Obtenção de açúcares fermentescíveis a partir de biomassa microalgal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/150660 |
Resumo: | Com o aumento da demanda energética mundial e a redução nas reservas de combustíveis fósseis, cresce o interesse em fontes alternativas de energia. Biocombustíveis são fontes promissoras, sendo o etanol, produzido pela fermentação de açúcares obtidos a partir da biomassa uma opção. Assim, a proposta deste trabalho é obter açúcares fermentescíveis de duas espécies de microalgas e, avaliar a possibilidade de produção de etanol a partir delas. Para tanto, foi realizada a hidrólise enzimática das microalgas Dunaliella tertiolecta e Heterochlorella luteoviridis. As hidrólises foram conduzidas à temperatura constante de 50 °C sob agitação de 120 rpm durante 72 h e, sem pré-tratamentos, à biomassa microalgal. Três cargas enzimáticas (10, 15 e 20 FPU g-1) do complexo Celluclast 1.5 L foram testadas e as concentrações de glicose, celobiose, xilose e arabinose foram medidas via CLAE ao longo do tempo. A microalga D. tertiolecta apresentou as maiores concentrações de glicose após as 72 h de hidrólise com valores de 7,82 g L-1; 9,07 g L-1 e 11,95 g L-1 para as cargas enzimáticas de 10, 15 e 20 FPU g-1 respectivamente. A alga H. luteoviridis também teve os valores mais significativos ao final do período de hidrólise. As concentrações obtidas foram 15,8 g L-1 de glicose para 10 FPU g-1 de enzima; 13,08 g L-1 para 15 FPU g-1 e 10,6 g L-1 para 20 FPU g-1. A relação enzima-biomassa mostrou possuir influências antagônicas nas espécies. Enquanto na D. tertiolecta um aumento na concentração de enzimas no meio favoreceu a liberação de glicose na H. luteoviridis esse efeito não foi observado. Além disso, o presente trabalho avaliou a composição química de ambos microrganismos Para D. tertiolecta o conteúdo lipídico encontrado foi de 11,65 %, proteico 13,06 % e de carboidratos totais 49,67 % do peso seco da microalga. Na outra espécie obteve-se 10,00 % de lipídeos, 13,99 % de proteínas e 51,77 % de carboidratos totais também sobre o peso seco da amostra. Esses resultados, mesmo sem nenhum estudo de otimização, possuem concentrações de glicose que permitiriam a produção de etanol. |
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Santa Catharina, Vinícius MillánFaccin, Debora Jung LuvizettoRech, RosaneDall Cortivo, Paulo Roberto2017-01-13T02:17:18Z2016http://hdl.handle.net/10183/150660001009316Com o aumento da demanda energética mundial e a redução nas reservas de combustíveis fósseis, cresce o interesse em fontes alternativas de energia. Biocombustíveis são fontes promissoras, sendo o etanol, produzido pela fermentação de açúcares obtidos a partir da biomassa uma opção. Assim, a proposta deste trabalho é obter açúcares fermentescíveis de duas espécies de microalgas e, avaliar a possibilidade de produção de etanol a partir delas. Para tanto, foi realizada a hidrólise enzimática das microalgas Dunaliella tertiolecta e Heterochlorella luteoviridis. As hidrólises foram conduzidas à temperatura constante de 50 °C sob agitação de 120 rpm durante 72 h e, sem pré-tratamentos, à biomassa microalgal. Três cargas enzimáticas (10, 15 e 20 FPU g-1) do complexo Celluclast 1.5 L foram testadas e as concentrações de glicose, celobiose, xilose e arabinose foram medidas via CLAE ao longo do tempo. A microalga D. tertiolecta apresentou as maiores concentrações de glicose após as 72 h de hidrólise com valores de 7,82 g L-1; 9,07 g L-1 e 11,95 g L-1 para as cargas enzimáticas de 10, 15 e 20 FPU g-1 respectivamente. A alga H. luteoviridis também teve os valores mais significativos ao final do período de hidrólise. As concentrações obtidas foram 15,8 g L-1 de glicose para 10 FPU g-1 de enzima; 13,08 g L-1 para 15 FPU g-1 e 10,6 g L-1 para 20 FPU g-1. A relação enzima-biomassa mostrou possuir influências antagônicas nas espécies. Enquanto na D. tertiolecta um aumento na concentração de enzimas no meio favoreceu a liberação de glicose na H. luteoviridis esse efeito não foi observado. Além disso, o presente trabalho avaliou a composição química de ambos microrganismos Para D. tertiolecta o conteúdo lipídico encontrado foi de 11,65 %, proteico 13,06 % e de carboidratos totais 49,67 % do peso seco da microalga. Na outra espécie obteve-se 10,00 % de lipídeos, 13,99 % de proteínas e 51,77 % de carboidratos totais também sobre o peso seco da amostra. Esses resultados, mesmo sem nenhum estudo de otimização, possuem concentrações de glicose que permitiriam a produção de etanol.application/pdfporEngenharia químicaObtenção de açúcares fermentescíveis a partir de biomassa microalgalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EngenhariaPorto Alegre, BR-RS2016Engenharia Químicagraduaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001009316.pdf001009316.pdfTexto completoapplication/pdf989902http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/150660/1/001009316.pdf4f24ee5a4b8e8a45b6475d1275457482MD51TEXT001009316.pdf.txt001009316.pdf.txtExtracted Texttext/plain70297http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/150660/2/001009316.pdf.txtb77ea414c566dc4d8792e8375a5cc061MD52THUMBNAIL001009316.pdf.jpg001009316.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1364http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/150660/3/001009316.pdf.jpg7bc79da750d6e278494a63738193bfe9MD5310183/1506602018-10-30 08:12:33.172oai:www.lume.ufrgs.br:10183/150660Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-30T11:12:33Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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