Leucemia mielóide aguda : perfil de duas décadas do Serviço de Hematologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
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Data de Publicação: | 2003 |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/62028 |
Resumo: | Nos últimos vinte anos, nosso serviço recebeu os pacientes com a suspeita de Leucemia Mielóide Aguda (LMA) provenientes de todas as regiões do estado. Entre março de 1980 e dezembro de 1999 analisamos 195 pacientes com idades superior a 12 e inferior a 70 anos, apresentando LMA “de novo” excetuando o subtipo M3. Na década de 80 foram registrados 102 pacientes: 47 homens e 55 mulheres. Destes, 84 receberam quimioterapia de indução com Citarabina e Daunorrubicina (esquema “7+3”), resultando no índice de remissão de 51% (43/84). As médias de sobrevidas livre de doença e global foram dez meses em 35% e 12 meses em 13% respectivamente. De jan/90 a dez/93 houve 41 novos diagnósticos e todos foram submetidos à quimioterapia com esquema “7+3” atingindo a taxa de 66% de remissão. As sobrevidas livre de doença e global foram estatisticamente (p<0.001) superiores com 17,6 meses em 41% e 22 meses em 17,5% dos pacientes. Em 1994 foi instituído novo protocolo orientado pelo grupo cooperativo brasileiro de estudos de leucemia (CBEL), preconizando a indução com Citarabina +Idarrubicina, seguido dos ciclos de consolidação e dois ciclos de intensificação com altas doses. Entre 1994-99 foram incluídos 52 pacientes neste protocolo, cujo índice de remissão foi 73% (p=0,002). Em 50% destes pacientes, a sobrevida livre de doença alcançou 23,3 meses, enquanto a sobrevida global foi de 26 meses em 25%. As sobrevidas livre de doença e global, neste último período, tiveram diferenças estatisticamente significativas comparadas aos anos anteriores. Observamos uma melhora nas taxas de remissão e de sobrevida na última década, mesmo assim a sobrevida longa livre de eventos permanece inferior a 30%. Nossos resultados são equivalentes aos demais centros nacionais que tratam LMA e corroboram os dados da literatura. |
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As médias de sobrevidas livre de doença e global foram dez meses em 35% e 12 meses em 13% respectivamente. De jan/90 a dez/93 houve 41 novos diagnósticos e todos foram submetidos à quimioterapia com esquema “7+3” atingindo a taxa de 66% de remissão. As sobrevidas livre de doença e global foram estatisticamente (p<0.001) superiores com 17,6 meses em 41% e 22 meses em 17,5% dos pacientes. Em 1994 foi instituído novo protocolo orientado pelo grupo cooperativo brasileiro de estudos de leucemia (CBEL), preconizando a indução com Citarabina +Idarrubicina, seguido dos ciclos de consolidação e dois ciclos de intensificação com altas doses. Entre 1994-99 foram incluídos 52 pacientes neste protocolo, cujo índice de remissão foi 73% (p=0,002). Em 50% destes pacientes, a sobrevida livre de doença alcançou 23,3 meses, enquanto a sobrevida global foi de 26 meses em 25%. As sobrevidas livre de doença e global, neste último período, tiveram diferenças estatisticamente significativas comparadas aos anos anteriores. Observamos uma melhora nas taxas de remissão e de sobrevida na última década, mesmo assim a sobrevida longa livre de eventos permanece inferior a 30%. Nossos resultados são equivalentes aos demais centros nacionais que tratam LMA e corroboram os dados da literatura.We have treated many AML patients in the last twenty years. We followed, between March 1980 and December 1999, 195 patients with ages ranging from 12 to 70 years and presenting “de novo” AML, excluding the M3 subtype. In the eighties, 102 patients are on record: 47 males and 55 females. Among these, 84 received induction chemotherapy with Cytarabin plus Daunorrubicin (7+3), resulting in a 51% (43/ 84) remission rate. The average disease-free and overall survival was 35% at ten months and 13% at 12 months. Forty-one new diagnoses were performed from January 1990 and December 1993, all patients were submitted to the “7+3” chemotherapy protocol and a 66% remission rate was obtained. The disease free and overall survival rates were statistically (p < 0.001) higher with 41% of the patients at 7.6 months and 17.5% at 22 months. In 1994 a new protocol was introduced under the guidance of the Brazilian Cooperative Group on Leukemia Studies (GCBEL). It recommended induction with Cytarabin + Idarrubicin followed by consolidation and two intensification cycles with high doses of Cytarabin. Between 1994 and 1999, 52 patients were included in this new protocol and the remission rate was 73% (p = 0.002). In 50% of these patients disease free survival was about 23.3 months, while the overall survival was 25% at 26 months. Both disease free survival and overall survival rates in the last period showed statistically significant differences when compared to the previous years. We observed a progressive improvement in remission and survival rates in the last decades, however the prolonged eventfree survival stayed below 30%. Our results are similar to the national centers that treat AML and in accordance with the literature data.application/pdfporRevista brasileira de hematologia e hemoterapia =Brazilian journal of hematology and hemotherapy. Vol. 25, n. 1 (2003), p. 17-24Leucemia mielocítica agudaTaxa de sobrevidaRemissão induzidaSobrevivência livre de doençaProtocolos de quimioterapia combinada antineoplásicaEstudos retrospectivosHospital de Clínicas de Porto Alegre. Serviço de HematologiaAcute Myeloid LeukemiaRemission ratesDisease free survivalOverall survivalLeucemia mielóide aguda : perfil de duas décadas do Serviço de Hematologia do Hospital de Clínicas de Porto AlegreAcute myelogenous leukemia : two decades overview - hematology service Hospital de Clínicas de Porto Alegre info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000358957.pdf000358957.pdfTexto completoapplication/pdf52522http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/62028/1/000358957.pdff7d79141d3caf95d153cd2d8604232b4MD51TEXT000358957.pdf.txt000358957.pdf.txtExtracted Texttext/plain29255http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/62028/2/000358957.pdf.txt74713379cf10038710cfd61b0c5a6704MD52THUMBNAIL000358957.pdf.jpg000358957.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1263http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/62028/3/000358957.pdf.jpg4094f564641d8ec9e11d92dda8399734MD5310183/620282023-08-16 03:30:39.396739oai:www.lume.ufrgs.br:10183/62028Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-08-16T06:30:39Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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