Securitização das mudanças climáticas no Conselho de Segurança das Nações Unidas (2007-2022)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farias, Nathalia Luize de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/265459
Resumo: A fim de entender como as mudanças climáticas são enquadradas como uma questão de segurança no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), este trabalho mobiliza a teoria da securitização para analisar como os posicionamentos e discursos dos Estadosmembros do CSNU, sobretudo dos permanentes, os constituem como atores securitizadores ou audiência neste processo de securitização, construindo, ou se opondo à construção, os efeitos adversos das mudanças climáticas como ameaças à segurança internacional. Enfatiza-se as mudanças climáticas como uma questão pública que, primeiro, figurou nos espaços políticos internacionais e multilaterais, mas que, gradativamente, ocupou também as discussões de segurança internacional, sendo o CSNU o espaço central onde os Estados discutem isso a nível internacional e multilateral. Embora o CSNU (enquanto órgão) seja o espaço onde se desenvolve o processo de securitização, analisa-se os agentes securitizadores tanto aqueles que promovem o movimento quanto que o obstam. A presente pesquisa apresenta a teoria da securitização e suas críticas e avanços, de forma a torná-los úteis a esta temática, para entender quais aspectos das mudanças climáticas estão sendo securitizados e quais atores os promovem, bem como, quais argumentos são mobilizados para afastar a responsabilidade do CSNU neste caso e quem os apresentam. Tal análise permite enquadrar a teoria da securitização às particularidades do caso, identificando quais Estados agem como atores securitizadores ou audiência. Concluiu-se que o processo de securitização está em curso, mesmo que não sejam tomadas medidas extraordinárias, sob a concepção original da teoria, e que este movimento pode avançar ou retroagir conforme as mudanças nos posicionamentos dos Estados-membros permanentes.
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