Características antropométricas, consumo alimentar e uso de fármacos anticonvulsivantes em pacientes adultos com diagnóstico de epilepsia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandez, Rochelly de Azevedo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/62086
Resumo: INTRODUÇÃO: A epilepsia caracteriza-se por distúrbios cerebrais envolvendo uma predominante predisposição a interrupções recorrentes da atividade cerebral normal. Atinge cerca de 0,5 a 1% da população. Comorbidades com reflexos cardiovasculares são frequentes. A terapêutica medicamentosa envolve mono ou politerapia, cujos efeitos colaterais podem contribuir para alteração do peso, por mecanismos por vezes ainda não bem explicitados. OBJETIVOS: Investigar a prevalência de obesidade total e central, consumo alimentar em pacientes com diagnóstico de epilepsia, buscando uma associação com a mono ou politerapia anticonvulsivante e controle de crises. MÉTODOS: Estudo transversal de caráter observacional, com 59 pacientes ambulatoriais com diagnóstico de epilepsia, recrutados consecutivamente, com idade ≥ a 18 anos, em uso de medicação anticonvulsivante há pelo menos 6 meses. Foi realizada a avaliação antropométrica (peso, estatura, e circunferência da cintura–CC) e classificação do estado nutricional por meio do índice de massa corporal (IMC) e risco cardiovascular pela CC (OMS, 2000; OMS, 1998). O consumo alimentar foi estimado por meio de questionário de frequência alimentar. Dados sobre a terapêutica medicamentosa e controle de crises foram obtidos dos prontuários, sendo considerados pacientes controlados os que não apresentaram crise no último ano. RESULTADOS: Com idade média de 46,9±12,7 anos, distribuídos equitativamente entre os sexos, houve maior prevalência de diagnóstico de Epilepsia Lobo Temporal (71,2%) e idade de início das crises com menos de 20 anos (62,1%). A medicação mais utilizada foi a carbamazepina, seguida de fenobarbital e benzodiazepínicos (BDZs); 57,6% dos pacientes faziam uso de politerapia. O IMC médio foi de 28,1±5,4 kg/m², com 69,5% dos pacientes classificando-se em sobrepeso e obesidade e 74,1% em risco para doenças cardiovasculares (CC). Observou-se que 37,2% dos pacientes apresentavam-se há mais de um ano sem ter crises convulsivas, não havendo associação entre o IMC e a CC, consumo energético ou de lipídeos e o controle de crises. Quanto à mono e politerapia também não se observou associação com o estado nutricional segundo o IMC, ou risco cardiovascular (CC), porém pacientes que não usavam fenobarbital eram menos propensos a apresentarem sobrepeso/obesidade (56,5%; p=0,05; qui-quadrado). Pacientes em politerapia parecem apresentar um consumo numericamente superior de kcal/kg de peso corporal diariamente em relação à monoterapia, porém sem significância estatística, assim como um aparente maior consumo de ácidos graxos monoinsaturados, % de ácidos graxos monoinsaturados relacionado ao valor energético total, ω6 e relação ω6/ω3. Análise de regressão logística para verificar a associação entre as medicações anticonvulsivantes e o sobrepeso/obesidade ajustado pelo tipo de tratamento indica que pacientes em politerapia podem vir a apresentar maior chance de estar na faixa de sobrepeso/obesidade, apesar de estatisticamente não significativo, especialmente os BDZs (OR=3,47; 95% IC=0,93-12,8; p=0,06), observando-se comportamento similar relativamente à chance de risco de doenças cardiovasculares pela CC (OR=2,04; 95% IC=0,52-7,9; p=0,301). CONCLUSÃO: Os pacientes apresentam elevado risco para doenças crônicas associadas, evidenciadas pelo percentual de sobrepeso/obesidade e CC elevada. O controle de crises não parece estar relacionado ao estado nutricional, risco cardiovascular e consumo de lipídeos. Medicação específica não parece impactar no estado nutricional atual; contudo, esta análise fica limitada pela falta de conhecimento do estado nutricional prévio. Exceção constitui o não uso de fenobarbital, cujo efeito está associado a não presença de sobrepeso/obesidade. Há indicativos do efeito cumulativo das drogas antiepilépticas quando em politerapia no que se refere ao desenvolvimento de sobrepeso/obesidade e aumento de risco cardiovascular, embora não haja consumo energético diferenciado.
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MÉTODOS: Estudo transversal de caráter observacional, com 59 pacientes ambulatoriais com diagnóstico de epilepsia, recrutados consecutivamente, com idade ≥ a 18 anos, em uso de medicação anticonvulsivante há pelo menos 6 meses. Foi realizada a avaliação antropométrica (peso, estatura, e circunferência da cintura–CC) e classificação do estado nutricional por meio do índice de massa corporal (IMC) e risco cardiovascular pela CC (OMS, 2000; OMS, 1998). O consumo alimentar foi estimado por meio de questionário de frequência alimentar. Dados sobre a terapêutica medicamentosa e controle de crises foram obtidos dos prontuários, sendo considerados pacientes controlados os que não apresentaram crise no último ano. RESULTADOS: Com idade média de 46,9±12,7 anos, distribuídos equitativamente entre os sexos, houve maior prevalência de diagnóstico de Epilepsia Lobo Temporal (71,2%) e idade de início das crises com menos de 20 anos (62,1%). A medicação mais utilizada foi a carbamazepina, seguida de fenobarbital e benzodiazepínicos (BDZs); 57,6% dos pacientes faziam uso de politerapia. O IMC médio foi de 28,1±5,4 kg/m², com 69,5% dos pacientes classificando-se em sobrepeso e obesidade e 74,1% em risco para doenças cardiovasculares (CC). Observou-se que 37,2% dos pacientes apresentavam-se há mais de um ano sem ter crises convulsivas, não havendo associação entre o IMC e a CC, consumo energético ou de lipídeos e o controle de crises. Quanto à mono e politerapia também não se observou associação com o estado nutricional segundo o IMC, ou risco cardiovascular (CC), porém pacientes que não usavam fenobarbital eram menos propensos a apresentarem sobrepeso/obesidade (56,5%; p=0,05; qui-quadrado). Pacientes em politerapia parecem apresentar um consumo numericamente superior de kcal/kg de peso corporal diariamente em relação à monoterapia, porém sem significância estatística, assim como um aparente maior consumo de ácidos graxos monoinsaturados, % de ácidos graxos monoinsaturados relacionado ao valor energético total, ω6 e relação ω6/ω3. Análise de regressão logística para verificar a associação entre as medicações anticonvulsivantes e o sobrepeso/obesidade ajustado pelo tipo de tratamento indica que pacientes em politerapia podem vir a apresentar maior chance de estar na faixa de sobrepeso/obesidade, apesar de estatisticamente não significativo, especialmente os BDZs (OR=3,47; 95% IC=0,93-12,8; p=0,06), observando-se comportamento similar relativamente à chance de risco de doenças cardiovasculares pela CC (OR=2,04; 95% IC=0,52-7,9; p=0,301). CONCLUSÃO: Os pacientes apresentam elevado risco para doenças crônicas associadas, evidenciadas pelo percentual de sobrepeso/obesidade e CC elevada. O controle de crises não parece estar relacionado ao estado nutricional, risco cardiovascular e consumo de lipídeos. Medicação específica não parece impactar no estado nutricional atual; contudo, esta análise fica limitada pela falta de conhecimento do estado nutricional prévio. Exceção constitui o não uso de fenobarbital, cujo efeito está associado a não presença de sobrepeso/obesidade. Há indicativos do efeito cumulativo das drogas antiepilépticas quando em politerapia no que se refere ao desenvolvimento de sobrepeso/obesidade e aumento de risco cardiovascular, embora não haja consumo energético diferenciado.INTRODUCTION: epilepsy is characterized by brain disorders involving a predominant predisposition to recurrent interruptions of normal brain activity. Reaches about 0.5 to 1% of the population. Comorbidities with cardiovascular effects are common. Drug therapy, involving mono or polytherapy, presents side effects that can contribute to weight change by mechanisms not yet well explained. OBJECTIVES: To evaluate the total and central obesity prevalences, food intake in patients with epilepsy and to assess an association with anticonvulsant mono-or polytherapy and seizure control. METHODS: An observational cross-sectional study with 59 outpatients with epilepsy diagnosis, consecutively recruited, aged ≥ 18 years, in anticonvulsant drug therapy for at least 6 months. Anthropometric measurements (weight, height, and waist circumference-WC) were performed, as well as the classification of nutritional status through mass index (BMI) and for cardiovascular risk by WC (WHO, 2000, WHO, 1998). The food consumption was estimated by a food frequency questionnaire (FFQ). Data on drug therapy and seizure control were obtained from medical records and were considered controlled patients who showed no crisis over the last year. RESULTS: The mean age was 46.9 ± 12.7 years, equally distributed between men and women, and there was a higher prevalence Temporal Lobe Epilepsy (71.2%) and the most common age of onset was less than 20 years (62,1%). The most frequently prescribed medications were carbamazepine and phenobarbital, followed by benzodiazepines (BDZs), being 57.6% of patients in polytherapy. The mean BMI was 28.1 ± 5.4 kg / m², with 69.5% of patients being classified as overweight and obesity, while 74,1% were in cardiovascular risk (WC). It was observed that 37.2% of patients were without seizures for more than one year, and there was no association between BMI and WC, energy or lipid and seizure control. As for mono and polytherapy, also there was no association with nutritional status according to BMI, or cardiovascular risk (WC), but patients who were not using phenobarbital were less likely to being overweight / obese (56.5%, p = 0.05 , chi-square). Patients on polytherapy seem to present a numerically superior daily consume of kcal / kg body weight over monotherapy, but without statistical significance, as well as an apparent higher consumption of monounsaturated fatty acids,% total energy monounsaturated fatty acids and ω6 ratio ω6/ω3. Logistic regression analysis performed to assess the association between antiepileptic drugs and overweight / obesity adjusted to type of treatment indicates that patients on polytherapy may present greater chance to be in the range of overweight / obesity, although not statistically significant, especially BDZs (OR=3,47; 95% IC=0,93-12,8; p=0,06), observing similar behavior regarding the chance of cardiovascular disease risk by WC (OR=2,04; 95% IC=0,52-7,9; p=0,301). CONCLUSIONS: The patients are at high risk for chronic illnesses, as evidenced by the percentage of overweight / obesity and high WC. Seizure control does not seem to be related to nutritional status, cardiovascular risk and lipid intake. Specific medication does not seem to impact the current nutritional status, however, this analysis is limited by lack of knowledge of the prior nutritional status. Exception is not using phenobarbital, which effect was not associated with the presence of overweight / obesity. There are indicative of cumulative effect of antiepileptic drugs when in polytherapy with regard to development of overweight / obesity and increased cardiovascular risk, although no total energy intake differences were found.application/pdfporEpilepsiaAnticonvulsivantesConvulsõesAntropometriaÍndice de massa corporalCircunferência da cinturaIngestão de energiaLipídeosEpilepsyAnticonvulsantsSeizuresAnthropometryBody mass indexWaist circumferenceEnergy intakeLipidsCaracterísticas antropométricas, consumo alimentar e uso de fármacos anticonvulsivantes em pacientes adultos com diagnóstico de epilepsiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPorto Alegre, BR-RS2012Nutriçãograduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000868345.pdf000868345.pdfTexto completoapplication/pdf1636287http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/62086/1/000868345.pdfe0e1079c3557107145b98dad82d24d0aMD51TEXT000868345.pdf.txt000868345.pdf.txtExtracted Texttext/plain98040http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/62086/2/000868345.pdf.txta6b7b1964bc16074f2b6d562bfa659e3MD52THUMBNAIL000868345.pdf.jpg000868345.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1132http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/62086/3/000868345.pdf.jpg694a7fbd958a18106c93f720a5cfdf9dMD5310183/620862018-10-12 02:34:51.392326oai:www.lume.ufrgs.br:10183/62086Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-12T05:34:51Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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