Avaliação dos efeitos do sulfato de dehidroepiandrosterona (SDHEA) em células do cumulus oophorus no estágio early antral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Iser, Betina
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/182566
Resumo: Devido ao panorama de infertilidade mundial, que afeta cerca de 15% dos casais, as técnicas de reprodução assistida (TRAs) vêm assumindo um importante papel no âmbito da saúde pública. Contudo, alguns casais, mesmo após a realização de TRAs, não obtêm sucesso no tratamento de infertilidade, o que pode ocorrer aos casais em que a mulher apresenta reserva ovariana diminuída (ROD). Estudos com este tema vêm sendo realizados e a suplementação oral com dehidroepiandrosterona (DHEA) em pacientes com ROD tem demonstrado elevação das taxas de gravidez e aumento do número de oócitos recrutados. A DHEA já é amplamente utilizada (aproximadamente 1/3 das clínicas de reprodução assistida no mundo utilizam), apesar de não se ter conhecimento, até o presente momento, de seu exato mecanismo de ação para o favorecimento do sucesso no tratamento de infertilidade em determinadas pacientes. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da exposição do SDHEA em células do cumulus em estágio semelhante ao early antral do desenvolvimento folicular. A avaliação da exposição celular ao SDHEA se deu através de dosagens hormonais de estradiol (E2), de progesterona (P) e de SDHEA, bem como através da expressão de alguns genes que estão relacionados à qualidade folicular: receptor de FSH (hormônio folículo estimulante) (rFSH), receptor β de estrogênio (ERβ), molécula de adesão celular vascular 1 (VCAM-1) e receptor de androgênio (AR). Os resultados obtidos no presente estudo demonstraram que a exposição ao SDHEA promoveu aumento da secreção de E2 (em pg/mL), observado nos dias 6 e 8 do grupo tratado (dia 6: 473,76 ± 76,43; dia 8: 655,42 ± 85,37) em comparação ao grupo controle (dia 6: 71,38 ± 7,89; dia 8: 141,67 ± 32,48). A secreção de P (ng/mL) não se alterou com a suplementação de SDHEA (grupo controle: dia 6 - 671,45 ± 149,04 e dia 8 - 991,35 ± 226,92; grupo tratado: dia 6 - 594,05 ± 113,70 e dia 8: 920,3 ± 212,70). A expressão dos genes rFSH, AR e ERβ não foi alterada com a exposição celular ao SDHEA; porém, a expressão de VCAM-1 se mostrou reduzida no grupo tratado em comparação ao grupo controle. A partir deste estudo, conclui-se que o tratamento com SDHEA em células do cumulus de estágio early antral foi capaz de aumentar a secreção celular de estradiol e, portanto, supõe-se que um dos mecanismos pelo qual a DHEA administrada oralmente às pacientes exerça seu papel seja pelo aumento deste hormônio. No entanto, outros estudos devem ser feitos a fim de investigar melhor o papel da DHEA no sistema reprodutor feminino.
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