Variações e diferenciais da mortalidade por doença cardiovascular no Brasil e em seus estados, em 1990 e 2015 : estimativas do Estudo Carga Global de Doença

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brant, Luisa Campos Caldeira
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Nascimento, Bruno Ramos, Passos, Valéria Maria de Azeredo, Duncan, Bruce Bartholow, Benseñor, Isabela Judith Martins, Malta, Deborah Carvalho, Souza, Maria de Fatima Marinho de, Ishitani, Lenice Harumi, França, Elisabeth Barboza, Oliveira, Mateus S., Mooney, Meghan D., Naghavi, Mohsen, Roth, Gregory A., Ribeiro, Antônio Luiz Pinho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/188907
Resumo: Objetivo: Analisar as variações e os diferenciais da mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV) no Brasil e em seus estados, em 1990 e 2015. Métodos: Foram utilizados os dados de mortalidade compilados pelo Global Burden of Disease (GBD) 2015, obtidos da base de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Foram realizadas a correção do sub-registro de óbitos e a reclassificação dos códigos garbage por meio de algoritmos específicos. As causas cardiovasculares foram subdivididas em 10 causas específicas. As taxas de mortalidade — dos anos 1990 e 2015 — foram padronizadas pela idade, de acordo com o sexo e o estado brasileiro. Resultados: A taxa de mortalidade por DCV padronizada por idade caiu de 429,5 (1990) para 256,0 (2015) a cada 100 mil habitantes (40,4%). A redução proporcional foi semelhante em ambos os sexos, mas as taxas em homens são substancialmente mais altas do que nas mulheres. A redução da taxa padronizada por idade foi mais acentuada para a doença cardíaca reumática (44,5%), cardiopatia isquêmica (43,9%) e doença cerebrovascular (46,0%). A queda na mortalidade diferiu marcadamente entre os estados, sendo mais acentuada nos estados das regiões Sudeste e Sul do país e no Distrito Federal, e atenuada nos estados do Norte e Nordeste. Conclusão: A mortalidade por DCV padronizada por idade reduziu no Brasil nas últimas décadas, porém de forma heterogênea entre os estados e para diferentes causas específicas. Considerando a magnitude da carga de doença e o envelhecimento da população brasileira, as políticas de enfrentamento das DCV devem ser priorizadas.
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As taxas de mortalidade — dos anos 1990 e 2015 — foram padronizadas pela idade, de acordo com o sexo e o estado brasileiro. Resultados: A taxa de mortalidade por DCV padronizada por idade caiu de 429,5 (1990) para 256,0 (2015) a cada 100 mil habitantes (40,4%). A redução proporcional foi semelhante em ambos os sexos, mas as taxas em homens são substancialmente mais altas do que nas mulheres. A redução da taxa padronizada por idade foi mais acentuada para a doença cardíaca reumática (44,5%), cardiopatia isquêmica (43,9%) e doença cerebrovascular (46,0%). A queda na mortalidade diferiu marcadamente entre os estados, sendo mais acentuada nos estados das regiões Sudeste e Sul do país e no Distrito Federal, e atenuada nos estados do Norte e Nordeste. Conclusão: A mortalidade por DCV padronizada por idade reduziu no Brasil nas últimas décadas, porém de forma heterogênea entre os estados e para diferentes causas específicas. Considerando a magnitude da carga de doença e o envelhecimento da população brasileira, as políticas de enfrentamento das DCV devem ser priorizadas.Objective: To analyze variations and particularities in mortality due to cardiovascular disease (CVD) in Brazil and in Brazilian states, in 1990 and 2015. Methods: We used data compiled from the Global Burden of Disease (GBD) 2015, obtained from the database of the Mortality Information System (SIM) of the Brazilian Ministry of Health. Correction of the sub-registry of deaths and reclassification of the garbage codes were performed using specific algorithms. The cardiovascular causes were subdivided into 10 specific causes. Age-standardized CVD mortality rates — in 1990 and 2015 — were analyzed according to sex and Brazilian state. Results: Age-standardized CVD mortality rate decreased from 429.5 (1990) to 256.0 (2015) per 100,000 inhabitants (40.4%). The proportional decrease was similar in both sexes, but death rates in males were substantially higher. The reduction of age-standardized mortality rate was more significant for rheumatic heart disease (44.5%), ischemic cardiopathy (43.9%), and cerebrovascular disease (46.0%). The decline in mortality was markedly different across states, being more pronounced in those of the southeastern and southern regions and the Federal District, and more modest in most states in the north and northeast regions. Conclusion: Agestandardized CVD mortality has declined in Brazil in recent decades, but in a heterogeneous way across states and for different specific causes. Considering the burden magnitude and the Brazilian population aging, policies to prevent and manage CVD should continue to be prioritized.application/pdfengRevista brasileira de epidemiologia. São Paulo. vol. 20, supl. 1 (maio 2017), p. 116-128Doenças cardiovascularesBrazilCardiovascular diseasesMortalityHealth impact assessmentTrendsVariações e diferenciais da mortalidade por doença cardiovascular no Brasil e em seus estados, em 1990 e 2015 : estimativas do Estudo Carga Global de DoençaVariations and particularities in cardiovascular disease mortality in Brazil and Brazilian states in 1990 and 2015 : estimates from the Global Burden of Diseaseinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001085339.pdf.txt001085339.pdf.txtExtracted Texttext/plain39384http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188907/3/001085339.pdf.txt73673bb30dac662831d4ddf169181b8dMD53001085339-02.pdf.txt001085339-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain38569http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188907/4/001085339-02.pdf.txt83e976f8d5f3823d908cc7689cf87e1dMD54ORIGINAL001085339.pdfTexto completoapplication/pdf916495http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188907/1/001085339.pdfd2bf898f51f1473405620559f27db443MD51001085339-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf917591http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188907/2/001085339-02.pdf8041ec64af3b4f289c2bfbb04d5c9396MD5210183/1889072020-11-06 05:09:46.656867oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188907Repositório InstitucionalPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.bropendoar:2020-11-06T07:09:46Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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