Adesão ao Movimento OPT OUT : uma opção de transição de vida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/140255 |
Resumo: | As mudanças no mundo do trabalho intensificaram as exigências de desempenho e de carga de trabalho nas empresas. Como decorrência, há um negligenciamento do lazer, da família e dos interesses pessoais dos profissionais que nelas atuam. Isto tem levado a que muitas pessoas repensem suas carreiras. Diante desse quadro, este trabalho teve como objetivo compreender as motivações que levaram profissionais a aderirem ao movimento opt-out, assim como as mudanças que essa ruptura com a carreira causou na vida desses indivíduos. A abordagem metodológica escolhida foi a história de vida. Foram entrevistados cinco profissionais da iniciativa privada que atingiram o nível gerencial em suas carreiras e que, por livre e espontânea vontade, decidiram por afastar-se temporariamente ou definitivamente de suas atividades profissionais. A partir das reflexões e análises feitas, foi possível constatar que o clima de competição e de conflito; a falta de transparência, de verdade e de ética; a quantidade excessiva de trabalho e, principalmente, o desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional foram os grandes motivadores que levarem esses profissionais a abandonar as suas carreiras corporativas em seus moldes tradicionais. Apesar do medo do fracasso e a dificuldade de aceitar a perda do status, o alívio e o sentimento de liberdade, a possibilidade de poder acompanhar a educação e a rotina dos filhos, a leveza e a flexibilidade, o maior cuidado com a saúde e consigo mesmo, o fato de ter uma vida mais modesta e de ter prazer e significado naquilo que se faz representam as consequências elencadas pelos entrevistados por terem tomado um caminho que ia de encontro aos padrões de ascensão do mundo corporativo. As escolhas resultaram em um novo estilo de vida. Em todos os casos, a ruptura também iniciou a jornada de construção de uma nova possibilidade de existência, que faz esses profissionais se sentirem importante socialmente, o que demonstrou ser crucial para os executivos sustentarem as suas escolhas, preservando a sua motivação e autoestima. |
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