Frequência lexical de sequências mediais de obstruintes no português brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/172832 |
Resumo: | Este trabalho trata de analisar se há relação no uso de palavras com sequências mediais de obstruintes (aspecto, apto, ritmo, etc.) com a frequência de palavras com esse tipo de estrutura, tendo por base que alguns processos de mudanças linguísticas possam ser motivados pela frequência lexical. Esse tipo de estrutura C1C2 no interior da palavra, herdada do latim, sofreu mudanças ao longo dos tempos, vocalizando ou apagando, principalmente, a primeira consoante (C1). Há, contudo, algumas dessas palavras no português que foram reinseridas na Língua. Apesar de a consoante obstruinte ser proibida na coda do português brasileiro atual, há, curiosamente, palavras, cujas entradas mais frequentes no dicionário são do tipo velar/labial+alveolar. Cabe notar também que essas sequências mediais mais comuns /kt/ e /pt/são as que menos sofrem o processo de epêntese vocálica na fala do Sul do Brasil, segundo os dados do Projeto Variação Lingística no Sul do Brasil (VARSUL), demonstrando que são estruturas resistentes. Três amostras de natureza e épocas distintas do português brasileiro foram examinadas, levantando-se e analisando-se types de sequências mediais de obstruintes e seus tokens. Os resultados mostraram que é baixo o número de palavras com esse tipo de contexto na Língua e que a frequência do tipo da sequência (type) parece não estar relacionada com o seu número de ocorrências e com determinadas palavras (tokens). O português brasileiro atual parece, pois, utilizar diferentes palavras e estruturas antigas. |
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Monaretto, Valeria Neto de Oliveira2018-02-23T02:25:14Z20171678-8931http://hdl.handle.net/10183/172832001054814Este trabalho trata de analisar se há relação no uso de palavras com sequências mediais de obstruintes (aspecto, apto, ritmo, etc.) com a frequência de palavras com esse tipo de estrutura, tendo por base que alguns processos de mudanças linguísticas possam ser motivados pela frequência lexical. Esse tipo de estrutura C1C2 no interior da palavra, herdada do latim, sofreu mudanças ao longo dos tempos, vocalizando ou apagando, principalmente, a primeira consoante (C1). Há, contudo, algumas dessas palavras no português que foram reinseridas na Língua. Apesar de a consoante obstruinte ser proibida na coda do português brasileiro atual, há, curiosamente, palavras, cujas entradas mais frequentes no dicionário são do tipo velar/labial+alveolar. Cabe notar também que essas sequências mediais mais comuns /kt/ e /pt/são as que menos sofrem o processo de epêntese vocálica na fala do Sul do Brasil, segundo os dados do Projeto Variação Lingística no Sul do Brasil (VARSUL), demonstrando que são estruturas resistentes. Três amostras de natureza e épocas distintas do português brasileiro foram examinadas, levantando-se e analisando-se types de sequências mediais de obstruintes e seus tokens. Os resultados mostraram que é baixo o número de palavras com esse tipo de contexto na Língua e que a frequência do tipo da sequência (type) parece não estar relacionada com o seu número de ocorrências e com determinadas palavras (tokens). O português brasileiro atual parece, pois, utilizar diferentes palavras e estruturas antigas.This work tries to analyze if there is a relation in the use of words with medial obstruents sequences (aspect, apt, rhythm, etc.) with the frequency of words with this type of structure, based on that some processes of linguistic changes can be motivated by lexical frequency. This type of C1C2 structure within the word, inherited from Latin, underwent changes over time, vocalizing or deleting, mainly, the first consonant (C1). There are, however, some of those words in Portuguese that have been reinserted into the Language. Although the obstruent consonant is prohibited in the coda of the current Brazilian Portuguese, there are, curiously, words, whose most frequent entries in the dictionary are velar / labial + alveolar type. It should also be noted that these most common media sequences /kt/ e pt/ are the ones that suffer the least from the process of vowel epenthesis in southern Brazil, according to data from the Linguistic Variation Project in Southern Brazil (VARSUL), demonstrating that they are resistant structures. Three samples of nature and distinct periods of time of the Brazilian Portuguese were examined, raising and analyzing types of media sequences of obstruents and their tokens. The results showed that the number of words with this type of context in the language is low and that the frequency of the type sequence does not seem to be related to its number of occurrences and to certain words (tokens). The current Brazilian Portuguese seems, therefore, to use different words and old structures.application/pdfporRevista virtual de estudos da linguagem - ReVEL. Novo Hamburgo, RS. Vol. 15, nesp 14 (nov. 2017), p. 115-133LinguísticaFrequência lexicalLíngua portuguesaVarsul (Projeto Variação Linguística na Região Sul do Brasil)Medial sequences of obstruentsFrequency of consonant within the word in VARSULTypes and tokens of sequences of media obstruents in Brazilian portugueseFrequência lexical de sequências mediais de obstruintes no português brasileiroLexical frequency of medial obstruents sequences in Brazilian Portuguese info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001054814.pdf001054814.pdfTexto completoapplication/pdf457058http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172832/1/001054814.pdfb45b9608f76846a51dff6a113a0ad04eMD51TEXT001054814.pdf.txt001054814.pdf.txtExtracted Texttext/plain41198http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172832/2/001054814.pdf.txt479ccd7fa13960de9791d29ceefd3e91MD52THUMBNAIL001054814.pdf.jpg001054814.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1789http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/172832/3/001054814.pdf.jpgb514b426264142f1e4c1686a608e39a2MD5310183/1728322023-10-01 03:38:47.893898oai:www.lume.ufrgs.br:10183/172832Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-10-01T06:38:47Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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