As falhas na conduta ética dos apresentadores do Jornal Nacional nas entrevistas dos presidenciáveis de 2018: Renata Vasconcellos e William Bonner em interlocução com Ciro Gomes, Fernando Haddad e Jair Bolsonaro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Avila, Raíssa Ribeiro de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/234884
Resumo: A pesquisa analisa a postura ética dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos nas entrevistas do Jornal Nacional com os candidatos Ciro Gomes, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad à presidência da República, em 2018. Foram selecionadas três entrevistas veiculadas entre 27 de agosto e 14 de setembro. Foram usados os conceitos de televisão, interação e telespectador-cidadão. Para compreender o jornalismo, a teoria Interacionista e a ética. No campo político, as entrevistas são consideradas uma promessa da efetivação de debate público, e a conduta esperada dos entrevistadores é de negociação com o ator político pelos conteúdos e o domínio das falas. Foi adotada como metodologia a análise de conteúdo, e elencadas seis categorias de análise: a) o tempo total de entrevista; b) o número de perguntas; c) as temáticas abordadas; d) o tempo de resposta de cada candidato; e) o número de interrupções feitas pelos apresentadores; f) a postura, tom de voz e falas dos entrevistadores. Conclui-se que houve uma quebra da conduta ética por parte dos jornalistas quanto ao número de interrupções realizadas, a diversidade de temas abordados e uma diferença de tratamento entre candidatos, além do abuso de autoridade. Entende-se que os apresentadores devem adotar uma postura mais objetiva ao formular as perguntas, além de ampliar a temática das questões, permitindo que o telespectador-cidadão conheça melhor os candidatos à presidência da República.
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