a conservação de espécies de roedores como Ctenomys minutus e C. flamarioni se torna de extrema importância para a conservação de outras espécies que habitam o mesmo ecossistema, necessitando conscientização e informação sobre o status da mesma. Para tanto, este trabalho se dedicou à reunião destas informações através da revisão bibliográfica. |
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Os roedores do gênero Ctenomys, chamados vulgarmente de tuco-tucos, são herbívoros adaptados ao habitat subterrâneo e possuem mais de 50 espécies descritas no mundo inteiro. Sua distribuição geográfica se estende do extremo sul da região Neotropical ao sul do Peru, incluindo a toda a região da Patagônia, com uma variação latitudinal ampla . No Brasil, foram descritas oito espécies, das quais quatro ocorrem no sul do estado de santa Catarina e Rio Grande do Sul: Ctenomys torquatus, C.lami, C.minutus e C. flamarioni. Dos 12 roedores na lista do Ibama de espécies ameaçadas globalmente, somente um não é endêmico do Brasil. Os principais problemas para a conservação das espécies ocorrentes no sul do Brasil estão relacionados à instabilidade dos ambientes naturais onde ocorrem, à atividade antrópica crescente e ao pouco conhecimento que se tem sobre suas características biológicas, ecológicas e genéticas. Ctenomys flamarioni e C.minutus habitam a planície costeira, sendo vários os fatores que colocam em risco estas espécies no Rio Grande do Sul. A ação humana denigre o habitat destas espécies através da urbanização, da construção de quebramares, escavações da areia da praia, presença de animais domésticos, mineração de carvão, desenvolvimento de agricultura de arroz e soja e descaracterização do ambiente natural pela plantação de espécies exóticas como Pinus e Eucalyptus. Esta interferência, junto a instabilidade natural da planície costeira, tem conduzido a perda e fragmentação do habitat destes roedores, provocando processos de redução demográfica e gargalos de garrafa populacionais em algumas de suas populações. A conservação se faz essencial devido ao fato de que pequenos mamíferos representam o maior conjunto de espécies ocupando os mais variados ambientes, e sua perturbação afeta dinâmicas de comunidades inteiras. Consequentemente, efeitos em pequenos mamíferos podem ter efeitos em cascata através dos ambientes onde vivem. No caso dos roedores subterrâneos, como os ctenomídeos, suas características biológicas e ecológicas são pobremente conhecidas devido a que a maioria de suas atividades ocorre dentro de galerias subterrâneas. Portanto, seus comportamentos sociais devem ser estudados usando métodos diferentes daqueles usados para observar animais que vivem na superfície. Assim, a conservação de espécies de roedores como Ctenomys minutus e C. flamarioni se torna de extrema importância para a conservação de outras espécies que habitam o mesmo ecossistema, necessitando conscientização e informação sobre o status da mesma. Para tanto, este trabalho se dedicou à reunião destas informações através da revisão bibliográfica. |
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