Por uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Romagnoli, Roberta Carvalho
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Paulon, Simone Mainieri, Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes, Dimenstein, Magda
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/30528
Resumo: O artigo propõe um debate acerca dos processos de desinstitucionalização no campo da saúde mental, situando-o no contexto da sociedade mundial de controle e das novas formas de poder. A construção de uma rede de atenção que venha a substituir o hospital psiquiátrico é um desafio que estabelece demandas totalmente diversas às encontradas na instituição manicomial. Entretanto, essas alterações por si só não caracterizam a superação da vontade de reproduzir, que insiste na separação entre clínica e política. A invenção de um novo modo de cuidar convoca conhecimentos plurais que superem as fronteiras disciplinares e enfrentem o instituído em cada um de nós. Nesse contexto apresentamos o trabalho realizado em dois Serviços Residenciais Terapêuticos de dois extremos geográficos do país (Porto Alegre e Natal). A partir dessas experiências, acreditamos que a clínica pode ser pensada como plano de produção e campo de experimentação, revelando-se em sua dimensão de resistência micropolítica.
id UFRGS-2_c4886866da0d719e6de26d274f1860d3
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/30528
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Romagnoli, Roberta CarvalhoPaulon, Simone MainieriAmorim, Ana Karenina de Melo ArraesDimenstein, Magda2011-08-04T06:01:07Z20091414-3283http://hdl.handle.net/10183/30528000774552O artigo propõe um debate acerca dos processos de desinstitucionalização no campo da saúde mental, situando-o no contexto da sociedade mundial de controle e das novas formas de poder. A construção de uma rede de atenção que venha a substituir o hospital psiquiátrico é um desafio que estabelece demandas totalmente diversas às encontradas na instituição manicomial. Entretanto, essas alterações por si só não caracterizam a superação da vontade de reproduzir, que insiste na separação entre clínica e política. A invenção de um novo modo de cuidar convoca conhecimentos plurais que superem as fronteiras disciplinares e enfrentem o instituído em cada um de nós. Nesse contexto apresentamos o trabalho realizado em dois Serviços Residenciais Terapêuticos de dois extremos geográficos do país (Porto Alegre e Natal). A partir dessas experiências, acreditamos que a clínica pode ser pensada como plano de produção e campo de experimentação, revelando-se em sua dimensão de resistência micropolítica.This paper proposes a debate on deinstitutionalization processes within the field of mental health, positioned within the context of worldwide control society and new forms of power. Construction of a care network that would replace psychiatric hospitals is a challenge that establishes demands that are totally different from those found in lunatic asylums. However, these changes in themselves do not characterize the overcoming of the desire to reproduce, with its insistence on separation. Invention of new care methods calls for plural knowledge that surmounts boundaries between disciplines and faces up to what is instituted in each of us. Within this context, we present work carried out in two residential therapeutic services in two geographical extremities of the country (Porto Alegre and Natal). From these experiences, we believe that clinics should be envisaged at the production level and as fields for experimentation, thereby revealing their dimension of micropolitical resistance.El artículo propone un debate acerca de los procesos de des-institucionalización en el campo de la salud mental, situándolo en el contexto de la sociedad mundial de control y de las nuevas formas de poder. La construcción de una red de atención que vaya a substitutr el hospital psiquiátrico es un desafío que establece demandas totalmente diferentes a las encontradas en la institución del manicomio. No obstante tales alteraciones por si solas no caracterizan la superación de la voluntad de reproducir, que insiste en la separación entre clínica y política. La invención de un nuevo modo de cuidar convoca conocimientos plurales que superen las fronteras disciplinarias y afronten lo instituido en cada uno de nosotros. En este contexto presentarnos el trabajo realizado en dos Servicios Residenciales Terapéuticos de dos extremos geográficos de Brasil (Natal y Porto legre). A partir de tales experiencias creemos que la clínica puede pensarse como plan de producción y campo de experimentación, revelándose en su dimensión de resistancia micro-política.application/pdfporInterface (Botucatu) : comunicação, saúde, educação. Vol. 13, n. 30 (jul./dez. 2009), p. 199-207DesinstitucionalizaçãoClínica contemporâneaBiopolíticaMental healthDeinstitutionalizationContemporary clinicBiopoliticsResistanceSalud mentalDes-institucionalizaciónClínica contemporáneaBio-políticaResistenciaPor uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolíticaTowards resistance clinics: deinstitutionalizing experimentation in times of biopolitics Por una clínica de resistencia: experimentaciones des-institucionalizantes en tiempos de bio-política info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000774552.pdf.txt000774552.pdf.txtExtracted Texttext/plain39799http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30528/2/000774552.pdf.txt931dadf2bd243fd1611553109c585da4MD52ORIGINAL000774552.pdf000774552.pdfTexto completoapplication/pdf492462http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30528/1/000774552.pdfc417ff55247086e65bcd766d3a5c4f3bMD51THUMBNAIL000774552.pdf.jpg000774552.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1634http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30528/3/000774552.pdf.jpg2d3bb9c938e48e676b9dea2e21d4bdbcMD5310183/305282018-10-09 09:27:48.091oai:www.lume.ufrgs.br:10183/30528Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-09T12:27:48Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Por uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Towards resistance clinics: deinstitutionalizing experimentation in times of biopolitics
dc.title.alternative.es.fl_str_mv Por una clínica de resistencia: experimentaciones des-institucionalizantes en tiempos de bio-política
title Por uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica
spellingShingle Por uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica
Romagnoli, Roberta Carvalho
Desinstitucionalização
Clínica contemporânea
Biopolítica
Mental health
Deinstitutionalization
Contemporary clinic
Biopolitics
Resistance
Salud mental
Des-institucionalización
Clínica contemporánea
Bio-política
Resistencia
title_short Por uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica
title_full Por uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica
title_fullStr Por uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica
title_full_unstemmed Por uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica
title_sort Por uma clínica da resistência : experimentações desinstitucionalizantes em tempos de biopolítica
author Romagnoli, Roberta Carvalho
author_facet Romagnoli, Roberta Carvalho
Paulon, Simone Mainieri
Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes
Dimenstein, Magda
author_role author
author2 Paulon, Simone Mainieri
Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes
Dimenstein, Magda
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Romagnoli, Roberta Carvalho
Paulon, Simone Mainieri
Amorim, Ana Karenina de Melo Arraes
Dimenstein, Magda
dc.subject.por.fl_str_mv Desinstitucionalização
Clínica contemporânea
Biopolítica
topic Desinstitucionalização
Clínica contemporânea
Biopolítica
Mental health
Deinstitutionalization
Contemporary clinic
Biopolitics
Resistance
Salud mental
Des-institucionalización
Clínica contemporánea
Bio-política
Resistencia
dc.subject.eng.fl_str_mv Mental health
Deinstitutionalization
Contemporary clinic
Biopolitics
Resistance
Salud mental
Des-institucionalización
Clínica contemporánea
Bio-política
Resistencia
description O artigo propõe um debate acerca dos processos de desinstitucionalização no campo da saúde mental, situando-o no contexto da sociedade mundial de controle e das novas formas de poder. A construção de uma rede de atenção que venha a substituir o hospital psiquiátrico é um desafio que estabelece demandas totalmente diversas às encontradas na instituição manicomial. Entretanto, essas alterações por si só não caracterizam a superação da vontade de reproduzir, que insiste na separação entre clínica e política. A invenção de um novo modo de cuidar convoca conhecimentos plurais que superem as fronteiras disciplinares e enfrentem o instituído em cada um de nós. Nesse contexto apresentamos o trabalho realizado em dois Serviços Residenciais Terapêuticos de dois extremos geográficos do país (Porto Alegre e Natal). A partir dessas experiências, acreditamos que a clínica pode ser pensada como plano de produção e campo de experimentação, revelando-se em sua dimensão de resistência micropolítica.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2011-08-04T06:01:07Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/30528
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 1414-3283
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000774552
identifier_str_mv 1414-3283
000774552
url http://hdl.handle.net/10183/30528
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Interface (Botucatu) : comunicação, saúde, educação. Vol. 13, n. 30 (jul./dez. 2009), p. 199-207
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30528/2/000774552.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30528/1/000774552.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/30528/3/000774552.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 931dadf2bd243fd1611553109c585da4
c417ff55247086e65bcd766d3a5c4f3b
2d3bb9c938e48e676b9dea2e21d4bdbc
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224728993595392