Evidências para o desenvolvimento do diagnóstico de enfermagem "Síndrome da Fragilidade no Idoso" e fatores de risco para o diagnóstico de "Risco para a fragilidade no idoso" em unidades de internação cirúrgica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/35966 |
Resumo: | Trata-se de uma pesquisa sobre a fragilidade no idoso, uma condição clínica com possibilidade de prevenção que ainda não tem consenso definido, porém é comumente caracterizada como uma síndrome biológica com declínio das reservas fisiológicas e da resistência aos fatores estressores. Essas alterações resultam de declínios cumulativos nos diversos sistemas orgânicos relacionados ao avanço da idade. Além das alterações físicas, também podem estar presentes alterações psicológicas e sociais. É uma condição de risco para o desenvolvimento de agravos à saúde como piora do quadro de doenças crônicas, desnutrição, quedas, desabilidades para o desempenho das atividades de vida diária, incapacidades, hospitalizações, podendo até levar à morte. Objetivo geral: analisar evidências e fatores de risco que possam contribuir para o desenvolvimento dos diagnósticos de enfermagem “síndrome da fragilidade no idoso” e “risco para fragilidade no idoso” em unidades de internação cirúrgica. Este estudo faz parte de uma pesquisa maior intitulada Fragilidade em idosos: evidências para o desenvolvimento dos diagnósticos de enfermagem “risco para fragilidade no idoso” e ou “síndrome da fragilidade no idoso”, cujos resultados contribuirão para o desenvolvimento dos diagnósticos citados com vistas à futura proposta de inclusão à Taxonomia para diagnósticos de enfermagem da NANDA. Método: foi realizada uma pesquisa observacional descritiva do tipo transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 145 idosos das unidades cirúrgicas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Por meio da aplicação dos três instrumentos de coleta de dados identificamos o perfil sócio demográfico e de morbidades pré-existentes, a ocorrência de fragilidade utilizando a Escala de Fragilidade de Edmonton e os diagnósticos de enfermagem nos prontuários nos idosos. Resultados: a fragilidade foi identificada em 26,2% da amostra. Idosos que apresentaram a ocorrência de fragilidade eram predominantemente mulheres (37%) com idade avançada de cor ou raça branca (26%) que vivem sozinhas (31,6%), com baixa escolaridade, baixa renda e presença de uma ou mais morbidades (29,8%). As morbidades pré-existentes mais frequentes nos idosos foram as do aparelho circulatório (38,36%) seguidas das doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (21,55%). Foram identificados oito diagnósticos de enfermagem nos prontuários dos idosos que se relacionam com a fragilidade, quais sejam: “mobilidade física prejudicada” (7,55%), “ansiedade” (5,23%), “nutrição desequilibrada: menos que as necessidades corporais” (3,78%), “deglutição prejudicada” (1,45%), “intolerância à atividade” (1,45%), “risco de queda” (0,58%), “fadiga” (0,58%) e “medo” (0,2%). Conclusões: os resultados encontrados nesse estudo que relacionam os dados do perfil sócio demográfico com a ocorrência da fragilidade estão de acordo com as demais pesquisas realizadas sobre esse tema. A relação entre as principais morbidades pré-existentes citadas pelos idosos e os diagnósticos de enfermagem identificados nos prontuários vão ao encontro do que é citado na literatura sobre os determinantes da fragilidade. Novos estudos são necessários para elucidar a possibilidade de prevenção, a ocorrência e o desenvolvimento da fragilidade, tema que é amplo e ainda pouco esclarecido. O estudo possibilitou identificar evidências e fatores de risco para o desenvolvimento de novos diagnósticos de enfermagem, no caso “síndrome da fragilidade no idoso” e “risco para fragilidade no idoso”, respectivamente. |
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Objetivo geral: analisar evidências e fatores de risco que possam contribuir para o desenvolvimento dos diagnósticos de enfermagem “síndrome da fragilidade no idoso” e “risco para fragilidade no idoso” em unidades de internação cirúrgica. Este estudo faz parte de uma pesquisa maior intitulada Fragilidade em idosos: evidências para o desenvolvimento dos diagnósticos de enfermagem “risco para fragilidade no idoso” e ou “síndrome da fragilidade no idoso”, cujos resultados contribuirão para o desenvolvimento dos diagnósticos citados com vistas à futura proposta de inclusão à Taxonomia para diagnósticos de enfermagem da NANDA. Método: foi realizada uma pesquisa observacional descritiva do tipo transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 145 idosos das unidades cirúrgicas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Por meio da aplicação dos três instrumentos de coleta de dados identificamos o perfil sócio demográfico e de morbidades pré-existentes, a ocorrência de fragilidade utilizando a Escala de Fragilidade de Edmonton e os diagnósticos de enfermagem nos prontuários nos idosos. Resultados: a fragilidade foi identificada em 26,2% da amostra. Idosos que apresentaram a ocorrência de fragilidade eram predominantemente mulheres (37%) com idade avançada de cor ou raça branca (26%) que vivem sozinhas (31,6%), com baixa escolaridade, baixa renda e presença de uma ou mais morbidades (29,8%). As morbidades pré-existentes mais frequentes nos idosos foram as do aparelho circulatório (38,36%) seguidas das doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (21,55%). Foram identificados oito diagnósticos de enfermagem nos prontuários dos idosos que se relacionam com a fragilidade, quais sejam: “mobilidade física prejudicada” (7,55%), “ansiedade” (5,23%), “nutrição desequilibrada: menos que as necessidades corporais” (3,78%), “deglutição prejudicada” (1,45%), “intolerância à atividade” (1,45%), “risco de queda” (0,58%), “fadiga” (0,58%) e “medo” (0,2%). Conclusões: os resultados encontrados nesse estudo que relacionam os dados do perfil sócio demográfico com a ocorrência da fragilidade estão de acordo com as demais pesquisas realizadas sobre esse tema. A relação entre as principais morbidades pré-existentes citadas pelos idosos e os diagnósticos de enfermagem identificados nos prontuários vão ao encontro do que é citado na literatura sobre os determinantes da fragilidade. Novos estudos são necessários para elucidar a possibilidade de prevenção, a ocorrência e o desenvolvimento da fragilidade, tema que é amplo e ainda pouco esclarecido. 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