Potencial econômico e aplicação do bio-óleo da pirólise rápida de casca de arroz como pesticida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zanatta, Felipe Georg
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/197557
Resumo: A pirólise rápida é um processo termoquímico promissor a ser aplicado na conversão de biomassa. Os produtos obtidos resumem-se, em menor quantidade, ao biochar e ao gás de pirólise, e, em maior quantidade ao bio-óleo. Os mais variados tipos de biomassa podem ser aproveitados como matéria-prima neste processo. Um deles é a casca de arroz, um produto agrícola com disponibilidade constante, especialmente no sul do país. O bio-óleo tem um potencial de aproveitamento diverso, mas ainda pouco explorado. Neste contexto o objetivo do trabalho foi encontrar aplicações para esta fração do produto obtido através da pirólise rápida da casca de arroz, analisando de maneira especial a utilização como defensivo agrícola. Esta análise consiste de um breve estudo do mercado nacional de pesticidas bem como de uma avaliação de potencialidade de aplicação. Além do uso como defensivo, outras possíveis aplicações são como biocombustível e resinas fenólicas. A primeira esbarra em questões relativas às propriedades do bio-óleo, que necessitam ser otimizadas através de tecnologias recentes de melhoramento, que são, por ora, inviáveis economicamente. A segunda possui aplicação limitada por não possuir propriedades tão boas quanto os produtos utilizados atualmente nesta categoria. Por essa razão o uso como defensivo emerge como uma alternativa interessante, considerando a possibilidade de um aproveitamento do bio-óleo sem etapas complexas de refino, além do alto valor agregado e a relevância deste tipo de insumo no Brasil, uma reconhecida potência agrícola. Para isso, são necessários mais estudos, não só a respeito do potencial de aplicação em si, mas também a fim de obedecer a critérios estabelecidos por lei para o registro de comercialização desta classe de produto. Para avaliar a potencialidade, metodologias de análise individual de substâncias químicas podem ser aplicadas, seguida de testes em organismos alvo. Entre estas metodologias encontram-se critérios estabelecidos para descritores moleculares relacionados à bioatividade e permeabilidade dos compostos nas células dos organismos. Estes critérios serviram como base para o desenvolvimento de um classificador de pesticidas nas três classes de uso principais: herbicidas, inseticidas e fungicidas. Este classificador utilizou-se da metodologia de florestas randômicas para encontrar interrelações entre os descritores moleculares avaliados que pudessem estabelecer modelos de classificação. Os resultados demonstraram que o bio-óleo é um potencial pesticida, podendo seguir para testes nos organismos alvos. Estes testes fazem parte dos requisitos para a obtenção do registro de comercialização. Além deles, estudos a respeito das interações dos produtos presentes na matriz de pesticida com demais seres vivos que possam entrar em contato com eles também devem ser realizados antes do lançamento de um novo produto no mercado.
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