Geologia e petrografia das rochas Andesíticas da região do Centro Tupanci, Vila Nova do Sul, RS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/132096 |
Resumo: | A região do Cerro Tupanci, localizada no município de Vila Nova do Sul, centro-oeste do RS, apresenta um volume expressivo de depósitos vulcânicos de composições ácidas e intermediárias, correlacionadas estratigraficamente às Formações Acampamento Velho e Hilário da Bacia do Camaquã. A geologia da região é caracterizada por um embasamento pré-cambriano referente ao Complexo Cambaí, onde se depositam unidades vulcânicas da Bacia do Camaquã. A base da sequência é caracterizada por rochas andesíticas da Formação Hilário, onde ocorrem diques lamprofíricos relacionados à mesma formação. As vulcânicas ácidas da Formação Acampamento Velho ocorrem como a unidade mais expressiva da região, representada por uma intrusão subvulcânica com riolitos porfiríticos, e depósitos piroclásticos caracterizados por ignimbritos líticos e tufáceos. A partir dos dados obtidos, foram identificadas duas formas de ocorrências das rochas andesíticas: depósitos efusivos, com andesitos porfiríticos, e depósitos vulcanoclásticos, com conglomerados vulcanogênicos. A fáceis efusiva é representada por andesitos porfiríticos, com textura porfirítica a glomeroporfirítica, com fenocristais de plagioclásio, em uma matriz microcristalina composta por plagioclásio. A fácies vulcanoclástica é representada por autobrechas compostas por fragmentos de andesitos porfiríticos, com fenocristais de plagioclásio e augita, em uma matriz afanítica, além de conglomerados vulcanogênicos, com clastos angulosos, suportados por um cimento arenítico de composição andesítica. Quanto à geoquímica, as vulcânicas andesíticas são saturadas em sílica, classificadas como traqui-andesitos (shoshonitos), corroboradas pela relação K2O>(Na2O-2). Apresentam teores elevados de Al2O3 e baixos conteúdos de TiO2 e FeOt. Os elementos traços apresentam altos teores de Sr, Ba e Rb, e uma depleção de Nb em relação aos ETRL. O padrão dos ETR normalizados pelo condrito mostram um enriquecimento dos ETRL em relação aos ETRP. Estas características conferem uma afinidade shoshonítica à este magmatismo. Quanto ao ambiente tectônico, estas rochas estão relacionadas a um magmatismo intraplaca, associado à ambientes pós-colisionais, de origem continental. Os resultados obtidos permitem sugerir a correlação das rochas andesíticas do Cerro Tupanci à Formação Hilário, com um magmatismo shoshonítico relacionado a ambientes pós-colisionais, vinculados ao final do Ciclo Brasiliano-Panafricano no Escudo Sul-Rio-Grandense. |
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Barrios, Marcelo Francisco SzalanskiSommer, Carlos AugustoLima, Evandro Fernandes de2016-01-21T02:42:42Z2015http://hdl.handle.net/10183/132096000983666A região do Cerro Tupanci, localizada no município de Vila Nova do Sul, centro-oeste do RS, apresenta um volume expressivo de depósitos vulcânicos de composições ácidas e intermediárias, correlacionadas estratigraficamente às Formações Acampamento Velho e Hilário da Bacia do Camaquã. A geologia da região é caracterizada por um embasamento pré-cambriano referente ao Complexo Cambaí, onde se depositam unidades vulcânicas da Bacia do Camaquã. A base da sequência é caracterizada por rochas andesíticas da Formação Hilário, onde ocorrem diques lamprofíricos relacionados à mesma formação. As vulcânicas ácidas da Formação Acampamento Velho ocorrem como a unidade mais expressiva da região, representada por uma intrusão subvulcânica com riolitos porfiríticos, e depósitos piroclásticos caracterizados por ignimbritos líticos e tufáceos. A partir dos dados obtidos, foram identificadas duas formas de ocorrências das rochas andesíticas: depósitos efusivos, com andesitos porfiríticos, e depósitos vulcanoclásticos, com conglomerados vulcanogênicos. A fáceis efusiva é representada por andesitos porfiríticos, com textura porfirítica a glomeroporfirítica, com fenocristais de plagioclásio, em uma matriz microcristalina composta por plagioclásio. A fácies vulcanoclástica é representada por autobrechas compostas por fragmentos de andesitos porfiríticos, com fenocristais de plagioclásio e augita, em uma matriz afanítica, além de conglomerados vulcanogênicos, com clastos angulosos, suportados por um cimento arenítico de composição andesítica. Quanto à geoquímica, as vulcânicas andesíticas são saturadas em sílica, classificadas como traqui-andesitos (shoshonitos), corroboradas pela relação K2O>(Na2O-2). Apresentam teores elevados de Al2O3 e baixos conteúdos de TiO2 e FeOt. Os elementos traços apresentam altos teores de Sr, Ba e Rb, e uma depleção de Nb em relação aos ETRL. O padrão dos ETR normalizados pelo condrito mostram um enriquecimento dos ETRL em relação aos ETRP. Estas características conferem uma afinidade shoshonítica à este magmatismo. Quanto ao ambiente tectônico, estas rochas estão relacionadas a um magmatismo intraplaca, associado à ambientes pós-colisionais, de origem continental. Os resultados obtidos permitem sugerir a correlação das rochas andesíticas do Cerro Tupanci à Formação Hilário, com um magmatismo shoshonítico relacionado a ambientes pós-colisionais, vinculados ao final do Ciclo Brasiliano-Panafricano no Escudo Sul-Rio-Grandense.Cerro Tupanci region, located in municipality of Vila Nova do Sul, midwestern RS, presents a significant volume of acid and intermediate volcanic deposits, stratigraphically correlated to Acampamento Velho and Hilário formations, on Camaquã Basin. The region shows a geology characterized by a Precambrian basement related to Cambaí Complex, where volcanic units of Camaquã Basin are deposited. Andesitic rocks from Hilário formation characterize the base of the sequence. Lamprophyric dykes of this same formation are related. The Acampamento Velho formation acid volcanism occur as the most significant region unit, represented by a sub-volcanic intrusion with porphyritic rhyolites, and pyroclastic deposits characterized by ignimbrites lytic and tuffaceous. The data obtained presentes two ways of occurrence of andesitic rocks: effusive deposits of porphyritic andesites, and volcaniclastic deposits of volcanogenic conglomerates. The effusive facies is represented by porphyritic andesites with porphyritic to glomeroporphyritic texture, with phenocrysts of plagioclase in a microcrystalline matrix composed by plagioclase. The volcaniclastic facies is represented by autobreccias composed by porphyritic andesite fragments, with phenocrysts of plagioclase and augite, in an aphanitic matrix, and andesitic volcanogenic conglomerates, with angular clasts, supported by a sandstone cement. The chemistry shows that the andesitic rocks are saturated in silica, classified as trachy-andesites (shoshonites), corroborated by the ratio K2O>(Na2O-2), with high contents of Al2O3 and lower TiO2 and FeOt content. Trace elements presents high Sr, Ba and Rb levels, with a depletion of Nb relative to LREE. The chondrite normalized REE pattern shows an enrichment of LREE compared to HREE. These characteristics confer a shoshonitic affinity to this magmatism. The tectonic environment of these rocks are related to a continental intraplate magmatism, associated to a post-collisional setting. The results suggests a correlation between Cerro Tupanci’s andesitic rocks and Hilário Formation, with a shoshonitic magmatism related to post-collisional environment, represented by the final stages of the Brasiliano-Panafrican Cycle in Sul-Rio-Grandense Shield.application/pdfporVulcanismoPetrografiaShoshoniticaFormacao hilarioVolcanismPetrographyShoshonitesHilário formationCerro TupanciGeologia e petrografia das rochas Andesíticas da região do Centro Tupanci, Vila Nova do Sul, RSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2015Geologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000983666.pdf000983666.pdfTexto completoapplication/pdf5205055http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132096/1/000983666.pdfc79fdfcfa86a24462874a664dc40ad4fMD51TEXT000983666.pdf.txt000983666.pdf.txtExtracted Texttext/plain118347http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132096/2/000983666.pdf.txtcacf1eb270b2ea519b924d5520692b0aMD52THUMBNAIL000983666.pdf.jpg000983666.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1169http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/132096/3/000983666.pdf.jpg3b490d9c73016567f61dee51fd6beddfMD5310183/1320962018-10-25 10:20:57.828oai:www.lume.ufrgs.br:10183/132096Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-25T13:20:57Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A região do Cerro Tupanci, localizada no município de Vila Nova do Sul, centro-oeste do RS, apresenta um volume expressivo de depósitos vulcânicos de composições ácidas e intermediárias, correlacionadas estratigraficamente às Formações Acampamento Velho e Hilário da Bacia do Camaquã. A geologia da região é caracterizada por um embasamento pré-cambriano referente ao Complexo Cambaí, onde se depositam unidades vulcânicas da Bacia do Camaquã. A base da sequência é caracterizada por rochas andesíticas da Formação Hilário, onde ocorrem diques lamprofíricos relacionados à mesma formação. As vulcânicas ácidas da Formação Acampamento Velho ocorrem como a unidade mais expressiva da região, representada por uma intrusão subvulcânica com riolitos porfiríticos, e depósitos piroclásticos caracterizados por ignimbritos líticos e tufáceos. A partir dos dados obtidos, foram identificadas duas formas de ocorrências das rochas andesíticas: depósitos efusivos, com andesitos porfiríticos, e depósitos vulcanoclásticos, com conglomerados vulcanogênicos. A fáceis efusiva é representada por andesitos porfiríticos, com textura porfirítica a glomeroporfirítica, com fenocristais de plagioclásio, em uma matriz microcristalina composta por plagioclásio. A fácies vulcanoclástica é representada por autobrechas compostas por fragmentos de andesitos porfiríticos, com fenocristais de plagioclásio e augita, em uma matriz afanítica, além de conglomerados vulcanogênicos, com clastos angulosos, suportados por um cimento arenítico de composição andesítica. Quanto à geoquímica, as vulcânicas andesíticas são saturadas em sílica, classificadas como traqui-andesitos (shoshonitos), corroboradas pela relação K2O>(Na2O-2). Apresentam teores elevados de Al2O3 e baixos conteúdos de TiO2 e FeOt. Os elementos traços apresentam altos teores de Sr, Ba e Rb, e uma depleção de Nb em relação aos ETRL. O padrão dos ETR normalizados pelo condrito mostram um enriquecimento dos ETRL em relação aos ETRP. Estas características conferem uma afinidade shoshonítica à este magmatismo. Quanto ao ambiente tectônico, estas rochas estão relacionadas a um magmatismo intraplaca, associado à ambientes pós-colisionais, de origem continental. Os resultados obtidos permitem sugerir a correlação das rochas andesíticas do Cerro Tupanci à Formação Hilário, com um magmatismo shoshonítico relacionado a ambientes pós-colisionais, vinculados ao final do Ciclo Brasiliano-Panafricano no Escudo Sul-Rio-Grandense. |
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