Um capataz deslocado na estância de São Pedro : o encômio do gaúcho-herói e a crítica ao governo de Borges de Medeiros na sátira política Antônio Chimango (1915)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Everson Veiga
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/198360
Resumo: Este trabalho analisa as representações de gaúcho e anti-gaúcho no poemeto campestre Antônio Chimango, escrito por Amaro Juvenal, pseudônimo de Ramiro Fortes de Barcellos, em 1915. Compreendida como uma sátira política, busca-se, no estudo do contexto político da República Velha gaúcha e na relação do estado do Rio Grande do Sul com a recém-proclamada República, assim como na atuação do escritor na imprensa rio-grandense, as motivações para a escrita da obra, as explicações possíveis para as imagens de gaúcho que são construídas na sátira e a relação deste poema com um sistema literário mais amplo, aqui convencionado como a gauchesca. Parte-se de pressupostos dos campos histórico e literário que veem a literatura como fonte primária de estudos históricos, capaz de formar identidades e perpetuar estereótipos. Conclui-se que a obra analisada faz crítica ao governo do então presidente do estado do Rio Grande do Sul, Borges de Medeiros, então em seu terceiro mandato, mas também a um modo particular de governar, que seria a ditadura científica republicana, inspirada no positivismo e baseada no mandonato.
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