Macunaíma e o tradutor invisível

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Marcia Moura da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/265710
Resumo: Macunaíma ocupa lugar de destaque no cânone literário brasileiro, ainda que seu lançamento em 1928 tenha sido conturbado, e seu criador acusado de ter plagiado o trabalho do etnógrafo alemão Koch-Grünberg, que registrou as histórias contadas por dois indígenas pemon. Em vez de rebater às críticas, Mário de Andrade declara “copiei, sim”. O escritor modernista transporta o herói e seus irmãos da floresta para a cidade de São Paulo, reproduzindo a narrativa indígena e criando outras novas. Com base nos tipos de tradução apresentados por Torop (2010) e no conceito de invisibilidade do tradutor de Venuti (2008), proponho questionarmos se a obra marioandradina não seria uma tradução e se Mário de Andrade não ocuparia a dupla função de autor e tradutor da rapsódia.
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