Revascularização completa versus tratamento da artéria culpada no infarto com supradesnivelamento do segmento ST : registro multicêntrico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cadore, Julia Cremona
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Furtado, Mariana Vargas, Tumelero, Rogério Tadeu, Tognon, Alexandre Pereira, Krepsky, Ana Maria Rocha, Cadore, Denis, Ruschel, Karen Brasil, Bedin, Julia Caldas, Conte, Thaís Saorin, Polanczyk, Carisi Anne
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/226222
Resumo: Fundamento: São restritos os dados sobre o manejo e o prognóstico dos pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) com acometimento multiarterial no Brasil, o que mostra a necessidade de investigar as estratégias de revascularização disponíveis. Objetivo: Avaliar os desfechos relacionados à revascularização completa em comparação com o tratamento da artéria culpada em pacientes multiarteriais com IAMCSST. Métodos: Foi realizada um estudo de coorte prospectiva em dois centros de hemodinâmica do Sul do Brasil, com seguimento de 1 ano após a intervenção índice. O desfecho primário foi composto de óbito cardiovascular, reinfarto ou angina recorrente e secundários acidente vascular encefálico, parada cardiorrespiratória não fatal, sangramento maior ou necessidade de reintervenção. A probabilidade de ocorrência de desfechos foi comparada entre os grupos através de regressão logística binária. Considerou-se como estatisticamente significativo o valor de probabilidade < 0,05. Resultados: Participaram 85 pacientes, com média de idade de 62±12 anos, sendo 61 (71,8%) do sexo masculino. Cinquenta e oito (68,2%) pacientes receberam a estratégia de revascularização completa e 27 (31,8%), a de revascularização incompleta. A chance de ocorrência tanto do desfecho primário quanto do secundário foi significativamente maior entre os indivíduos tratados com revascularização incompleta quando comparados com os tratados com estratégia completa [razão de chances (OR) 5,1, intervalo de confiança de 95% (IC95%) 1,6-16,1 vs. OR 5,2, IC95% 1,2-22,9, respectivamente], assim como os óbitos cardiovasculares (OR 6,4, IC95% 1,2-35,3). Conclusão: Dados deste registro regional, de dois centros do Sul do Brasil, demonstram que a estratégia de revascularização completa esteve associada à redução significativa dos desfechos primário e secundário no seguimento de 1 ano quando comparada à estratégia de revascularização incompleta.
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spelling Cadore, Julia CremonaFurtado, Mariana VargasTumelero, Rogério TadeuTognon, Alexandre PereiraKrepsky, Ana Maria RochaCadore, DenisRuschel, Karen BrasilBedin, Julia CaldasConte, Thaís SaorinPolanczyk, Carisi Anne2021-08-27T04:16:50Z20200066-782Xhttp://hdl.handle.net/10183/226222001129749Fundamento: São restritos os dados sobre o manejo e o prognóstico dos pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) com acometimento multiarterial no Brasil, o que mostra a necessidade de investigar as estratégias de revascularização disponíveis. Objetivo: Avaliar os desfechos relacionados à revascularização completa em comparação com o tratamento da artéria culpada em pacientes multiarteriais com IAMCSST. Métodos: Foi realizada um estudo de coorte prospectiva em dois centros de hemodinâmica do Sul do Brasil, com seguimento de 1 ano após a intervenção índice. O desfecho primário foi composto de óbito cardiovascular, reinfarto ou angina recorrente e secundários acidente vascular encefálico, parada cardiorrespiratória não fatal, sangramento maior ou necessidade de reintervenção. A probabilidade de ocorrência de desfechos foi comparada entre os grupos através de regressão logística binária. Considerou-se como estatisticamente significativo o valor de probabilidade < 0,05. Resultados: Participaram 85 pacientes, com média de idade de 62±12 anos, sendo 61 (71,8%) do sexo masculino. Cinquenta e oito (68,2%) pacientes receberam a estratégia de revascularização completa e 27 (31,8%), a de revascularização incompleta. A chance de ocorrência tanto do desfecho primário quanto do secundário foi significativamente maior entre os indivíduos tratados com revascularização incompleta quando comparados com os tratados com estratégia completa [razão de chances (OR) 5,1, intervalo de confiança de 95% (IC95%) 1,6-16,1 vs. OR 5,2, IC95% 1,2-22,9, respectivamente], assim como os óbitos cardiovasculares (OR 6,4, IC95% 1,2-35,3). Conclusão: Dados deste registro regional, de dois centros do Sul do Brasil, demonstram que a estratégia de revascularização completa esteve associada à redução significativa dos desfechos primário e secundário no seguimento de 1 ano quando comparada à estratégia de revascularização incompleta.Background: Data on the management and prognosis of patients with ST-segment elevation myocardial infarction (STEMI) and multivessel disease are limited in Brazil, showing that the available revascularization strategies should be investigated. Objective: To assess the outcomes of complete revascularization versus treatment of the culprit artery only in patients with STEMI and multivessel disease. Methods: A prospective cohort study was conducted at two medical centers in southern Brazil with a 1-year follow-up after the index procedure. The primary outcome was a composite of cardiac death, reinfarction, or recurrent angina, while the secondary outcome was stroke, nonfatal cardiac arrest, major bleeding, or need for reintervention. The probability of outcomes occurring was compared between the groups using binary logistic regression. A p-value < 0.05 was considered statistically significant. Results: Eighty-five patients were included. Their mean age was 62±12 years, and 61 (71.8%) were male. Fifty-eight (68.2%) were treated with complete revascularization and 27 (31.8%) with incomplete revascularization. The chance of both the primary and secondary outcomes occurring was significantly greater among patients treated with incomplete revascularization when compared to those treated with complete revascularization (odds ratio [OR] 5.1, 95% confidence interval [CI] 1.6-16.1 vs. OR 5.2, 95% CI 1.2-22.9, respectively), as well as cardiac death (OR 6.4, 95% CI 1.2-35.3). Conclusion: Registry data from two centers in southern Brazil demonstrate that the complete revascularization strategy is associated with a significant reduction in primary and secondary outcomes in a 1-year follow-up when compared to the incomplete revascularization strategy.application/pdfporArquivos brasileiros de cardiologia. São Paulo. Vol. 115, n. 2 (2020), p. 229-237,Infarto do miocárdio com supradesnível do segmento STEstudos de coortesHemodinâmicaRegistros de mortalidadeAngina pectorisAcidente vascular cerebralParada cardíacaIntervenção coronária percutâneaST elevation myocardial infarction/mortalityCohort studiesHemodynamicDeath certificatesAngina pectorisStrokeHeart arrestPercutaneous coronary interventionsRevascularização completa versus tratamento da artéria culpada no infarto com supradesnivelamento do segmento ST : registro multicêntricoComplete revascularization versus treatment of the culprit artery only in ST elevation myocardial infarction : a multicenter registryinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001129749.pdf.txt001129749.pdf.txtExtracted Texttext/plain39777http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/226222/3/001129749.pdf.txte609e24cf1fc5ef139fe1dd37bc875f8MD53001129749-02.pdf.txt001129749-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain35021http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/226222/4/001129749-02.pdf.txt7d1249443a531d79524c97f28107ff34MD54ORIGINAL001129749.pdfTexto completoapplication/pdf406985http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/226222/1/001129749.pdf664f0c6990767056fa8affab6188c3b8MD51001129749-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf384158http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/226222/2/001129749-02.pdfb17c8dd4d6f067f5cf63c6fd4682df93MD5210183/2262222022-12-18 05:46:48.066867oai:www.lume.ufrgs.br:10183/226222Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-12-18T07:46:48Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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