Teletrabalho : uma nova forma de precariado?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Madeira, Juliana dos Santos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/194987
Resumo: No início dos anos 70, a flexibilização das relações do trabalho, prática difundida pela doutrina neoliberal, abalou fortemente os direitos relacionados ao trabalho, transferindo os riscos e a insegurança socioeconômica para os trabalhadores e suas famílias. O termo precariado, conceituado pelo economista Guy Standing (2014), define o grupo social submetido a esta nova condição como uma classe em formação. Suas características são peculiares, dentre elas, o alto nível de escolaridade, a ausência de garantias de trabalho, supressão dos mecanismos de seguridade social, além da frequente ‘pejotização’, quando a contratação da pessoa jurídica (PJ) toma o lugar do vínculo empregatício da pessoa física. Esta pesquisa teve como objetivo compreender se é possível associar o pertencimento ao precariado à condição do teletrabalho – que define o tipo de trabalho realizado fora da sede do empregador, frequentemente em casa, à distância. Por meio de quatro entrevistas com teletrabalhadores, buscou-se identificar a autopercepção a respeito das suas próprias relações de trabalho e sua condição de trabalhadores flexíveis. Os resultados da análise apontam que as trajetórias dos sujeitos pesquisados têm forte analogia com o que a literatura define sobre a nova condição do precariado.
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