Adenocarcinoma de endométrio : epidemiologia, tratamento e sobrevida de pacientes atendidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Appel, Márcia
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Garcia, Tiago Selbach, Kliemann, Lucia Maria, Magno, Valentino Antônio, Monego, Heleusa Ione, Wender, Maria Celeste Osório
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/158763
Resumo: Introdução: Neste estudo, descreve-se o perfil clínico das pacientes e as características histopatológicas dos carcinomas de endométrio tratados no setor de Oncologia Genital do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), assim como as formas de tratamento, fatores prognósticos e sobrevida. Métodos: Estudo de coorte histórica incluindo todas as pacientes submetidas a tratamento cirúrgico primário entre 1996 e 2012. Após revisão de prontuários médicos, foram analisadas as variáveis idade, status hormonal, tipo histológico e grau tumoral, invasão miometrial, estadiamento cirúrgico, cirurgia realizada, tratamento complementar e sobrevida. Resultados: Cento e sessenta e quatro pacientes foram incluídas no estudo, com idade média de 64,2 anos (31-95 anos), sendo quase 90% delas pós-menopáusicas. O tempo de seguimento variou de 4 dias a 14,6 anos. O tipo histológico endometrioide foi o mais encontrado (78% dos casos). A histerectomia com salpingo-ooforectomia bilateral com linfadenectomia pélvica foi a cirurgia mais realizada (77,5%). Tratamento complementar foi realizado em 57,9% das pacientes, sendo a radioterapia o tratamento de escolha em 87,4% deles. Ocorreram 36 óbitos (22%) durante o seguimento, com uma sobrevida média global de 125 meses. Em análise bivariada, idade ≥ 65 anos, tipo histológico não endometrioide, tumores pouco diferenciados (G3), invasão miometrial ≥ 50% e metástase linfonodal relacionaram-se significativamente a um menor tempo de sobrevida. Em análise multivariada, a histologia não endometrioide, estádio III, estádio IV e a presença de comprometimento linfonodal foram significativamente associados ao óbito. Conclusão: Os resultados encontrados são compatíveis com a literatura existente e vêm em acréscimo à escassa estatística nacional.
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Resultados: Cento e sessenta e quatro pacientes foram incluídas no estudo, com idade média de 64,2 anos (31-95 anos), sendo quase 90% delas pós-menopáusicas. O tempo de seguimento variou de 4 dias a 14,6 anos. O tipo histológico endometrioide foi o mais encontrado (78% dos casos). A histerectomia com salpingo-ooforectomia bilateral com linfadenectomia pélvica foi a cirurgia mais realizada (77,5%). Tratamento complementar foi realizado em 57,9% das pacientes, sendo a radioterapia o tratamento de escolha em 87,4% deles. Ocorreram 36 óbitos (22%) durante o seguimento, com uma sobrevida média global de 125 meses. Em análise bivariada, idade ≥ 65 anos, tipo histológico não endometrioide, tumores pouco diferenciados (G3), invasão miometrial ≥ 50% e metástase linfonodal relacionaram-se significativamente a um menor tempo de sobrevida. Em análise multivariada, a histologia não endometrioide, estádio III, estádio IV e a presença de comprometimento linfonodal foram significativamente associados ao óbito. Conclusão: Os resultados encontrados são compatíveis com a literatura existente e vêm em acréscimo à escassa estatística nacional.Introduction: This study describes the clinical profile and the hystopathologic characteristics of endometrial carcinomas from patients treated at the Gynecologic Oncology department of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), as well as the forms of treatment, prognostic factors, and survival. Methods: Historic cohort study including all patients subjected to primary surgical treatment between 1996 and 2012. After review of the medical records, the variables age, hormonal status, tumor histologic type and grade, myometrial invasion, surgical staging, performed surgery, complementary treatment, and survival were analyzed. Results: One hundred sixty four patients were included, with a mean age of 64.2 years (31-95 years), of which almost 90% were postmenopausal women. Follow-up time ranged from 4 days to 14.6 years. Endometrioid adenocarcinoma was the most frequently histological type (78% of cases). Hysterectomy with bilateral salpingooophorectomy plus pelvic linfadenectomy was the most frequently performed surgery (77.5%). Adjuvant treatment was held in 57.9% of the patients, with radiotherapy being the treatment of choice in 87.4%. Thirty-six deaths (22%) occurred during followup, with a mean overall survival of 125 months. In the bivariate analysis, age ≥ 65 years, non-endometrioid histology, poorly differentiated tumors (G3), myometrial invasion ≥ 50%, and lymph node metastasis were correlated to lower survival. In the multivariate analysis, non-endometrioid histology, stage III, stage IV and lymph node metastasis were significantly associated with death. Conclusion: The results found are compatible with the existing literature and contribute to the scarce existing national statistics.application/pdfporClinical and biomedical research. Porto Alegre. Vol. 35, n. 1 , (2015), p. 27-34AdenocarcinomaNeoplasias do colo do úteroEpidemiologiaSobrevidaTerapêuticaEndometrial adenocarcinomaEndometrial neoplasmEpidemiologySurvivalTreatmentAdenocarcinoma de endométrio : epidemiologia, tratamento e sobrevida de pacientes atendidas no Hospital de Clínicas de Porto AlegreEndometrial adenocarcinoma : epidemiology, treatment and survival of patients treated at Hospital de Clínicas de Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001012895.pdf001012895.pdfTexto completoapplication/pdf696479http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/158763/1/001012895.pdf6d560b0ee1e8a5fe8d6aa8dd0de8b169MD51TEXT001012895.pdf.txt001012895.pdf.txtExtracted Texttext/plain33222http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/158763/2/001012895.pdf.txtc3494777ee46ffa8c06afa845e3a8d35MD5210183/1587632023-09-17 03:31:52.637029oai:www.lume.ufrgs.br:10183/158763Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-09-17T06:31:52Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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