Determinando os setores criativos brasileiros : aplicação do modelo de intensidade criativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/197195 |
Resumo: | Nos últimos anos, a temática dos setores criativos tem ganhado atenção nos estudos acadêmicos e nas políticas públicas. O conceito surgiu no final da década de 1990, no contexto da especialização de economias avançadas em atividades baseadas em conhecimento. Nesse contexto, diversos acadêmicos e instituições buscaram apresentar suas visões sobre quais seriam os setores criativos, baseando-se em diferentes fundamentos. Assim, não há consenso sobre quais são precisamente os setores criativos. Recentemente, um novo modelo foi apresentado na literatura, destacando-se por ser o primeiro que utiliza critérios baseados em resultados empíricos específicos a cada economia: o modelo da intensidade criativa. Nesse modelo, aplicado na economia britânica, os setores criativos seriam aqueles que empregam um maior percentual de trabalhadores criativos do que o restante dos setores em uma economia. O presente trabalho busca analisar a configuração dos setores criativos no Brasil. Assim, busca analisar quais são os setores mais intensivos em criatividade (ou seja, os setores criativos), qual é a composição setorial do emprego e qual é a magnitude dos postos de trabalho que esses setores geram no Brasil. Este trabalho aplica o modelo de intensidade criativa para responder a essas questões, utilizando duas bases de dados sobre o mercado de trabalho brasileiro: a Relação Anual de Informações Sociais e a Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua. Dado que o Brasil é uma economia menos especializadas em atividades baseadas em conhecimento, esperou-se que a aplicação desse modelo levasse a resultados distintos dos observados no trabalho original britânico. Os resultados da análise vão ao encontro dessa ideia. Os dados indicam que, embora existam muitas semelhanças, existem também algumas diferenças entre os setores considerados criativos na economia britânica e na brasileira. Também foi identificada uma participação relevante dos setores criativos de baixa intensidade tecnológica no emprego, em magnitude próxima ao emprego gerado pelos setores de alta intensidade, e uma pequena participação dos trabalhadores da economia criativa no total de ocupados da economia brasileira – alinhando-se com o entendimento das especificidades da estrutura econômica do País. Também se observou que os setores criativos brasileiros são, de modo geral, aqueles setores nos quais as criações são originadas, e não comercializadas ou disseminadas. |
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Cauzzi, Camila LohmannCunha, Andre Moreira2019-07-20T02:34:11Z2019http://hdl.handle.net/10183/197195001097736Nos últimos anos, a temática dos setores criativos tem ganhado atenção nos estudos acadêmicos e nas políticas públicas. O conceito surgiu no final da década de 1990, no contexto da especialização de economias avançadas em atividades baseadas em conhecimento. Nesse contexto, diversos acadêmicos e instituições buscaram apresentar suas visões sobre quais seriam os setores criativos, baseando-se em diferentes fundamentos. Assim, não há consenso sobre quais são precisamente os setores criativos. Recentemente, um novo modelo foi apresentado na literatura, destacando-se por ser o primeiro que utiliza critérios baseados em resultados empíricos específicos a cada economia: o modelo da intensidade criativa. Nesse modelo, aplicado na economia britânica, os setores criativos seriam aqueles que empregam um maior percentual de trabalhadores criativos do que o restante dos setores em uma economia. O presente trabalho busca analisar a configuração dos setores criativos no Brasil. Assim, busca analisar quais são os setores mais intensivos em criatividade (ou seja, os setores criativos), qual é a composição setorial do emprego e qual é a magnitude dos postos de trabalho que esses setores geram no Brasil. Este trabalho aplica o modelo de intensidade criativa para responder a essas questões, utilizando duas bases de dados sobre o mercado de trabalho brasileiro: a Relação Anual de Informações Sociais e a Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua. Dado que o Brasil é uma economia menos especializadas em atividades baseadas em conhecimento, esperou-se que a aplicação desse modelo levasse a resultados distintos dos observados no trabalho original britânico. Os resultados da análise vão ao encontro dessa ideia. Os dados indicam que, embora existam muitas semelhanças, existem também algumas diferenças entre os setores considerados criativos na economia britânica e na brasileira. Também foi identificada uma participação relevante dos setores criativos de baixa intensidade tecnológica no emprego, em magnitude próxima ao emprego gerado pelos setores de alta intensidade, e uma pequena participação dos trabalhadores da economia criativa no total de ocupados da economia brasileira – alinhando-se com o entendimento das especificidades da estrutura econômica do País. Também se observou que os setores criativos brasileiros são, de modo geral, aqueles setores nos quais as criações são originadas, e não comercializadas ou disseminadas.In recent times, the creative industries have gained attention in academic studies and in public policy discussion. This concept emerged in the late 1990s as advanced economies specialized in knowledge-based activities. In this context, several researchers and institutions sought to present their views on what the creative sectors would be, which one based on different grounds. Thus, there is no consensus as to what exactly the creative sectors are. Recently, a new model was found in the literature, which stands out for being the first one that uses criteria based on empirical results which are specific to each economy: the creative intensity model. In this model, which was originally applied in the British economy, the creative sectors would be those who employ a higher percentage of creative workers than the rest of the sectors in an economy. This study seeks to analyze the layout of the creative industries in Brazil. Thus, it seeks to analyze which industries are the most creative-intensive (that is, the creative industries), what is the sectoral composition of employment and what is the magnitude of the jobs that they generate in Brazil. This study uses the creative intensity model to answer these questions, using two databases on the Brazilian labor market: the Relação Anual de Informações Sociais and the Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua. Given that Brazil is an economy less specialized in knowledge-based activities, it was expected that the application of this model would lead to distinct results from those observed in the original British study. The results of our analysis are in line with such suggestion. The data indicate that, although there are many similarities, there are also some differences between the sectors considered creative in the British economy and in the Brazilian economy. We also identified a relevant participation of creative sectors with low technological intensity in total creative industries employment, in a volume close to the employment generated by the high intensity sectors, as well as a small participation of the creative economy workers in the total employment in Brazil – which is in coordination with the specificities of the country's economic structure. It was also observed that the Brazilian creative industries are, generally speaking, those sectors in which the creations are originated, not commercialized or disseminated.application/pdfporEconomiaCriatividadeEconomia da culturaCreative industriesCreative economyCreative intensityCultural economicsDeterminando os setores criativos brasileiros : aplicação do modelo de intensidade criativainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Ciências EconômicasPrograma de Pós-Graduação em EconomiaPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001097736.pdf.txt001097736.pdf.txtExtracted Texttext/plain406019http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197195/2/001097736.pdf.txt80661f0bdd9473dc01b26a6d5598ba6bMD52ORIGINAL001097736.pdfTexto completoapplication/pdf1797209http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197195/1/001097736.pdf66c756b486e2e4c3149c44eec96a8e78MD5110183/1971952019-07-21 02:42:30.329682oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197195Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-07-21T05:42:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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