Estudo de associação entre o polimorfismo -1021 c/t na região promotora do gene da dopamina beta-hidroxilase e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/280995 |
Resumo: | O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma das doenças psiquiátricas mais comum na infância e na adolescência, afetando de 3 a 6% de crianças em idade escolar. È um transtorno de desenvolvimento, cujos sintomas nucleares são desatenção, hiperatividade e impulsividade. Estudos etiológicos do TDAH confirmam além de um componente ambiental, uma relevante contribuição genética. Vários genes já foram identificados como candidatos, principalmente do sistema catecolaminérgico, sugerindo uma suscetibilidade para o seu desenvolvimento. A enzima dopamina beta-hidroxilase (DBH), que converte dopamina em noradrenalina, está provavelmente implicada na fisiopatologia da doença. Estudos prévios do nosso grupo já demonstraram a associação de um polimorfismo do íntron 5 do gene da DBH com o TDAH. Outro polimorfismo na região promotora (C-1021T) foi associado com os níveis séricos desta enzima, sugerindo que ele funciona com um QTL. O objetivo deste estudo foi verificar se este polimorfismo da região promotora também está associado ao transtorno, podendo estar em desequilíbrio de ligação com a região intrônica. A amostra é composta por 134 indivíduos controle doadores de sangue do Hemocentro do Rio Grande do Sul e por 97 famílias com pelo menos 1 filho afetado. Os pacientes foram avaliados pelo Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), cujos casos foram configurados após 3 etapas de investigação: entrevistas semiestruturadas, discussão dos diagnósticos derivados e avaliação clínica. O polimorfismo C-1021T foi investigado pela técnica de PCR seguida de clivagem com a endonuclease HhaI. Comparando-se homozigotos CC e portadores do alelo T verificou-se que a prevalência de portadores do alelo T foi aproximadamente 16% mais elevada nos pacientes do que na amostra controle (P= 0,027).Nos pacientes com TDAH o alelo foi 10% mais frequente do que nos controles (p=0,023), indicando que esta variante é possivelmente um alelo de risco para doença. Utilizando o método do risco relativo de haplótipos (HRR), verificou-se uma tendência a transmissão preferencial do alelo (p=0,06). Os resultados sugerem que o gene DBH é importante na suscetibilidade ao TDAH e que o polimorfismo -1021 C/T parece promissor para futuras investigações. |
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