Os vestígios da repressão em K. relato de uma busca, de Bernardo Kucinski

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Isabelle Bertaco dos
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/254886
Resumo: O livro K. relato de uma busca, de Bernardo Kucinski, funda-se como um relato que intersecciona a realidade e a ficção através da tragédia que assolou a família do autor durante o período ditadorial: o desaparecimento de Ana Rosa Kucinski Silva, sua irmã, e de Wilson Silva, seu cunhado, ambos vítimas da repressão. Nesse sentido, o presente trabalho visa analisar a obra a partir dos vestígios remanescentes do luto familiar e do contexto histórico no qual a narrativa se insere. Desse modo, em virtude da escrita fragmentária e de seu teor testemunhal, discute-se, ao longo das partes, sobre a constante necessidade de repensar determinados fatos históricos e silenciamentos do Brasil; o papel da ficção frente ao resgate e à preservação da memória; as dificuldades de narrar o trauma individual, que - no presente caso - é também coletivo; os vestígios do “real” e do inconsciente ao longo dos capítulos; a questão do luto impedido ocasionado pelas ausências; e, por fim, a possibilidade do livro como uma lápide à Ana Rosa, a partir da materialização de um lugar de memória à vítima. Para tanto, as discussões propostas ao longo do trabalho apoiam-se em autores como Jeanne Marie Gagnebin, Jacques Rancière, Márcio Seligmann-Silva, Eurídice Figueiredo, Marianna Scaramucci, entre outros.
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