Efeito de uma infusão de Stevia Rebaudiana Bertoni na desmineralização do esmalte e na formação do biofilme dentário – um estudo in situ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nied, Maieli Maiara
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/236847
Resumo: A redução do consumo de açúcar e sua substituição por adoçantes não calóricos é considerada uma abordagem útil para a prevenção da cárie, pois é de extrema importância o uso de substâncias que possam modificar a cariogenicidade desse biofilme. Estudos mostram que a planta da espécie Stevia rebaudiana pode modificar a cariogenicidade do biofilme, mas o mecanismo não é bem compreendido. O objetivo deste estudo in situ foi avaliar o efeito de uma infusão de Stevia Rebaudiana Bertoni na desmineralização do esmalte e na formação do biofilme dental. Em um estudo cruzado, onze voluntários adultos utilizaram um dispositivo intrabucal palatino contendo 4 blocos de esmalte dental bovino, em 3 fases de 7 dias cada. Sobre esses blocos de esmalte foram gotejadas em horários pré-estabelecidos 2 soluções: sacarose 20% na frequência de 8X/dia e outra solução, de tratamento na frequência de 2X/dia, podendo ser uma solução Stevia 5%, Clorexidina 0,12% (CHX) ou Cloreto de Sódio 0,9% (NaCl). Entre cada fase experimental foi adotada 1 semana de wash-out. Ao final de cada fase experimental, o biofilme formado sobre os blocos dentais foi coletado e analisado em relação a sua composição microbiológica [contagem de Streptococcus mutans (SM), Lactobacillus spp. (LB), Candida albicans (CA) e microorganismos totais (MT) (UFC/mg)], sua composição bioquímica em termos de quantificação de Polissacarídeos Extracelulares solúvel (PECS) e insolúvel (PECI)(μg/mg) e avaliado qualitativamente por Microscopia Eletrônica de Varredura. O percentual de perda de dureza superficial (%PDS) dos blocos de esmalte também foi avaliado. Todos os desfechos foram analisados através de ANOVA a um nível de 5% de significância. Não foram encontradas diferenças entre Stevia, CHX e NaCl para PECS (13,7a ±14,9; 15,1a ±15; 13,2a ±10,8; respectivamente), PECI (28,6a ±27,3; 22a ±21,1; 24,8a ±17,4; respectivamente), SM (2,8x104a ±7x104; 4,1x103a ±1,2x104; 7,2x103a ±1,8x104; respectivamente), LB (8x105a ±1,2x106; 3,3x105a ±7,3x105; 8,6x105a ±1,7x106; respectivamente), CA (8,9x105a ±2x106; 1,9x104a ±4,3x104; 1,9x105a ±2,6x105; respectivamente) e TM (8,1x107a ±1,5x108; 3,9x107a ±6,6x107; 1,2x107a ±1,7x107; respectivamente). O %PDS encontrado na presença de CHX foi estatisticamente menor que o NaCl. O %PDS na presença de Stevia foi considerado intermediário entre ambos (-7,4a ±12; -33,4b ±29,5; -22,1ab ±28,8; respectivamente). As evidências observadas no presente estudo, sugerem que a utilização de Stevia em situação de alto desafio cariogênico tem pouco efeito na modificação da cariogenicidade do biofilme e na progressão da lesão cariosa
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Sobre esses blocos de esmalte foram gotejadas em horários pré-estabelecidos 2 soluções: sacarose 20% na frequência de 8X/dia e outra solução, de tratamento na frequência de 2X/dia, podendo ser uma solução Stevia 5%, Clorexidina 0,12% (CHX) ou Cloreto de Sódio 0,9% (NaCl). Entre cada fase experimental foi adotada 1 semana de wash-out. Ao final de cada fase experimental, o biofilme formado sobre os blocos dentais foi coletado e analisado em relação a sua composição microbiológica [contagem de Streptococcus mutans (SM), Lactobacillus spp. (LB), Candida albicans (CA) e microorganismos totais (MT) (UFC/mg)], sua composição bioquímica em termos de quantificação de Polissacarídeos Extracelulares solúvel (PECS) e insolúvel (PECI)(μg/mg) e avaliado qualitativamente por Microscopia Eletrônica de Varredura. O percentual de perda de dureza superficial (%PDS) dos blocos de esmalte também foi avaliado. Todos os desfechos foram analisados através de ANOVA a um nível de 5% de significância. Não foram encontradas diferenças entre Stevia, CHX e NaCl para PECS (13,7a ±14,9; 15,1a ±15; 13,2a ±10,8; respectivamente), PECI (28,6a ±27,3; 22a ±21,1; 24,8a ±17,4; respectivamente), SM (2,8x104a ±7x104; 4,1x103a ±1,2x104; 7,2x103a ±1,8x104; respectivamente), LB (8x105a ±1,2x106; 3,3x105a ±7,3x105; 8,6x105a ±1,7x106; respectivamente), CA (8,9x105a ±2x106; 1,9x104a ±4,3x104; 1,9x105a ±2,6x105; respectivamente) e TM (8,1x107a ±1,5x108; 3,9x107a ±6,6x107; 1,2x107a ±1,7x107; respectivamente). O %PDS encontrado na presença de CHX foi estatisticamente menor que o NaCl. O %PDS na presença de Stevia foi considerado intermediário entre ambos (-7,4a ±12; -33,4b ±29,5; -22,1ab ±28,8; respectivamente). As evidências observadas no presente estudo, sugerem que a utilização de Stevia em situação de alto desafio cariogênico tem pouco efeito na modificação da cariogenicidade do biofilme e na progressão da lesão cariosaThe reduction of sugar consumption and its substitution by non-caloric sweeteners is considered a useful approach for the prevention of caries, since it is extremely important to use substances that can modify the cariogenicity of this biofilm. Studies have shown that Stevia rebaudiana can modify the cariogenicity of the biofilm, but the mechanism is not well understood. The objective of this in situ study was to evaluate the effect of Stevia rebaudiana Bertoni infusion on enamel demineralization and on dental biofilm formation. In a cross-over desing, eleven adult volunteers used a palatal intraoral device containing 4 slabs of bovine enamel, in 3 phases of 7 days each. On these enamel slabs were dripped, at pre-set times, 2 solutions: sucrose 20% at the frequency of 8X/day and another solution, at a frequency of 2X/day, which was Stevia infusion 5%, 0,12% Chlorhexidine (CHX) or 0,9% Sodium Chloride (NaCl). Between each experimental phase was adopted 1 week of wash-out. At the end of each experimental phase, the biofilm formed on the slabs was collected and analyzed for microbiological composition [counts of Streptococcus mutans (SM), Lactobacillus spp. (LB), Candida albicans (CA) and total microorganisms (TM) (CFU/mg)], biochemical composition in terms of quantification of extracellular soluble (SEPS) and insoluble polysaccharides (IEPS)(μg/mg) and qualitatively assessed by Scanning Electron Microscopy. Percentage of surface hardness loss (%SHL) was evaluated on enamel slabs. All the outcomes were analyzed by ANOVA at a level of 5% of significance. No differences were found among Stevia, CHX and NaCl for SEPS (13,7a ±14,9; 15,1a ±15; 13,2a ±10,8; respectively), IEPS (28,6a ±27,3; 22a ±21,1; 24,8a ±17,4; respectively), SM (2,8x104 a ±7x104; 4,1x103 a ±1,2x104; 7,2x103 a ±1,8x104; respectively), LB (8x105a ±1,2x106; 3,3x105a ±7,3x105; 8,6x105a ±1,7x106; respectively), CA (8,9x105a ±2x106; 1,9x104a ±4,3x104; 1,9x105a ±2,6x105; respectively) and TM (8,1x107a ±1,5x108; 3,9x107a ±6,6x107; 1,2x107a ±1,7x107; respectively). The %SHL found in the presence of CHX was statistically lower than NaCl. The %SHL in the presence of Stevia was considered intermediate between them (-7,4a ±12; -33,4b ±29,5; -22,1ab ±28,8; respectively). The evidences observed in the present study suggest that the use of Stevia in situations of high cariogenic challenge has little effect on the modification of biofilm cariogenicity and on the progression of the carious lesionapplication/pdfengSteviaDesmineralização do denteEsmalte dentárioPlaca dentariaPolissacarídeosSteviaDental PlaquePolysaccharidesTooth DemineralizationDental EnamelEfeito de uma infusão de Stevia Rebaudiana Bertoni na desmineralização do esmalte e na formação do biofilme dentário – um estudo in situinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de OdontologiaPorto Alegre, BR-RS2019Odontologiagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001111905.pdf.txt001111905.pdf.txtExtracted Texttext/plain83662http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236847/2/001111905.pdf.txt1ba5220065694d904246789f00b61a49MD52ORIGINAL001111905.pdfTexto completoapplication/pdf1223849http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/236847/1/001111905.pdf622f8b3e703dcdc2b4210d95edd8dbdfMD5110183/2368472022-04-20 04:57:07.936172oai:www.lume.ufrgs.br:10183/236847Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-04-20T07:57:07Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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