Efeitos da duração do vozeamento da fricativa [z] na identificação, por brasileiros, de pares mínimos produzidos por hispânicos : insumos para a discussão sobre inteligibilidade de fala estrangeira
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/198479 |
Resumo: | Este trabalho propõe verificar os efeitos do grau de vozeamento da fricativa [z] produzida por falantes hispânicos para o estabelecimento da distinção entre as categorias ‘surdo’ e ‘sonoro’ por parte de ouvintes brasileiros. Para a realização do estudo, coletaram-se dados de fala de seis hispânicos que residiam no Brasil há, no máximo, doze meses. A partir das gravações e das manipulações de diferentes graus de vozeamento (referentes a 0%, 25%, 50% 75% e 100% da duração total da fricativa), foi elaborada uma tarefa de identificação no Software TP (Rauber et al. 2012), que foi aplicada a 35 estudantes universitários brasileiros. Os resultados do experimento indicaram que a atribuição do status sonoro da fricativa prescinde de uma vibração de pregas vocais que se estenda ao longo de toda a consoante. Além disso, foi possível observar que o padrão 25% de porção de vozeamento é mais dificultoso para a identificação dos aprendizes brasileiros. A análise de resultados inferenciais e descritivos individuais permitiu mostrar que não podemos considerar tal padrão como plenamente equivalente a não vozeamento, e que a transição entre as categorias ‘surda’ e ‘sonora’ varia entre os ouvintes, sem haver um ponto “limiar” comum a todos os participantes. |
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Alves, Ubiratã KickhöfelBrisolara, Luciene BassolsRosa, Leonardo Claudio daBuske, Ana Carolina Signor2019-08-29T02:34:24Z20192183-9174http://hdl.handle.net/10183/198479001097163Este trabalho propõe verificar os efeitos do grau de vozeamento da fricativa [z] produzida por falantes hispânicos para o estabelecimento da distinção entre as categorias ‘surdo’ e ‘sonoro’ por parte de ouvintes brasileiros. Para a realização do estudo, coletaram-se dados de fala de seis hispânicos que residiam no Brasil há, no máximo, doze meses. A partir das gravações e das manipulações de diferentes graus de vozeamento (referentes a 0%, 25%, 50% 75% e 100% da duração total da fricativa), foi elaborada uma tarefa de identificação no Software TP (Rauber et al. 2012), que foi aplicada a 35 estudantes universitários brasileiros. Os resultados do experimento indicaram que a atribuição do status sonoro da fricativa prescinde de uma vibração de pregas vocais que se estenda ao longo de toda a consoante. Além disso, foi possível observar que o padrão 25% de porção de vozeamento é mais dificultoso para a identificação dos aprendizes brasileiros. A análise de resultados inferenciais e descritivos individuais permitiu mostrar que não podemos considerar tal padrão como plenamente equivalente a não vozeamento, e que a transição entre as categorias ‘surda’ e ‘sonora’ varia entre os ouvintes, sem haver um ponto “limiar” comum a todos os participantes.In this study, we aim to investigate the effects of the degree of voicing in the fricative [z] produced by L1 Spanish speakers on the distinction between the categories of 'voiceless' and 'voiced' consonants by Brazilian judges. Speech data were collected from six L1 Spanish speakers who had been living in Brazil for less than twelve months. From the recordings and manipulations of different degrees of voicing in the fricatives (0%, 25%, 50%, 75% and 100% of the total duration of the fricative), and identification task was built on TP Software (Rauber et al. 2012). Thirty-five Brazilian participants did this task. The results indicate voicing the consonant all the way through was not a necessary condition for the identification of the fricative as voiced. It was also verified that the pattern with voicing throughout 25% of the fricative proved more difficult to identify. Both the inferential analysis and the verification of the data produced by each individual particiant showed that this latter pattern cannot be considered to be voiceless in all cases. The results indicate that the amount of voicing necessary for the distinction between the catefories of 'voiced' and 'voiceless' varies among participants, as there is no common threshold shared by all of them.application/pdfporDiacrítica. Braga, Portugal. Vol. 32, n. 2 (2019), p. [437]-465Lingua portuguesa (lingua estrangeira)FalaLinguagemFricativasLinguísticaL2 PortugueseLength of voicing in [z]IntelligibilityEfeitos da duração do vozeamento da fricativa [z] na identificação, por brasileiros, de pares mínimos produzidos por hispânicos : insumos para a discussão sobre inteligibilidade de fala estrangeiraEstrangeiroinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001097163.pdf.txt001097163.pdf.txtExtracted Texttext/plain58553http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198479/2/001097163.pdf.txt1ec821df968b2533064fe94796d89dbfMD52ORIGINAL001097163.pdfTexto completoapplication/pdf1964665http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/198479/1/001097163.pdfddc49ea35553ba5fb9686e594496aef3MD5110183/1984792023-05-18 03:41:49.3428oai:www.lume.ufrgs.br:10183/198479Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2023-05-18T06:41:49Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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