Impacto de um grupo de facebooktm como ferramenta auxiliar em um curso de estomatologia à distância.

• Autor(a) principal: Paula, Maria Clara de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/258407
• topic: Neoplasias bucais; Educação a distância; Facebook; Diagnóstico bucal; Medicina bucal; Mouth cancer; Distance education; FacebookTM; Oral diagnosis; Stomatology; Oral medicine

Apesar dos avanços tecnológicos alcançados nas últimas décadas, a taxa de mortalidade para o câncer de boca tem se mantido estável. O cirurgião dentista é o principal responsável pela manutenção da saúde bucal. Contudo, estudos têm mostrado que treinamento para detectar e distinguir lesões da mucosa bucal é limitado, explicando a falta de autoconfiança dos profissionais para lidar com esses desafios. Isso explica a alta frequência de diagnósticos tardios da doença e, consequentemente, o prognóstico ruim para, pelo menos, metade dos pacientes. Diante disso, torna-se evidente a necessidade de ações de educação permanente para atenuar esse problema. Embora a educação à distância (EAD) pareça ser uma alternativa promissora, barreiras como o pouco contato entre professor e aluno, bem como pouca interação social entre os participantes pode levar a altos índices de evasão. O objetivo deste estudo observacional transversal analítico foi avaliar o efeito da criação de uma comunidade no FacebookTM como ferramenta de apoio a um curso de EAD de Estomatologia. A amostra foi composta por 64 estudantes do primeiro e do último ano do curso de graduação em Odontologia/Diurno da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que participaram de um curso EAD de Estomatologia criado pelo TelessaúdeRS-UFRGS em parceria com a Faculdade de Odontologia (UFRGS). O curso contou com 30 horas de duração e foi hospedado na plataforma Moodle/UFRGS. Seu conteúdo compreendeu o processo diagnóstico dos diferentes tipos de lesões bucais. Um teste de capacidade diagnóstica baseado em fotos de lesões bucais foi aplicado antes e após o curso. O teste contou com 30 casos clínicos de lesões bucais que foram classificados segundo a sua natureza (benigna, potencialmente maligna ou maligna) pelos participantes, os quais também emitiram um palpite diagnóstico específico. Além disso, um grupo no FacebookTM foi criado para favorecer o engajamento no curso, do qual os estudantes inscritos participaram voluntariamente. As postagens neste grupo foram relacionadas ao lançamento de novos materiais do curso no Moodle, mensagens motivacionais e discussões para estimular a interação social. Foi avaliada a existência de associação entre participação no grupo de FacebookTM (número de visualizações, gostei e comentários) e mudança no desempenho dos participantes nos testes antes e depois do curso. Além disso, foi avaliada a percepção dos participantes em relação a experiência na comunidade do curso no FacebookTM como um recurso de apoio ao curso. Essa avaliação foi realizada a partir de um questionário criado na plataforma SurveyMonkey composto por 5 perguntas onde afirmações em relação à experiência fossem qualificadas a partir de uma escala Likert (concordo fortemente, concordo, não concordo nem discordo, discordo ou discordo fortemente). Como resultado observamos uma associação, entre os participantes do primeiro ano, para hipótese diagnóstica, pois quem interagiu mais alcançou uma melhora no percentual de acertos no pós teste em relação aos que interagiram menos. Todos os participantes concordaram que o grupo no FacebookTM facilitou a comunicação no decorrer do curso. Conclui-se que um grupo do FacebookTM, associado a uma plataforma de ensino, é uma ferramente com potencial para contribuir no engajamento dos participantes, reduzindo a taxa de evasão e aumentando a frequência de participantes em um curso de Ensino à Distância.