Avaliação de parâmetros de estresse oxidativo em animais tratados com dexametasona e submetidos ao kindling pelo pentilenotetrazol
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/184497 |
Resumo: | Epilepsia é uma desordem crônica no cérebro que afeta 50 milhões de pessoas no planeta, sendo que, no Brasil, são 1,9 milhões de afetados. O principal tratamento é o uso de fármacos anticonvulsivantes que conseguem controlar as crises convulsivas de 70% das pessoas com epilepsia. Recentemente, vários estudos demonstraram a influência da inflamação sobre o processo epileptogênico. Além da influência da inflamação, outro fator que se acredita estar envolvido no desenvolvimento de neurodegeneração é o estresse oxidativo, isso porque os neurônios são altamente vulneráveis aos efeitos destrutivos das espécies reativas pelo elevado uso de oxigênio e conteúdo de ácidos graxos oxidáveis. Por não conseguir tratar ⅓ das pessoas afetadas com epilepsia, o conhecimento de novos fármacos que consigam produzir uma resposta anticonvulsivante é de grande interesse. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi analisar parâmetros de estresse oxidativo em animais tratados com dexametasona, um anti-inflamatório esteroidal, submetidos ao kindling por pentilenotetrazol (PTZ). Ratos Wistar machos foram divididos em cinco grupos (n 10 por grupo) e receberam, intraperitonealmente (i.p), salina (NaCl 0,9 %), dexametasona (1 mg, 2 mg ou 4 mg/Kg) ou diazepam (2 mg/Kg) durante 15 dias e, em dias alternados, também receberam doses subconvulsivantes de PTZ (20 mg/Kg) i.p. Nos dias em que receberam o PTZ, os animais foram observados durante 30 minutos e classificados de acordo com a escala de Racine (1972) em relação à intensidade das convulsões. Os animais tratados apresentaram redução na intensidade das convulsões frente ao grupo salina (p<0,001; ANOVA para medidas repetidas seguido de pos hoc Tukey). Ao final do tratamento, os animais foram eutanasiados e separaram-se soro, hipocampo e córtex para a dosagem de marcadores de estresse oxidativo. Na avaliação do dano oxidativo se observou um aumento significativo de componentes TBARS, no córtex e no hipocampo, de animais tratados com dexametasona 4 mg/kg, indicando um possível dano lipídico, (p<0,05, ANOVA e pos-hoc Tukey). Na análise de grupamentos sulfidrilas não se observou diferença significativa entre os grupos, indiciando que não houve dano oxidativo. Na avaliação da atividade antioxidante da enzima superóxido dismutase (SOD) houve uma redução significativa, no hipocampo, no grupo tratado com dexametasona 2 mg/kg em relação ao grupo salina e dexametasona 4 mg/kg. Na análise da atividade da catalase (CAT) se observou uma diminuição significativa, no córtex, nos grupos tratados com dexametasona 1 e 2 mg/kg em comparação ao grupo salina. Por fim, na avaliação da atividade da glutationa peroxidase (GPx) foi observado uma diminuição significativa no grupo dexametasona 2 mg/kg no córtex e no grupo tratado com a dexametasona 1 mg/kg no hipocampo. Assim, pode-se supor que o efeito anticonvulsivante da dexametasona observado deve-se muito provavelmente a mecanismos anti-inflamatórios, mas não antioxidantes. Desta forma, novos estudos são necessários para melhor elucidar os resultados do presente estudo. |
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Lima, Karina RodriguesCoitinho, Adriana Simon2018-11-09T02:45:52Z2016http://hdl.handle.net/10183/184497001008482Epilepsia é uma desordem crônica no cérebro que afeta 50 milhões de pessoas no planeta, sendo que, no Brasil, são 1,9 milhões de afetados. O principal tratamento é o uso de fármacos anticonvulsivantes que conseguem controlar as crises convulsivas de 70% das pessoas com epilepsia. Recentemente, vários estudos demonstraram a influência da inflamação sobre o processo epileptogênico. Além da influência da inflamação, outro fator que se acredita estar envolvido no desenvolvimento de neurodegeneração é o estresse oxidativo, isso porque os neurônios são altamente vulneráveis aos efeitos destrutivos das espécies reativas pelo elevado uso de oxigênio e conteúdo de ácidos graxos oxidáveis. Por não conseguir tratar ⅓ das pessoas afetadas com epilepsia, o conhecimento de novos fármacos que consigam produzir uma resposta anticonvulsivante é de grande interesse. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi analisar parâmetros de estresse oxidativo em animais tratados com dexametasona, um anti-inflamatório esteroidal, submetidos ao kindling por pentilenotetrazol (PTZ). Ratos Wistar machos foram divididos em cinco grupos (n 10 por grupo) e receberam, intraperitonealmente (i.p), salina (NaCl 0,9 %), dexametasona (1 mg, 2 mg ou 4 mg/Kg) ou diazepam (2 mg/Kg) durante 15 dias e, em dias alternados, também receberam doses subconvulsivantes de PTZ (20 mg/Kg) i.p. Nos dias em que receberam o PTZ, os animais foram observados durante 30 minutos e classificados de acordo com a escala de Racine (1972) em relação à intensidade das convulsões. Os animais tratados apresentaram redução na intensidade das convulsões frente ao grupo salina (p<0,001; ANOVA para medidas repetidas seguido de pos hoc Tukey). Ao final do tratamento, os animais foram eutanasiados e separaram-se soro, hipocampo e córtex para a dosagem de marcadores de estresse oxidativo. Na avaliação do dano oxidativo se observou um aumento significativo de componentes TBARS, no córtex e no hipocampo, de animais tratados com dexametasona 4 mg/kg, indicando um possível dano lipídico, (p<0,05, ANOVA e pos-hoc Tukey). Na análise de grupamentos sulfidrilas não se observou diferença significativa entre os grupos, indiciando que não houve dano oxidativo. Na avaliação da atividade antioxidante da enzima superóxido dismutase (SOD) houve uma redução significativa, no hipocampo, no grupo tratado com dexametasona 2 mg/kg em relação ao grupo salina e dexametasona 4 mg/kg. Na análise da atividade da catalase (CAT) se observou uma diminuição significativa, no córtex, nos grupos tratados com dexametasona 1 e 2 mg/kg em comparação ao grupo salina. Por fim, na avaliação da atividade da glutationa peroxidase (GPx) foi observado uma diminuição significativa no grupo dexametasona 2 mg/kg no córtex e no grupo tratado com a dexametasona 1 mg/kg no hipocampo. Assim, pode-se supor que o efeito anticonvulsivante da dexametasona observado deve-se muito provavelmente a mecanismos anti-inflamatórios, mas não antioxidantes. Desta forma, novos estudos são necessários para melhor elucidar os resultados do presente estudo.Epilepsy is a chronic brain disorder that affects 50 million people worldwide, in Brazil there are 1.9 million affected. The main treatment is the use of anticonvulsant drugs that can control seizures in 70% of people with epilepsy. Recently, several studies have shown the influence of inflammation on the epileptogenic process. Besides the influence of inflammation, another factor believed to be involved in the development of neurodegeneration is oxidative stress, because neurons are highly vulnerable to the destructive effects of reactive species by the high use of oxygen and content of oxidizable fatty acids. Because of the failure to treat ⅓ of those affected with epilepsy, knowledge of new drugs it can produce an anticonvulsant response is of great interest. In this context, the objective of this study was to analyze parameters of oxidative stress in animals treated with dexamethasone, a steroidal anti-inflammatory drug, and submitted to kindling by pentylenetetrazol (PTZ). Male Wistar rats were divided into five groups (n=10 per group) and received intraperitoneal (i.p) saline (0.9% NaCl), dexamethasone (1 mg, 2 mg or 4 mg/kg) or diazepam (2 mg/kg) for 15 days and, on alternate days, also received subconvulsivant doses of PTZ (20 mg/kg) i.p. On PTZ days, the animals were observed for 30 minutes and rated according to the Racine scale (1972) relative to the intensity of the seizures. The treated animals showed a reduction in the intensity of seizures in relation the saline group (p <0.001, ANOVA for repeated measures followed by post hoc Tukey). At the end of the treatment, animals were euthanized and we separated serum, hippocampus and cortex for the measurement of oxidative stress markers. In the evaluation of oxidative damage we observed a significant increase of TBARS components in the cortex and hippocampus of animals treated with dexamethasone 4 mg/kg, indicating possible lipid damage (p<0,05, ANOVA and pos hoc Tukey). In the sulfhydryl grouping analysis there was no significant difference among the groups, indicating that there was no oxidative damage. In the evaluation of the antioxidant activity of superoxide dismutase (SOD) there was a significant decrease, in the hippocampus, in the group treated with dexamethasone 2 mg/kg as compared to the saline group and dexamethasone 4 mg/kg. Analysis of catalase (CAT) activity, revealed a significant decrease in the cortex in the groups treated with dexamethasone 1 and 2 mg/kg as compared to the saline group. Finally, evaluation of the activity of glutathione peroxidase (GPx) reveled a significant reduction in the dexamethasone 2 mg/kg group, in cortex, and the 1 mg/kg dexamethasone treated group, in hippocampus. Thus, we can assume that the anticonvulsant effect of dexamethasone observed should probably be an anti-inflammatory mechanism, but no antioxidant. Thus, further studies are needed to further elucidate the results of this study.application/pdfporEpilepsiaEnzimas antioxidantesEstresse oxidativoDexametasonaPentilenotetrazolAvaliação de parâmetros de estresse oxidativo em animais tratados com dexametasona e submetidos ao kindling pelo pentilenotetrazolinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPorto Alegre, BR-RS2016Biotecnologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001008482.pdf.txt001008482.pdf.txtExtracted Texttext/plain85744http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184497/2/001008482.pdf.txt2dfe5dcb207d61dea4873196e232fa0fMD52ORIGINAL001008482.pdfTexto completoapplication/pdf688905http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/184497/1/001008482.pdf4da92b252c13c0f26d25bc3c85f473b4MD5110183/1844972021-08-18 04:29:29.965669oai:www.lume.ufrgs.br:10183/184497Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2021-08-18T07:29:29Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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