Análise da adesão à terapia antirretroviral em um serviço de assistência especializada em HIV/AIDS de porto alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Sandra Cristiane de Olveira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/218390
Resumo: Introdução: Apesar dos avanços na terapia antirretroviral (TARV) para o manejo da infecção pelo HIV, o sucesso terapêutico depende da adesão ao tratamento. Os Serviços de Assistência Especializada (SAE) prestam assistência ambulatorial aos usuários vivendo com HIV e uma das ações destes serviços é promover a adesão aos medicamentos. Este estudo foi desenvolvido em um SAE e tem como objetivo principal analisar a medida de adesão e os itens relacionados à TARV utilizados para mensuração da adesão, discutindo a avaliação da adesão conforme a carga viral (detectável ou indetectável), visando compreender melhor este cenário. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, de coorte retrospectiva. A amostra foi constituída por usuários que estavam em acompanhamento no ambulatório de adesão de janeiro de 2014 a janeiro de 2016. Resultados: Foram acompanhados 514 usuários, a média de idade foi de 37,14 anos ±11,75 anos. A amostra do estudo evidenciou que 332 (65,4%) dos usuários eram do sexo masculino e 176 (34,6%) eram do sexo feminino, a escolaridade mais frequente foi de 8 a 11 anos de estudo com 182 (36,5%) usuários. Em relação à aceitação do diagnóstico, 58,6% apresentaram boa aceitação, 30,2% excelente, e 8,3% razoável e 2,8% insatisfatória. No que se referem às variáveis relacionadas ao uso da TARV, 60,9% dos usuários que entendem a prescrição tiveram classificação excelente da adesão, 60,3% dos que entendem as orientações apresentaram adesão excelente, 81,3% dos que reconhecem as doses apresentaram adesão excelente, 76,9% dos que reconhecem os horários apresentaram adesão excelente. Daqueles classificados como adesão excelente, 69% tiveram carga viral indetectável e 31% carga viral detectável. Entre aqueles classificados como adesão insatisfatória, 20% tiveram carga viral indetectável e 80% carga viral detectável. Considerações finais: A maioria dos usuários atendidos no cenário do estudo apresentou carga viral indetectável, evidenciando adesão ao tratamento ao final de 6 meses de acompanhamento. Dos usuários classificados como adesão excelente quando do início do acompanhamento, 31% apresentaram carga viral detectável, apontando assim que existe um percentual de falha nesta classificação clínica. Especialmente os usuários já identificados como com adesão insatisfatória podem ser beneficiar desta classificação realizada no serviço especializado, pois esta identificação pode permitir ao serviço especializado discutir formas de vincular estes usuários ao tratamento, contando com o apoio da atenção básica para um trabalho em rede. A relevância deste tema na saúde coletiva é que a adesão ao tratamento impacta diretamente na saúde do usuário e no sistema de saúde, na medida em que pode reduzir taxas de internação e mortalidade por Aids e doenças oportunistas.
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Resultados: Foram acompanhados 514 usuários, a média de idade foi de 37,14 anos ±11,75 anos. A amostra do estudo evidenciou que 332 (65,4%) dos usuários eram do sexo masculino e 176 (34,6%) eram do sexo feminino, a escolaridade mais frequente foi de 8 a 11 anos de estudo com 182 (36,5%) usuários. Em relação à aceitação do diagnóstico, 58,6% apresentaram boa aceitação, 30,2% excelente, e 8,3% razoável e 2,8% insatisfatória. No que se referem às variáveis relacionadas ao uso da TARV, 60,9% dos usuários que entendem a prescrição tiveram classificação excelente da adesão, 60,3% dos que entendem as orientações apresentaram adesão excelente, 81,3% dos que reconhecem as doses apresentaram adesão excelente, 76,9% dos que reconhecem os horários apresentaram adesão excelente. Daqueles classificados como adesão excelente, 69% tiveram carga viral indetectável e 31% carga viral detectável. Entre aqueles classificados como adesão insatisfatória, 20% tiveram carga viral indetectável e 80% carga viral detectável. Considerações finais: A maioria dos usuários atendidos no cenário do estudo apresentou carga viral indetectável, evidenciando adesão ao tratamento ao final de 6 meses de acompanhamento. Dos usuários classificados como adesão excelente quando do início do acompanhamento, 31% apresentaram carga viral detectável, apontando assim que existe um percentual de falha nesta classificação clínica. Especialmente os usuários já identificados como com adesão insatisfatória podem ser beneficiar desta classificação realizada no serviço especializado, pois esta identificação pode permitir ao serviço especializado discutir formas de vincular estes usuários ao tratamento, contando com o apoio da atenção básica para um trabalho em rede. A relevância deste tema na saúde coletiva é que a adesão ao tratamento impacta diretamente na saúde do usuário e no sistema de saúde, na medida em que pode reduzir taxas de internação e mortalidade por Aids e doenças oportunistas.Introduction: Despite advances in antiretroviral therapy (ART) for the management of HIV infection, therapeutic success depends on adherence to treatment. The Specialized Assistance Services (SAE) provide outpatient assistance to users living with HIV and one of the actions of these services is to promote adherence to medications. This study was developed in an SAE and its main objective is to analyze the adherence measure and the items related to the ART used to measure adhesion, discussing the evaluation of the adhesion according to viral load (detectable or undetectable), in order to better understand this scenario. Methodology: This is a retrospective cohort epidemiological study. The sample consisted of users who were followed up at the outpatient clinic from January 2014 to January 2016. Results: A total of 514 users were followed, mean age was 37.14 years ± 11.75 years. The sample of the study showed that 332 (65.4%) of the users were males and 176 (34.6%) were female, the most frequent schooling was between 8 and 11 years of age with 182 (36.5 %) users. Regarding acceptance of the diagnosis, 58.6% were well accepted, 30.2% were excellent, and 8.3% were reasonable and 2.8% were unsatisfactory. Regarding the variables related to the use of ART, 60.9% of users who understood the prescription had an excellent classification of adherence, 60.3% of those who understood the guidelines had excellent adherence, 81.3% of those who recognized the doses presented excellent adherence, 76.9% of those who recognize the schedules presented excellent adhesion. Of those classified as excellent adherence, 69% had an undetectable viral load and 31% had a detectable viral load. Among those classified as unsatisfactory adherence, 20% had an undetectable viral load and 80% had a detectable viral load. Final considerations: The majority of patients served in the study scenario had an undetectable viral load, evidencing adherence to treatment at the end of 6 months of follow-up. Of the users classified as excellent adherence at the start of follow-up, 31% presented detectable viral load, thus indicating that there is a failure percentage in this clinical classification. Especially the users already identified as with unsatisfactory adhesion can benefit from this classification performed in the specialized service, since this identification may allow the specialized service to discuss ways to link these users to the treatment, counting on the support of basic attention for a network work. The relevance of this issue in collective health is that adherence to treatment directly impacts the health of the user and the health system, as it can reduce hospitalization and mortality rates due to AIDS and opportunistic diseases.application/pdfporHIVTerapia anti-retroviralAdherence,Antiretroviral therapyAnálise da adesão à terapia antirretroviral em um serviço de assistência especializada em HIV/AIDS de porto alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2018Saúde Coletiva: Bachareladograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001077511.pdf.txt001077511.pdf.txtExtracted Texttext/plain35858http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218390/2/001077511.pdf.txt35b3b6e6f457760ad047d088a87fafc9MD52ORIGINAL001077511.pdfTexto completoapplication/pdf256308http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218390/1/001077511.pdf67fe8526361cdb638fde24aabdacd77fMD5110183/2183902021-05-07 04:54:17.365302oai:www.lume.ufrgs.br:10183/218390Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-05-07T07:54:17Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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