Tudo que nóiz tem é nóiz : rap como construção de identidade coletiva negra em amarelo, de Emicida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roque, Christian Silveira
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/259000
Resumo: Emicida é um rapper que possui notoriedade na música contemporânea, na estreia de seu álbum AmarElo, junto ao Theatro Municipal de São Paulo, no dia 27 de novembro de 2019, exibe ancestralidade, coletividade e resistência de uma população que foi marginalizada dos grandes centros urbanos. Local histórico que já foi palco da Semana de Arte Moderna de 1922 e a consolidação do Movimento Negro Unificado (MNU). A partir de um estudo sobre o processo de formação do rap, entende-se que AmarElo articula processos históricos e que o rap tem a particularidade de discutir, por meio das letras e também dos seus discursos, temas sensíveis à população negra. Atinge papel emancipatório e traz à tona a presença de vozes negras que não são reconhecidas nos livros didáticos e nos meios de comunicação. Emicida narra o passado não acadêmico e potencializa, através do discurso e da afetivida a importância das populações negras se unirem através do amor, que cria o elo. Entendo que a partir dos movimentos sociais dos anos 70 e com o MNU houve uma articulação na academia, para que tivéssemos estudos sobre a África e os afrodescentes dentro da rede de ensino e isso se configura como descolonização de currículos, devido ao sistema de cotas das universidades e a implementação do Encontro dos Sabres. Para além dos muros da universidade, há o movimento contracolonial e é aqui que o que Emicida propõe com o disco se encaixa na minha análise, um movimento contracolonial se configura por uma luta anticolonizadora do ponto de vista dos povos.
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