O K-Pop como ferramenta de soft power Sul-Coreana e propagador de discriminação de gênero : o caso das idols do K-Pop

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lemos, Nataly de Oliveira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/256796
Resumo: O presente trabalho busca analisar se a Onda Hallyu constitui-se como um instrumento de soft power sul-coreano e, em caso positivo, se constitui-se também como uma ferramenta propagadora do padrão de discriminação de gênero patriarcal sul-coreano. Para isso, este trabalho busca primeiramente analisar o contexto econômico e político dentro do qual a Onda Hallyu teve seu início, bem como sua expansão e sua transformação em um valioso recurso de soft power. Em seguida, busca-se expor como a Onda Hallyu constitui-se também como um ato de redistribuição hegemônica cultural, analisando dados de seu sucesso e influências globais. Por último, buscar-se-á analisar e debater de que forma o padrão tradicional de discriminação de gênero sul-coreano está enraizado especificamente no K-pop e como molda essa indústria até os dias de hoje. No escopo da metodologia qualitativa, pretende-se utilizar uma revisão de literatura especializada previamente selecionada, além da apresentação exemplar de dois casos icônicos, a partir dos quais algumas pistas sobre discriminação de gênero serão rastreadas. Os resultados aqui apontam que mesmo que os grupos femininos do K-pop sejam um gênero dominante dentro do próprio K-pop, as artistas femininas são sistematicamente silenciadas e subjugadas a um ideal de feminilidade ideal criado pela indústria, esta que foi fundada sobre padrão patriarcal, reproduzindo os principais valores da sociedade sul-coreana tradicional. Destaca-se que mesmo que muitas das músicas dessas artistas falem de emancipação feminina e amor próprio, essa discriminação de gênero é sutil e constante, e está profundamente estabelecida no modo que essas idols são tratadas pelas empresas e pelo público, especialmente quando elas agem ou falam contra esse padrão tradicional de discriminação de gênero.
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