Indústrias criativas e novas tendências do mercado de trabalho : uma análise do modelo britânico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cauzzi, Camila Lohmann
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/167241
Resumo: A partir das mudanças nas organizações de produção características do paradigma pósfordista, surgiram as discussões sobre a importância do conhecimento e da criatividade no processo de trabalho. Nesse contexto, estão inseridas as indústrias criativas, terminologia adotada no início dos anos 1990, que marcou uma reorientação das políticas públicas, previamente assentadas na cultura, passando a incluir, nesse escopo, a participação de setores ligados às tecnologias de informação e voltando seus objetivos a fatores de natureza econômica. Neste trabalho, apresentamos, de forma detalhada, o novo modelo britânico de definição das indústrias criativas, comparando-o com os demais modelos existentes e analisando os dados mais recentes desenvolvidos com essa metodologia. No Reino Unido, a força de trabalho das indústrias criativas apresentou crescimento mais acentuado do que o total de trabalhadores da economia britânica; o mesmo comportamento ocorreu com o valor adicionado oriundo dessas indústrias, em relação ao total, nos últimos cinco anos disponíveis na amostra. Os trabalhadores criativos do Reino Unido possuem altos níveis de qualificação e posições socioeconômicas privilegiadas, estando concentrados geograficamente na Inglaterra, principalmente na cidade de Londres. Concluímos que o modelo do Reino Unido é o mais adequado para o contexto econômico e organizacional da economia criativa, sendo capaz de captar esse processo em toda a atividade econômica, além de classificar, de forma distinta, aquelas indústrias que são mais intensivas em trabalhadores criativos; também defendemos, nesse trabalho, que a metodologia britânica é transparente e consistente, podendo ser aplicada nos dados de outros países, de modo a atuar como um eficiente instrumento de política pública para outras economias e contextos.
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