O Cone Sul na estratégia estadunidense de guerra global ao terror : o processo de securitização da tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai

• Autor(a) principal: Lammerhirt, Laura Vicentin
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/116338
• topic: Relações internacionais; War on terror; Securitization; Tri-border area; Regional cooperation

A presente monografia tem o intuito de contribuir para as investigações acerca do espaço ocupado pelo Cone Sul na lógica estadunidense de combate ao terrorismo e sua relação com o processo de securitização da Tríplice Fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai. Ao longo da última década, aponta-se a crescente insistência norte-americana, de acordo com os discursos oficiais e veículos midiáticos, na reconfiguração "ameaçadora" da região da Tríplice Fronteira como "santuário" do terrorismo internacional, baseado no fato de lá residir uma comunidade libanesa de expressão significativa, a qual supostamente estaria enviando remessas de dinheiro para o Líbano, e cujo objetivo seria o financiamento do grupo Hezbollah. O objetivo geral da pesquisa consiste na análise do processo de securitização da chamada Tríplice Fronteira, i.e., na maneira com a qual discursos de atores significativos construíram este território como zona de ameaça e a inseriram na agenda de segurança internacional. Baseado em uma análise do discurso hegemônico no concernente à região, de acordo com as premissas teórico-metodológicas da Escola de Copenhague, pode-se concluir que houve uma reconfiguração dos interesses norteamericanos na região a partir dos atentados de setembro de 2001, traduzida na combinação dos discursos antidrogas e antiterrorismo como forma de manter a agenda de segurança do Cone Sul sob esfera de influência estadunidense.