A escritura como dispositivo clinâmico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roos, Renata Amélia
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Maraschin, Cleci, Costa, Luciano Bedin da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/147144
Resumo: Este artigo problematiza o conceito de clínica propondo uma interlocução com a concepção filosófica de clinâmen. De uma concepção de clínica relacionada ao ato de se debruçar em um leito, repouso, passa-se para um fazer que envolve o desvio, a colisão e a criação conjunta. Para isso, apresenta a escritura dos movimentos de construção dos territórios relacionais entre psicóloga escolar e aluno do ensino médio de uma escola privada do Vale do Rio dos Sinos no Rio Grande do Sul. A experiência desacomodou lugares hegemônicos da clínica tornando ambos, psicóloga e aluno, partícipes de uma escritura comum, entendida como dispositivo, realizada virtualmente por meio de uma ferramenta chamada Google Docs. O escrever junto que essa modalidade tecnológica favorece, permitiu a criação de novas possibilidades de relação, num território que, até então, fazia-se inacessível, esgotado e incrédulo. Para além da proposição de uma outra clínica, o clinâmico é compreendido como plano e operador de desvios, componente de passagem para aquilo que não está atualizado em uma relação, mas que se mostra vívido enquanto potência, acionado em cada novo encontro, a cada nova colisão.
id UFRGS-2_c5d38b7f5c105c9f43dcce33b0da7e16
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/147144
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Roos, Renata AméliaMaraschin, CleciCosta, Luciano Bedin da2016-08-12T02:15:19Z20150103-5665http://hdl.handle.net/10183/147144000989989Este artigo problematiza o conceito de clínica propondo uma interlocução com a concepção filosófica de clinâmen. De uma concepção de clínica relacionada ao ato de se debruçar em um leito, repouso, passa-se para um fazer que envolve o desvio, a colisão e a criação conjunta. Para isso, apresenta a escritura dos movimentos de construção dos territórios relacionais entre psicóloga escolar e aluno do ensino médio de uma escola privada do Vale do Rio dos Sinos no Rio Grande do Sul. A experiência desacomodou lugares hegemônicos da clínica tornando ambos, psicóloga e aluno, partícipes de uma escritura comum, entendida como dispositivo, realizada virtualmente por meio de uma ferramenta chamada Google Docs. O escrever junto que essa modalidade tecnológica favorece, permitiu a criação de novas possibilidades de relação, num território que, até então, fazia-se inacessível, esgotado e incrédulo. Para além da proposição de uma outra clínica, o clinâmico é compreendido como plano e operador de desvios, componente de passagem para aquilo que não está atualizado em uma relação, mas que se mostra vívido enquanto potência, acionado em cada novo encontro, a cada nova colisão.This paper questions the notion of clinic by proposing a dialogue with the philosophical notion of clinamen. From a notion of clinic related to the act of leaning on a bed, repose, we shift to an action that involves detour, collision, a joint creation. In order to do so, we present the writing of movements of creating the relational territories between educational psychologist and high school student in a private school of Vale do Rio dos Sinos in Rio Grande do Sul. The experience has disarranged hegemonic positions in clinic causing them both, psychologist and student, to take part in shared writing, perceived as an apparatus, virtually performed by means of a tool called Google Docs. Shared writing, favored by this technological mode, has enabled the creation of new relation possibilities, within a territory that, till then, was unapproachable, exhausted and skeptic. Beyond the proposition of another clinic, clinamic is understood as a space and detour operator, a shifting component to what is not actualized in a relationship, but reveals to be vivid as potentiality, actuated at every new rendezvous, every new collision.Este artículo problematiza el concepto de clínica proponiendo una interlocución con la concepción filosófica de clinamen. De una concepción de clínica relacionada a la acción de debruzarse en un lecho, reposo, se pasa a un hacer que involucra el desvío, la colisión y la creación conjunta. Para esto, la escritura presenta dos movimientos de construcción de los territorios relacionales entre la psicóloga escolar y el alumno de secundaria años finales de una escuela privada do Vale do Rio dos Sinos en Rio Grande Sul. La experiencia desacomodó lugares hegemónicos de la clínica haciendo de ambos, psicóloga y alumno, participes de una escritura común, entendida como dispositivo, la cual fue realizada virtualmente por medio de una herramienta llamada Google Docs. El hecho de escribir juntos, lo que esta modalidad tecnológica favorece, permitió la creación de nuevas posibilidades de relación, en un territorio que, hasta aquel entonces, se hacía inaccesible, agotado e incrédulo. Para más allá de la proposición de otra clínica, el clinámico es comprendido como un plan operador de desvíos, componente de pasaje para aquello que no está utilizado en una relación, pero que se muestra vivido como potencia, accionado a cada nuevo encuentro, a cada nueva colisión.application/pdfporPsicologia clínica. Rio de Janeiro, RJ. Vol. 27, n.2 (2015), p. 39-62EscrituraFilosofiaClinicClinamenWritingClinamenEscrituraClínicaA escritura como dispositivo clinâmicoWriting as clinamic apparatus La escritura como dispositivo clinámico info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000989989.pdf000989989.pdfTexto completoapplication/pdf982235http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147144/1/000989989.pdf72a51d1f17c6bb2a65fd97e8ea45657cMD51TEXT000989989.pdf.txt000989989.pdf.txtExtracted Texttext/plain61497http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147144/2/000989989.pdf.txt4f6fc56ce56bbc1a783e22215de7da30MD52THUMBNAIL000989989.pdf.jpg000989989.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1518http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147144/3/000989989.pdf.jpg6788f1e82df376c46a47fb7aa01e95b4MD5310183/1471442018-10-29 08:33:25.586oai:www.lume.ufrgs.br:10183/147144Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-29T11:33:25Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A escritura como dispositivo clinâmico
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Writing as clinamic apparatus
dc.title.alternative.es.fl_str_mv La escritura como dispositivo clinámico
title A escritura como dispositivo clinâmico
spellingShingle A escritura como dispositivo clinâmico
Roos, Renata Amélia
Escritura
Filosofia
Clinic
Clinamen
Writing
Clinamen
Escritura
Clínica
title_short A escritura como dispositivo clinâmico
title_full A escritura como dispositivo clinâmico
title_fullStr A escritura como dispositivo clinâmico
title_full_unstemmed A escritura como dispositivo clinâmico
title_sort A escritura como dispositivo clinâmico
author Roos, Renata Amélia
author_facet Roos, Renata Amélia
Maraschin, Cleci
Costa, Luciano Bedin da
author_role author
author2 Maraschin, Cleci
Costa, Luciano Bedin da
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Roos, Renata Amélia
Maraschin, Cleci
Costa, Luciano Bedin da
dc.subject.por.fl_str_mv Escritura
Filosofia
topic Escritura
Filosofia
Clinic
Clinamen
Writing
Clinamen
Escritura
Clínica
dc.subject.eng.fl_str_mv Clinic
Clinamen
Writing
Clinamen
Escritura
dc.subject.spa.fl_str_mv Clínica
description Este artigo problematiza o conceito de clínica propondo uma interlocução com a concepção filosófica de clinâmen. De uma concepção de clínica relacionada ao ato de se debruçar em um leito, repouso, passa-se para um fazer que envolve o desvio, a colisão e a criação conjunta. Para isso, apresenta a escritura dos movimentos de construção dos territórios relacionais entre psicóloga escolar e aluno do ensino médio de uma escola privada do Vale do Rio dos Sinos no Rio Grande do Sul. A experiência desacomodou lugares hegemônicos da clínica tornando ambos, psicóloga e aluno, partícipes de uma escritura comum, entendida como dispositivo, realizada virtualmente por meio de uma ferramenta chamada Google Docs. O escrever junto que essa modalidade tecnológica favorece, permitiu a criação de novas possibilidades de relação, num território que, até então, fazia-se inacessível, esgotado e incrédulo. Para além da proposição de uma outra clínica, o clinâmico é compreendido como plano e operador de desvios, componente de passagem para aquilo que não está atualizado em uma relação, mas que se mostra vívido enquanto potência, acionado em cada novo encontro, a cada nova colisão.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-08-12T02:15:19Z
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/147144
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 0103-5665
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000989989
identifier_str_mv 0103-5665
000989989
url http://hdl.handle.net/10183/147144
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Psicologia clínica. Rio de Janeiro, RJ. Vol. 27, n.2 (2015), p. 39-62
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147144/1/000989989.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147144/2/000989989.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147144/3/000989989.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 72a51d1f17c6bb2a65fd97e8ea45657c
4f6fc56ce56bbc1a783e22215de7da30
6788f1e82df376c46a47fb7aa01e95b4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801224906424188928