O menino que queria ser deus : uma conversa sobre infâncias, identidade, raça e rap
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/253442 |
Resumo: | E aí, querido, como estamos? Que bom que tu apareceu, tava precisando falar contigo, tu tem um tempinho livre? Não precisamos conversar tudo agora, dá pra gente fazer isso nos tempinhos livres que a gente tem - tô ligado que a vida tá corrida e se a gente não correr junto fica pra trás. Pensei que a gente podia trocar umas ideias sobre coisas que não costumam falar com a gente, tipo a importância do amor e da raiva pra nós, meninos pretos (sim, mano, a raiva tem uma função), quais caminhos podemos trilhar e quais já foram trilhados por outras pessoas (tudo bem que a gente aprende errando, mas a gente não precisa aprender só com as nossas experiências, por isso a importância de se escutar os mais velhos) e, falando em caminhos e mais velhos, qual deus nós queremos e podemos ser. Não só pra facilitar, mas também pra enriquecer nossas conversas, eu imaginei que seria, no mínimo, instigante trazer outras pessoas pra compor essa troca de idéias. Não são quaisquer pessoas, eu poderia facilmente ter chamado alguns pensadores que eu conheci na faculdade, tipo Freud, Foucault e mais uns parecidos - e tenho certeza que eles iriam ficar felizes de participar desse diálogo -, mas quem me trouxe até a faculdade é muito mais qualificado pra isso, tipo Froid, Emicida, Djonga, Racionais, BK, Baco Exu do Blues e mais um pessoal aí. |
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